II Pd. 1: 19 a 21 - "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
A partir de agora haverá a abertura dos selos do livro tomado da mão direita de Deus por Jesus, o Cristo. Os selos serão abertos um de cada vez, e cada um deles dá início a um tipo de acontecimento punitivo. Na verdade, o capítulo 6 é uma continuação do mesmo assunto do capítulo 5. Ao abrir os selos ocorre algum evento no céu, cuja consequência repercute na Terra. A causa é celestial, mas a consequência é terrena. É o processo de administração dos juízos divinos pelos santificados para redenção da Terra.
Ap. 6:1 a 17 - "E vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer numa voz como de trovão: vem! Olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vencendo, e para vencer. Quando ele abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: vem! E saiu outro cavalo, um cavalo vermelho; e ao que estava montado nele foi dado que tirasse a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada. Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: vem! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que estava montado nele tinha uma balança na mão. E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho. Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: vem! E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o inferno seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra. Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. E clamaram com grande voz, dizendo: até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram. E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes. E o céu recolheu-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da terra, e os grandes, e os chefes militares, e os ricos, e os poderosos, e todo escravo, e todo livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da ira deles; e quem poderá subsistir?"
As cenas são vistas no céu por João, e ele as descrevem seguindo uma ordem: Jesus, o Leão ou o Cordeiro é o centro de comando, logo a seguir algum dos seres viventes transmite as ordens, depois outro grupo ou executor as passa adiante até que sejam executadas na Terra.
Este capítulo está ligado à profecia de Habacuque, dentre outros profetas cujas visões eram as mesmas, porém as cenas descritas de modo complementar. Neste ponto percebem-se claramente duas naturezas de juízos: na abertura dos seis primeiros selos ocorrem juízos e graça cujo propósito é salvar milhões de eleitos, durante a "grande tribulação", que não foram arrebatados com a Igreja. Ao abrir o sétimo selo são tocadas sete trombetas, então, é iniciado o que o profeta Sofonias chamou de "o grande e terrível dia do Senhor". Neste momento não se registram experiências de salvação, mas apenas de ira. A finalidade é expurgar a Terra e prepará-la para o retorno do "Grande Rei" para o reino milenar.
Então são identificados nesta secção o Cordeiro, os quatro seres viventes, os quatro cavaleiros, os quatro anjos, os anciãos, e as duas testemunhas. Cada um tem uma função na execução dos juízos sobre a Terra. Sabe-se também, que, aos eleitos e regenerados foi prometido participar da administração dos juízos de Deus conforme Ap. 2:26 a 28 - "Ao vencedor, e ao que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá, e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro."
O evangelho será pregado universalmente, a saber, a todos os povos, tribos, línguas e nações por um anjo conforme Ap. 14:6 - "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua e povo." Neste dia de ira e graça serão realizadas quatro coisas:
- Todos os homens ouvirão o evangelho pregado do céu.
- A Terra deverá ser julgada e purificada por meio de cataclismos naturais e espirituais.
- Tudo o que não puder ser redimido pela graça, será destruído.
- Haverá uma reconstrução de todas as coisas para que sejam novas.
Veja que o evangelho neste momento de tribulação será pregado do céu por um anjo, porque a Igreja já terá sido arrebatada, o Espírito Santo não mais agirá por meio dela, e não haverá ninguém redimido para anunciar o evangelho. O Anticristo terá dominado e perseguirá tudo o que se refere a Deus. Por isso, os que forem salvos neste período serão mortos e chamados de "os santos da tribulação." Não é correto chamá-los de "a igreja que foi deixada para trás", porque eles não eram convertidos até então.
Gloria in excelsis Deo!
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