sexta-feira, julho 29

E, RELIGIÃO, O QUE É? II

 

Tg. 1:26 e 27 - "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo."
Muitas religiões ou sistemas de crenças dão mais valor ao 'modus vivendi' do que à 'veritas evangelica'. Estão presos pelos laços de como se deve vestir, o que se deve comer, o que se pode e o que não se pode fazer e dizer. Criam novas ordenanças, além das duas deixadas por Cristo: a eucaristia e o batismo. Os membros destes sistemas de crenças são privilegiados, respeitados e consultados, proporcionalmente, ao cumprimento dos dogmas, preceitos, ritos e regras morais. Quando algum deles falha, é preterido, julgado, maltratado e, por vezes, defenestrado do tal sistema.
A diferença entre religião e seita consiste apenas no fato de que, na primeira, presume-se seguir uma divindade e, na segunda, um homem, líder, guru ou guia. Entretanto, ambas são reduzidas a um esforço humano para tentar conquistar o sagrado e o sobrenatural. Tal esforço resulta da natureza decaída que, ingloriamente, tenta religar-se a um 'deus' ou a uma força sobrenatural.
Os religiosos esperam que, como consequência de posições e cumprimento de um programa baseado no mérito e na justiça própria, alcançarão a reputação de pessoas réprobas e superiores. Ora, Jó foi apontado pelo próprio Deus como sendo um servo reto, íntegro, temente e que se desviava do mal. Todavia, foi moído pelo Diabo com a anuência de Deus. Perdeu tudo o que possuía, e, por fim, revelou sua real natureza pecaminosa imanente. Alguns falam na famigerada "paciência de Jó", mas, nunca leram o texto sobre sua vida, sofrimento e conversão. Jó não foi paciente! Jó parecia uma pessoa paciente, enquanto as circunstâncias lhes eram favoráveis materialmente. Quando foi colocado em cheque revelou o que havia no mais escuro da sua alma contaminada pelo pecado. Jó 34: 5 e 6 - "Pois Jó disse: sou justo, e Deus tirou-me o direito. Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão." A partir do capítulo 38, observa-se Jó em silêncio diante de Deus, ouvindo as perguntas do Criador e não podendo respondê-las. Nos capítulos finais encontramos Jó confessando sua própria situação conforme Jó 42:5 e 6 - "Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos. Pelo que me abomino, e me arrependo no pó e na cinza."
O apóstolo Tiago demonstra sua posição sobre a religião, como exposto no texto que abre este estudo. Reduz a religião a uma mera prática social de caridade como sendo a expressão de pureza e imaculada religião aos olhos de Deus. O texto define o que, de fato, é ser religioso. Nada tem nele que indica esforço, mérito e justiça própria como meios de convencer Deus a salvar alguém. Estas realidades são da dimensão horizontal, enquanto as verdades reveladas no evangelho da cruz, são da dimensão vertical. É Cristo quem aceita o pecador, e não o contrário, como se vê nos apelos religiosos. É Deus quem conduz o pecador até Cristo, para nele, incluí-lo em sua morte conforme Jo. 6:44 - "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia."
É Cristo quem atrai o pecador a si, na cruz, para matar a sua natureza pecaminosa e trazê-lo à vida eterna na ressurreição conforme Jo. 12:32 e 33 - "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Isto dizia, significando de que modo havia de morrer." A partir destas verdades, o novo nascido, pode afirmar o que consta de Gl. 2: 19 e 20 - "Pois eu pela lei morri para a lei, a fim de viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." A lei afirma que a alma que pecar, esta morrerá de acordo com Ez. 18:4 - "Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá." Como todas almas são, por natureza e atos, pecaminosas, logo todos estão mortos para Deus. Entretanto, por meio de Cristo, aprouve a Ele redimir alguns, justificando-os na morte do seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos. Isto é verdade evangélica e não religião humana!
Solus Christus!

