quarta-feira, julho 20

O EVANGELHO PURO I

 

II Co. 11:4 - "Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais!"
O vocábulo evangelho pode ser conceituado de diferentes maneiras. Todavia, conceito, cada um tem o seu sobre coisas, pessoas, situações, e, até mesmo sobre Jesus. Uns dizem que ele foi apenas um espírito evoluído que veio trazer grandes ensinamentos, outros dizem que ele foi apenas um comunista, o qual pregava a igualdade e justiça, outros ainda, afirmam que ele foi apenas um profeta. Finalmente, há os que conhecem-no como o Filho de Deus, portanto, a imagem do próprio Deus. Estes últimos são os eleitos e regenerados, os quais foram reconciliados com Deus por ação de seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos. Não foram eles quem o escolheram, mas, antes, foram por Ele escolhidos, preordenados, chamados, justificados e glorificados conforme Rm. 8: 29 e 30 - "Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou." Verifica-se, que os verbos estão todos no tempo pretérito. É uma ação monergicamente realizada antes da fundação do mundo.
Evangelho, é, portanto, a 'boas nova' de acordo com o étimo da palavra no grego koinê (Ευαγγέλιο). Trata-se, portanto, de uma notificação absolutamente nova ao que a ouve. Não se limita às repetições intermináveis de prédicas e rituis pré-definidos por um conjunto de princípios e doutrinas produzidas por homens. Considerando-se a verdadeira definição de evangelho, pode-se afirmar que, 99,9% do que é anunciado pelas religiões, nada tem a ver com o evangelho puro. Isto porque, aquilo que anunciam, não referencia a boa nova ou o anúncio novo do ensino de Cristo. Apegam-se os tais, basicamente, a questões de costumes, preceitos, regras e normas de conduta moral como sinônimo de evangelho. Uma pessoa qualquer é capaz de mudar completamente o seu modo de vida, e, isto, pode não ter qualquer relação com a fé bíblica, porque esta propõe a verdade e a libertação plena da natureza pecaminosa.
A maioria dos religiosos confunde o evangelho de Cristo com a realização de obras. Ainda que estas sejam benéficas aos homens sofredores, não são o evangelho. As obras realizadas pelo homem que não nasceu do alto, não servem para a sua justificação. São apenas obras de humens buscando justiça própria e méritos. Isto desqualifica a obra de Jesus na cruz. Há três perguntas tolas no Novo Testamento, sendo uma delas a que consta do texto de Jo. 6: 28 e 29 - "Pergutaram-lhe, pois: que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus? Jesus lhes respondeu: a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou." Ora, se a obra é de Deus, homen algum, não a pode praticar. Além do que, não são obras, mas apenas a obra de Deus. Jesus, o Cristo a definiu para os religiosos do seu tempo: "a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou." Portanto, a obra de Deus que conduz o homem portador da natureza pecaminosa à redenção é a fé em Cristo. Fora disto, são obras de homens, pelos homens e para os homens. Têm caráter puramente humanitário e social.
O texto de abertura evidencia três verdades confrontadas pelo apóstolo Paulo à Igreja em Corinto: 'aqueles que pregam outro Jesus, os que recebem outro espírito e não o Espírito de Cristo, e, finalmente, os que recebem outro evangelho' e não a única boa nova que é o único e puro evangelho ensinado por Jesus, o Cristo.
Sola Scriptura!

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