I Co. 1: 17 a 19 - "Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo. Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. porque está escrito: destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria e o entendimento dos entendidos."
Semântica é, em um sistema linguístico, o elemento que busca o sentido das palavras e a interpretação das sentenças e dos enunciados. Neste sentido, evangelho é, como já dito em outra instância, a boa nova ou o novo anúncio. Portanto, é algo absolutamente novo no inteiro teor semântico e na eficácia desta palavra.
O evangelho puro, é, essencialmente, o anúncio de Jesus, o Cristo como Deus e não apenas como um homem histórico. Também, que este veio para redimir os eleitos antes dos tempos eternos conforme II Tm. 1:9. Este mistério esteve oculto no tempo e na eternidade até que aprouve a Deus revelá-lo conforme Ef. 3:8 a 10 - "A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou, para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes..." A novidade anunciada pelo evangelho puro é que o homem não pode ser o promotor da sua própria salvação; também que a ação é monérgica, isto é, exclusivamente iniciada e terminada em Deus; e, ainda, que nenhum homem merece a salvação, pois esta é pela graça mediante a fé. Desta forma, os sistemas de crenças atuais não anunciam este evangelho puro e simples. Nisto consiste a essência da boa nova: que é Deus o autor e consumador da redenção e não o homem e seus artifícios religiosos.
O evangelho puro é dado por anúncio por parte daqueles a quem é dado o privilégio de anunciá-lo. Mas, também, por revelação na Palavra de Deus por ação exclusiva do Espírito Santo conforme Jo. 16: 8 a 11 "E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado." Convencer do pecado é, exatamente, mostrar ao eleito que ele é pecador por natureza e por atos. A justiça é a que Jesus, o Cristo executou na cruz aniquilando o pecado de acordo com Hb. 9:26. E o juízo é o fato que, nem a morte, nem o inferno puderam reter Jesus, o Cristo. Ele venceu a morte, o inferno e o pecado de uma vez para sempre. Este decreto ele recebeu de Deus, o Pai segundo Jo. 10: 17 e 18.
O texto de abertura deste estudo mostra a posição do apóstolo Paulo no tocante ao evangelho puro. Ele não estava preocupado com rituais e preceitos da religião. Outrossim, entendeu que o seu ministério era anunciar o evangelho, não por meio de exercício intelectual, mas pelo poder da palavra da cruz. Deixou evidente que o evangelho da cruz é, de fato, sem sentido para os que não poderão crê-lo, mas para os eleitos e regenerados, é o poder de Deus. As pessoas apenas leem estes textos sem considerar a profundidade de tais palavras que são vida e luz.
Os sistemas religiosos insistem em investir em sabedoria humana, artifícios copiados dos projetos humanos para tornar o evangelho massificado. Todavia, o projeto de Deus sobre o evangelho anda em arrepio a todas estas espertizes.
Sola Fide!
Nenhum comentário:
Postar um comentário