quinta-feira, julho 28

E, RELIGIÃO, O QUE É? I

Tg. 1:26 e 27 - "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo."
Etimologicamente, religião provém dos seguintes verbos em latim: 'religare', 'religatio' e 'relicare'. Todos trazem, na essência, a ideia de religação. Em síntese, o latim tomou os substantivos derivados 'religìo' e 'religiónis' com significação de 'culto religioso, práticas religiosas'. Portanto, trata-se apenas de esforço humano em busca de se religar a Deus. Todavia, isto se dá no sentido oposto à ordem espiritual da redenção, isto é, de baixo para cima. No campo espiritual, a ação é sempre de cima para baixo, ou seja, de Deus para o homem. Tal busca expressa a necessidade humana, como consequência do desligamento espiritual entre a criatura e o Criador após a queda. A queda foi a consequência da incredulidade no que Deus afirmara. Imaginando encontrar autonomia, os ancestrais humanos acharam a natureza pecaminosa. Tornaram-se escravos, e, quem é escravo do pecado, não é livre conforme Jo. 8:34 - "Replicou-lhes Jesus: em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado." O pecado a que alude o texto, não é uma referência aos atos morais falhos, mas à incredulidade de acordo com Jo. 16:9 - "... do pecado, porque não crêem em mim." No texto grego neotestamentário, a mesma palavra "hamartiós" é utilizada para estes dois últimos textos com significado do pecado como incredulidade. Isto indica que o pecado separou o homem de Deus e o fez morrer espiritualmente, isto é, morrer para Deus. É este desligamento que o homem tenta reestabelecer por meio do esforço religioso.
Conceitualmente, pode-se dizer que religião é: "crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência." Pelo próprio teor do conceito se vê que não é uma ação que parte de Deus em direção ao homem. Portanto, confirma-se o fato que religião é uma mera tentativa humana de alcançar Deus espiritualmente. Ainda, conceitualmente, qualquer tipo de crendice pode ser definida como religião. Deus nada tem a ver com religiões. Elas são absolutamente humanas. Deus não oferece religião, mas, unicamente o seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos.
Nas Escrituras a palavra religião é citada apenas 2 vezes, sendo que, dependendo da versão da Bíblia, pode ainda aparecer uma vez mais. Jesus, o Cristo nunca fez menção à palavra religião. O primeiro texto a se referir à religião é o de Tiago 1: 26 constante da abertura deste estudo; o segundo encontra-se em em At. 25:19 - "...tinham, porém, contra ele algumas questões acerca da sua religião e de um tal Jesus defunto, que Paulo afirmava estar vivo." Ve-se, no entanto, que é uma terceira pessoa quem menciona a palavra religião como sendo relacionada ao apóstolo Paulo. Porém, no texto original o que, eventualmente, é traduzido como religião, é de fato, superstição. A palavra no grego original é "deisidaimonia", a qual é um substantivo feminino. Trata-se de uma citação pejorativa a que judeus e romanos concebiam sobre a fé cristã. Não portava qualquer peso como uma prática aceita. E, ainda se refere a Jesus, o Cristo ressurrecto como defunto. Ou seja, não criam que Jesus era Deus, e, muito menos que houvera ressuscitado e ascendido aos céus.
At. 26:5 - "...pois me conhecem desde o princípio e, se quiserem, podem dar testemunho de que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu." Neste texto, o próprio apóstolo Paulo faz referência ao judaísmo farisaico como uma seita da sua religião. 
Por fim, o texto que abre este estudo deixa clara a posição cristã do primeiro século sobre religião. Reduz a prática religiosa ao mero exercício de caridade e de recato moral. Não estabelece qualquer relação espiritual capaz de justificar o homem decaído e portador da natureza pecaminosa. Por outras letras, não possui poder redentivo ou salvífico.
Sola Fide!

quarta-feira, julho 27

O EVANGELHO PURO III

Lc. 16:16 - "A lei e os profetas vigoraram até João; desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele."

O evangelho puro é o evangelho do reino. Por tal propositura é indicada, não apenas, a origem, mas também que o evangelho não é exclusividade de religiões ou dos sistemas de crenças humanos. O famigerado evangelho que se propala nestes meios é o evangelho do homem, pelo homem e para o homem. Nestes processos, a mera citação dos textos escriturísticos serve apenas para dar falsa legitimidade àqueles que presumem pregar o evangelho. Utilizam-se das Escrituras para justificar suas posições humanas. Entretanto, o evangelho puro não é uma questão de posicionamento, mas de relacionamento com o Reino de Deus. O homem decaído e sem a graça, não pode se posicionar, e, muito menos, se relacionar com o reino de Deus. Isto porque, não se pode apoderar dele à força. Muitos tentam, ingloriamente, esta façanha.

