sexta-feira, janeiro 4

O ÚLTIMO ENGANO V

Ap. 13: 1 a 9 - "Então vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade. Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta, e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu. Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação. E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça."
O último engano é a coroação de todos os enganos perpetrados por Satanás no mundo. Todos os demais eram apenas sinais e/ou tipificações do engano final. Para que um engano possa ter abrangência e eficácia em um mundo multiculturalizado, necessário é que, a cultura seja elevada ao máximo de generalização. Os padrões característicos de cada cultura devem ser sobrepostos por padrões universais aceitos e praticados. A maneira de se conseguir tal imposição é relativizando as instituições e os valores, notadamente, os morais, religiosos e éticos. Propondo solucionar os conflitos e carências que atingem a sociedade, os povos e nações abrirão mão dos seus valores, mantendo-os apenas no campo do simbólico. Isto já vem acontecendo lenta e paulatinamente. É o chamado "novo normal."
O último e fatal engano será a aceitação do falso, como se verdadeiro fora. Produzir-se-á abertura mental, cultural, religiosa e moral para a existência de outros mundos habitados por seres evoluidíssimos. O principal argumento da astrofísica, da exobiologia e astronomia é o que presume o Universo tão vasto, que não seria apenas a Terra habitada. Argumentativamente, é muito convincente, porém, sabe-se que 99% das estrelas não possuem sistemas planetários e, mesmo quando os possuem, não há estabilidade para o desenvolvimento da vida como é conhecida na Terra. No afã de encontrar respostas o homem envia sondas, mensagens e missões para outros planetas do sistema solar. Aperfeiçoam-se os equipamentos de busca e sondagens do espaço exterior. O resultado disso tudo é o adágio popular: "quem procura acha."
Ocorre, no entanto, que, no campo espiritual, especificamente, da revelação compendiada, não há indicação de formas de vida, tal como é concebida na Terra. O texto sacro fala de mundos habitados por seres espirituais. O próprio Cristo afirma conforme Jo. 14: 2 e 3 - " Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." O vocábulo utilizado para 'casa' no texto grego koinê é 'oikia' [οἰκία] e quer dizer casa no sentido de moradia, lugar onde se habita. A outra palavra utilizada é 'morada' que, no grego é 'monai' [μοναὶ], significando habitação definitiva. Então, no campo espiritual, Jesus, o Cristo não faz menção a planetas ou corpos celestes habitáveis para onde enviaria os eleitos e regenerados. Eles e os anjos leais habitam nos lugares celestiais para onde foram designados, porém é na casa de Deus. É um lugar específico e não espalhados pelo universo.
O apóstolo Paulo dá a nítida distinção entre seres terrenos e seres espirituais em I Co. 15: 48 e 49 - "O primeiro homem, sendo da Terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Qual o terreno, tais também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial." Portanto, a Bíblia silencia sobre quaisquer ocorrência de seres materiais avançados cultural e tecnologicamente em outros sistemas planetários. Por princípio, um cristão nascido do alto, fala quando as Escrituras falam, silencia, quando as Escrituras silenciam. Logo, a única coisa que é ensinada é que os eleitos e regenerados terão corpos glorificados e viverão eternamente.
Desta forma, pergunta-se: por que, então, há tanta efervescência e divulgação sobre aparições, abduções, experiências psíquicas e até mesmo sexuais relatadas por alguns? Hoje qualquer busca no google sobre assuntos de OVNI,s, ET,s Alliens, Greys etc. fornece um enorme número de informações. Algumas descartáveis, logo de cara, por serem fantasiosas; outras, impossíveis de se determinar a origem ou veracidade; por fim, outras que ficam sem uma resposta definitiva. 
O texto de abertura é da categoria escatológica e, obviamente, trata de acontecimentos finais. Refere-se ao surgimento de um ser extremamente arrogante, poderoso e fascinante aos olhos do mundo. Este homem da perdição e filho do pecado será o subproduto final do último engano. Ele resultará de uma fusão do DNA dos anjos caídos com o DNA de homens naturais. Vê-se hoje grandes possibilidades no processo de produção dos OMG,s - organismos geneticamente modificados - sendo utilizado na pecuária, na agricultura e, por que não, em homens? Hoje é totalmente divulgado que a raça humana foi, na verdade, uma experiência de seres alienígenas do passado. Segundo os teóricos desta proposta os homens foram produzidos com o amalgama dos genes dos anunaques. Já se falou que a própria palavra 'anunaki' em língua suméria significa 'desertores', 'caídos' ou 'aqueles que foram arrojados para fora."
As simbologias dos chifres, cabeças e diademas representam poder e autoridade dados a governantes de algumas nações pelo Anticristo ou a Besta. Tal líder emergirá, se é que já não está no mundo, de um contexto das nações, pois a expressão "subiu do mar" é um simbologia das nações em estado de agitação. Vê-se, pelo texto, que toda autoridade e arrogância da Besta foi conferida pelo Dragão, a saber, pelo Diabo. 
Será simulada a morte da Besta para promoverem, posteriormente, um simulacro da sua ressurreição a fim de levar o mundo a vê-lo como um Cristo ou Messias. E, de fato, o mundo ficará maravilhado com o falso milagre e a adorará como se fora um 'deus.' Entretanto, é importante ressaltar que, os que o adorarão serão aqueles cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro. Ou seja, são os incrédulos, incluindo, muitos religiosos e suas religiões fora da cruz.
Sola Scriptura!

