novembro 13, 2011

ESCATOLOGIA XXXIII

II Pd. 2: 19 a 21 - "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
Existem duas naturezas de tribulação no mundo: a tribulação decorrente do conflito entre a luz e as trevas, e a "Grande Tribulação" final. Os eleitos e regenerados têm tribulações neste mundo, e isto não lhes foi ocultado conforme Jo. 16:33 - "Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." Todavia, os nascidos de Deus têm a paz que procede do coração e não das circunstâncias. A fé que Jesus, o Cristo já venceu o mundo certifica que os filhos de Deus estão seguros e assegurados.
A "Grande Tribulação" é um período específico no qual a maldade terá chegado ao seu ápice conforme Mt. 24:21 - "...porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá." Serão dias tão assombrosos que o próprio Jesus avisa que serão abreviados por causa dos escolhidos conforme Mt. 24:22 "E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias." Os dias da "Grande Tribulação" foram abreviados, ou seja, diminuídos para apenas três anos e meio. Em todo o tempo Cristo se refere aos escolhidos e não a todos os homens. Estes escolhidos da "Grande Tribulação" são os que foram convertidos pela pregação durante os dias difíceis, pela graça, mas em meio aos juízos sobre a Terra, porque neste ponto a Igreja anteriormente existente no mundo já terá sido arrebatada, pois não faz nenhum sentido Deus redimir os eleitos para deixá-los entregues aos seus juízos e castigos destinados ao mundo. Os que advogam esta permanência da Igreja na "Grande Tribulação" desconhecem que há duas naturezas de juízos: aqueles eventos de ordem natural, dos quais Deus, nem sempre livra os seus filhos, e os eventos específicos dirigidos por Deus contra o reino de Satanás. Destes juízos, Ele sempre protege de modo seguro os que são seus. Os eventos da "Grande Tribulação" são visitações diretas de Deus, portanto, Ele não submeteria os seus escolhidos aos mesmos castigos e juízos juntamente com os não-redimidos. Quanto aos santos da tribulação, serão selados para serem protegidos das ocorrências de juízo. Sofrerão, outrossim, danos por perseguições do Anticristo, pois não poderão comprar e vender, uma vez que não terão a marca da Besta.
Ap. 5: 1 a 14 - "Vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, bem selado com sete selos. Vi também um anjo forte, clamando com grande voz: quem é digno de abrir o livro e de romper os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque não fora achado ninguém digno de abrir o livro nem de olhar para ele. E disse-me um dentre os anciãos: não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos. Nisto vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro em pé, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra. E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado sobre o trono. Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um cântico novo, dizendo: digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação; e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a Terra. E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, que com grande voz diziam: digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os quatro seres viventes diziam: amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram."
Este capítulo trata da consolidação da autoridade de Cristo para dar início aos juízos sobre a Terra. Ele é identificado como o Leão de Judá, a raiz de Davi. Por isso, apenas Ele tem direito e autoridade para tomar o livro dos juízos da mão de Deus.
Neste ponto é iniciada a redenção da Terra por meio de juízos em ordem e sequências de acontecimentos dirigidos por Cristo e pelos santos e imortais. Enquanto Gênesis fala do princípio da redenção, o Apocalipse revela a execução da redenção final. Cristo deu início à redenção, a Igreja deu continuidade pregando o evangelho, no final Ele e a Igreja juntos completarão a obra redentora para sempre. A redenção é, portanto, a restauração de tudo quanto foi danificado e perdido por causa do pecado.
  1. O homem perdeu a sua alma conforme Gn. 2:17 - "... porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Também em Ez. 18:4 - "Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá." Sempre quando se refere à salvação, o referencial é a alma, e não o espírito.
  2. O homem perdeu o seu corpo, pois não poderia comer da árvore da vida, e por isso, começou a envelhecer, perecendo a cada dia, até morrer fisicamente conforme Gn. 3:19 - ".... até que tornes à terra, pois dela foste formado: porque tu és pó e ao pó te tornarás."
  3. O homem perdeu a Terra, a saber, o domínio sobre ela, pois teve de produzir as suas necessidades em meio às dificuldades, doenças, pragas conforme Gn. 3: 17 a 19 - "E a Adão disse: visto que atendeste a voz de tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses: maldita é a Terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado."
Assim como o resultado, ou a consequência do pecado é tríplice, igualmente o processo da redenção é tríplice. Tudo o que se perdeu com o pecado será restituído ao estado original. É na cruz que é dado início ao processo da redenção, prossegue até o retorno do Grande Rei. Portanto, ocorre a conversão do pecador para a salvação da sua alma; ocorre a ressurreição para a redenção do corpo glorificado; e com a vinda visível de Cristo ocorrerá a redenção da Terra e de tudo que nela há.
Gloria in excelsis Deo!

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