Foi dito por Cristo que, o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido em um campo, que alguém achou e o escondeu. E, pela alegria de tê-lo encontrado, vende tudo o que possui e compra aquele campo. Ver e entrar no reino de Deus é apenas para os que nascerem do alto conforme Jo. 3: 3 e 5 - "Respondeu-lhe Jesus: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Jesus respondeu: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." Nascer de novo é, no texto grego neotestamentário, nascer do alto. Isto indica que é uma ação inteiramente monérgica, ou seja, que inicia e termina em Deus. O ensino destes versetos é que sem nascer do alto, ninguém poderá ver ou entrar no reino de Deus. Nascer da água e do Espírito é o processo de ouvir a mensagem da cruz e receber a Graça para crer por meio da revelação do Espírito conforme Jo. 16:9.

Jesus, o Cristo, invariavelmente, se referiu ao evangelho puro como sendo 'evangelho do reino ou evangelho dos céus'. Isto é muito significativo, porque, o evangelho é revelação sobrenatural e não artifício elaborado pelo homem. Ele é o poder de Deus conforme I Co. 1:18 - "Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus." Este evangelho chula que acrescenta sempre algo que o homem deve fazer para ver e entrar no reino de Deus, é, no mínimo, cínico. Visto que as Escrituras não corroboram com qualquer participação do homem em termos de méritos e de justiça própria.

O texto que abre esta instância afirma, peremptoriamente, que a lei e os profetas duraram até a manifestação de João, o Batista. A partir deste ponto é anunciado o evangelho do reino de Deus. Entretanto, a maioria dos sistemas de crenças dos dias atuais prega prosperidade, curas, libertações e revelações proféticas que só existem no ideário destes paroleiros. Também há aqueles que misturam lei e graça, tentando, ingloriamente, atribuir ao homem decaído e pecaminoso algum mérito ou justiça própria. A lei foi, tão somente, o aio, isto é, o professor para ensinar ao homem que não é possível cumpri-la por conta própria, todo o tempo. O novo testamento afirma que a lei não salva. Jesus veio mostrar que é pela graça mediante a fé que se recebe a redenção. Se é pela graça, logo, o homem nada pode oferecer pela sua justificação.

Jesus, o Cristo veio para realizar aquilo que a lei não pode fazer conforme Hb. 10: 9 e 10 - "...agora disse: eis-me aqui para fazer a tua vontade. Ele tira o primeiro, para estabelecer o segundo. É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre."

O evangelho predominante nestes tempos é o que dilui a verdade misturando-a à lei e aos esforços humanos. Neste sentido, estão os religiosos agindo como agiram os da Igreja da Galácia conforme Gl. 3:1 a 3 - "Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi representado Jesus Cristo como crucificado? Só isto quero saber de vós: foi por obras da lei que recebestes o Espírito, ou pelo ouvir com fé? Sois vós tão insensatos? tendo começado pelo Espírito, é pela carne que agora acabareis?"

Sola Gratia!

sábado, julho 23

O EVANGELHO PURO II

 

I Co. 1: 17 a 19 - "Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo. Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. porque está escrito: destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria e o entendimento dos entendidos."
Semântica é, em um sistema linguístico, o elemento que busca o sentido das palavras e a interpretação das sentenças e dos enunciados. Neste sentido, evangelho é, como já dito em outra instância, a boa nova ou o novo anúncio. Portanto, é algo absolutamente novo no inteiro teor semântico e na eficácia desta palavra. 
O evangelho puro, é, essencialmente, o anúncio de Jesus, o Cristo como Deus e não apenas como um homem histórico. Também, que este veio para redimir os eleitos antes dos tempos eternos conforme II Tm. 1:9. Este mistério esteve oculto no tempo e na eternidade até que aprouve a Deus revelá-lo conforme Ef. 3:8 a 10 - "A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou, para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes..." A novidade anunciada pelo evangelho puro é que o homem não pode ser o promotor da sua própria salvação; também que a ação é monérgica, isto é, exclusivamente iniciada e terminada em Deus; e, ainda, que nenhum homem merece a salvação, pois esta é pela graça mediante a fé. Desta forma, os sistemas de crenças atuais não anunciam este evangelho puro e simples. Nisto consiste a essência da boa nova: que é Deus o autor e consumador da redenção e não o homem e seus artifícios religiosos.
O evangelho puro é dado por anúncio por parte daqueles a quem é dado o privilégio de anunciá-lo. Mas, também, por revelação na Palavra de Deus por ação exclusiva do Espírito Santo conforme Jo. 16: 8 a 11 "E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado." Convencer do pecado é, exatamente, mostrar ao eleito que ele é pecador por natureza e por atos. A justiça é a que Jesus, o Cristo executou na cruz aniquilando o pecado de acordo com Hb. 9:26. E o juízo é o fato que, nem a morte, nem o inferno puderam reter Jesus, o Cristo. Ele venceu a morte, o inferno e o pecado de uma vez para sempre. Este decreto ele recebeu de Deus, o Pai segundo Jo. 10: 17 e 18.
O texto de abertura deste estudo mostra a posição do apóstolo Paulo no tocante ao evangelho puro. Ele não estava preocupado com rituais e preceitos da religião. Outrossim, entendeu que o seu ministério era anunciar o evangelho, não por meio de exercício intelectual, mas pelo poder da palavra da cruz. Deixou evidente que o evangelho da cruz é, de fato, sem sentido para os que não poderão crê-lo, mas para os eleitos e regenerados, é o poder de Deus. As pessoas apenas leem estes textos sem considerar a profundidade de tais palavras que são vida e luz.
Os sistemas religiosos insistem em investir em sabedoria humana, artifícios copiados dos projetos humanos para tornar o evangelho massificado. Todavia, o projeto de Deus sobre o evangelho anda em arrepio a todas estas espertizes. 
Sola Fide!