terça-feira, janeiro 1

O ÚLTIMO ENGANO IV

I Jo. 2: 18 e 19 - "Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora. Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos."
O apóstolo João escreveu a epístola, da qual o texto acima foi extraído, há aproximadamente 2.000 anos atrás. Já naquele momento, a visão era de que o tempo estava próximo. O sinal maior apontado por João era o surgimento de diversos anticristos. Mas, quem ou o que é um anticristo? É qualquer homem, geralmente, se manifesta por meio de um sistema que se pretende universal, o qual se propõe a assumir o lugar de Cristo. Não necessariamente, algo ou alguém que lhe faça oposição ostensiva, mas dissimulada. É, de fato, uma pessoa, sistema religioso, ideologia, proposta filosófica, doutrina econômica que supostamente oferece ao homem o paraíso na Terra sem a cruz. O grande desejo de Satanás é desqualificar Cristo como justificador e redentor único dos pecadores. Ele sempre propõe um modelo que pretende fazer do homem um 'deus.'
Assim sendo, o quarto engano impetrado por Satanás na construção do modelo anticristão foi o Gnosticismo. Este sistema contaminou a Igreja já no seu alvorecer. Por volta do início do II século d. C., a nascente Igreja Cristã estava totalmente infiltrada por grupos que pretendiam permeá-la com uma espécie de 'modus vivendi' cultural, notadamente de origem grega. "A literatura cristã, desde os tempos apostólicos, apresentou-se miscigenada com filosofias e sistemas de ideias do ambiente sociocultural. Entre elas, a gnose – ou bem melhor, as gnoses. A produção literária das comunidades joaninas e paulinas (de Colossos, e.g.) retratam esse embate entre fé e cultura." Este excerto foi retirado do trabalho de mestrado de Elias Santos do Paraizo Junior, p. 55. Este trabalho, como tantos outros, tomam por base literaturas apócrifas acessadas após os achados de 1945 da biblioteca Hag Hammadi, no Egito. Estão tentando a qualquer preço ressuscitar escritos que não foram colocados no cânon bíblico, como verdades, precisamente, porque estes tais contemplam a influência gnóstica.
O Gnosticismo pode ser entendido, em sua fase inicial, como um movimento religioso de caráter sincrético e esotérico, desenvolvido nos primeiros séculos da Era Cristã. Inicialmente à margem da cristandade primitiva e também da institucionalizada, combinando misticismo e especulação filosófica. Houve forte resistência ao gnosticismo, inicialmente, o apóstolo Paulo e Irineu, um dos chamados pais da Igreja, combateram veementemente o gnosticismo como uma heresia. Paulo aconselha o seu filho na fé, Timóteo, a combatê-lo conforme I Tm. 6: 20 e 21 - "Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições da falsamente chamada ciência; a qual professando-a alguns, se desviaram da fé. A graça seja convosco."
Acontece que, com a expansão do Cristianismo a partir do Império Romano a fé bíblica e genuína foi sendo minada por sistemas de crenças mantidos por igrejas institucionalizadas. Isto retirou a resistência à penetração das ideias gnósticas. Os diversos cismas e o grande número de homens inconversos que formaram o corpo clerical das igrejas denominacionais e históricas, abriram as portas para o retorno do Gnosticismo. Hoje é pregado e apregoado nos mais diferentes púlpitos sem o menor constrangimento. Por exemplo, fala-se hoje em 'livre arbítrio' como se fosse uma doutrina cristã. Porém, é um ensino de origem gnóstico.
Este é o cenário ideal para o fortalecimento e a manifestação de inúmeros anticristos ao longo desses dois milênios. Também é o cenário ideal para o aparecimento do "homem do pecado" ou "filho da perdição." 
Vê-se pelo texto de abertura que os anticristos saem sempre do seio da Igreja Cristã verdadeira. Eles saem, "porque não receberam o amor da verdade para serem salvos" conforme registrado em II Ts. 2:10
É justamente este ambiente híbrido no seio da cristandade nominal que permitirá a manifestação visível dos anjos caídos no mundo. Estes disfarçarão de anjos de luz e ministros da justiça conforme II Co. 11:13 a 15 - "Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras." O texto paulino contempla tanto homens como Satanás e demônios. Estes se manifestam sempre como benfeitores da humanidade. Apresentam-se em suas aparições sombrias e a pessoas pouco esclarecidas sempre como seres muito evoluídos, vindos de outros sistemas estelares para ajudar a humanidade. Entretanto, parecem não ter o menor interesse de se apresentarem claramente nos lugares apropriados, onde certamente poderiam manter um diálogo claro e objetivo. 
Fato é que, em qualquer texto escriturístico veterotestamentário ou neotestamentário não se fala sobre alienígenas, deuses, extra-terrestres ou qualquer outro nome, sendo enviados para solucionar problemas da humanidade. Não há qualquer registro bíblico que tais seres estariam autorizados a fazer contatos e interferir em assuntos terrenos. Ao contrário, é dito que, qualquer que se apresentasse dizendo-se ser o Cristo, não deveria ser aceito como legítimo. Isto está de modo simplificado em Mc. 13:6 - "... muitos virão em meu nome, dizendo: sou eu; e a muitos enganarão." Sim, enganarão a muitos, como de fato, já estão enganando até mesmo homens de ciência.
Sola Scriptura!