quarta-feira, julho 20

O EVANGELHO PURO I

 

II Co. 11:4 - "Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais!"
O vocábulo evangelho pode ser conceituado de diferentes maneiras. Todavia, conceito, cada um tem o seu sobre coisas, pessoas, situações, e, até mesmo sobre Jesus. Uns dizem que ele foi apenas um espírito evoluído que veio trazer grandes ensinamentos, outros dizem que ele foi apenas um comunista, o qual pregava a igualdade e justiça, outros ainda, afirmam que ele foi apenas um profeta. Finalmente, há os que conhecem-no como o Filho de Deus, portanto, a imagem do próprio Deus. Estes últimos são os eleitos e regenerados, os quais foram reconciliados com Deus por ação de seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos. Não foram eles quem o escolheram, mas, antes, foram por Ele escolhidos, preordenados, chamados, justificados e glorificados conforme Rm. 8: 29 e 30 - "Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou." Verifica-se, que os verbos estão todos no tempo pretérito. É uma ação monergicamente realizada antes da fundação do mundo.
Evangelho, é, portanto, a 'boas nova' de acordo com o étimo da palavra no grego koinê (Ευαγγέλιο). Trata-se, portanto, de uma notificação absolutamente nova ao que a ouve. Não se limita às repetições intermináveis de prédicas e rituis pré-definidos por um conjunto de princípios e doutrinas produzidas por homens. Considerando-se a verdadeira definição de evangelho, pode-se afirmar que, 99,9% do que é anunciado pelas religiões, nada tem a ver com o evangelho puro. Isto porque, aquilo que anunciam, não referencia a boa nova ou o anúncio novo do ensino de Cristo. Apegam-se os tais, basicamente, a questões de costumes, preceitos, regras e normas de conduta moral como sinônimo de evangelho. Uma pessoa qualquer é capaz de mudar completamente o seu modo de vida, e, isto, pode não ter qualquer relação com a fé bíblica, porque esta propõe a verdade e a libertação plena da natureza pecaminosa.
A maioria dos religiosos confunde o evangelho de Cristo com a realização de obras. Ainda que estas sejam benéficas aos homens sofredores, não são o evangelho. As obras realizadas pelo homem que não nasceu do alto, não servem para a sua justificação. São apenas obras de humens buscando justiça própria e méritos. Isto desqualifica a obra de Jesus na cruz. Há três perguntas tolas no Novo Testamento, sendo uma delas a que consta do texto de Jo. 6: 28 e 29 - "Pergutaram-lhe, pois: que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus? Jesus lhes respondeu: a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou." Ora, se a obra é de Deus, homen algum, não a pode praticar. Além do que, não são obras, mas apenas a obra de Deus. Jesus, o Cristo a definiu para os religiosos do seu tempo: "a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou." Portanto, a obra de Deus que conduz o homem portador da natureza pecaminosa à redenção é a fé em Cristo. Fora disto, são obras de homens, pelos homens e para os homens. Têm caráter puramente humanitário e social.
O texto de abertura evidencia três verdades confrontadas pelo apóstolo Paulo à Igreja em Corinto: 'aqueles que pregam outro Jesus, os que recebem outro espírito e não o Espírito de Cristo, e, finalmente, os que recebem outro evangelho' e não a única boa nova que é o único e puro evangelho ensinado por Jesus, o Cristo.
Sola Scriptura!