II Pd. 1: 19 a 21 - "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
No artigo anterior falou-se em "os santos organizados no céu" de acordo com a descrição de João em seu arrebatamento espiritual. São denominados de santos todos os eleitos e regenerados, em todos os tempos e lugares. Por que foram remidos pela graça mediante a fé por Jesus, o Cristo. Tanto os que viveram antes d'Ele, pela fé que receberam para crer na sua vinda. Também os que presenciaram a Sua vida terrena pelo Seu testemunho, martírio, e pregação do evangelho. E, ainda, os que viveram e ainda viverão após a Sua morte e ascensão, pela fé que Ele é o Salvador e Filho Unigênito de Deus. Logo, a salvação sempre foi, é, e será por Cristo. Os redimidos, pois são santificados em Cristo, e não santos por conta própria, ou por canonização feita por homens.
Ainda sobre a tribulação é importante ressaltar o que afirma João em I Jo. 2:18 - "Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora." A expressão "Filhinhos esta é a última hora" em grego koinê é "Paidia skate ora estin." [Paidia skate ora estin]. João utiliza a palavra 'skáte' da qual deriva a palavra escatologia, sendo aplicada aos eventos finais, ou do tempo do fim. Então, desde aquele tempo os fatos indicavam que muitos anticristos já se manifestavam. Eram protótipos do Anticristo final que estará a serviço de Satanás. Muitos pensam que Anticristo é aquele que é contra Cristo apenas, entretanto, o significado real é "aquele que deseja ocupar o lugar de Cristo." Logo, Anticristo é todo homem que desqualifica a justificação do pecador por meio da justiça de Cristo, por isso, está em oposição a Ele.
Algumas correntes filosóficas surgiram no período helenístico e muito influenciaram as Igrejas, tentando substituir a simplicidade do evangelho de Cristo, por preceitos, regras, normas e estilos de vida. Dentre elas, destacam-se como mais fortes:
- Hedonismo - filosofia desenvolvida por Arispo e Epicuro, que colocava o prazer e o desejo como a única finalidade da vida.
- Epicurismo - seguidores de Epicuro (320 a 270 a. C.) doutrina filosófica que ensinava que o prazer é o ideal da vida. Segundo ele, o prazer eliminaria o medo, trazendo a tranquilidade.
- Estoicismo - seguidores de Zenão (340 a 265 a.C.) ensino filosófico que estabelecia o panteísmo, ou seja, que "Deus" estava em tudo e que os homens deveria buscar a harmonia com a natureza para encontrar a felicidade.
- Gnosticismo - doutrina que pretende estabelecer o fim último de todas as coisas como fundamentado na emoção e no conhecimento interior. Este ensino diz que o homem é uma espécie de "deus", porque possui luz própria para promover sua evolução e salvação por meio do conhecimento próprio. É deste ensino que surgiram diversos outros que estão presentes nas igrejas institucionais hoje, como por exemplo, o 'livre arbítrio', 'aceitar Jesus', 'cooperar com o Espírito Santo', etc. Neste campo há também muitas seitas cristãs, religiões místicas, códigos de moralidade e de ética orientais, ensinos exotéricos, doutrinação universalista por meio de grupos secretos, tais como Iluminati.
II Ts. 2: 1 a 12 - "Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça."
No processo escatológico há sempre determinadas sequências indicadas claramente nas Escrituras. Assim, antes de Cristo retornar nos ares para receber a Sua Igreja comprada e redimida pelo seu sangue, haverá a manifestação da apostasia. Sabe-se, entretanto, que apostasia significa abandonar à fé, e não necessariamente, à Igreja. Afastar-se da fé, é não depender apenas do que afirmam as Escrituras, mas acrescentar a elas, as obras da lei, sacrifícios e esforços humanos, justiça própria e méritos. Depois da apostasia haverá a revelação de quem é o Anticristo, ou a Besta, porque ele se oporá à verdade, ficará contra tudo quanto se refere a Deus, ou que presta culto e adoração verdadeira. Ele vai reivindicar adoração a si mesmo, e se apresentará como sendo ele mesmo um "Deus". Há, na atualidade, muitas manifestações de iniquidade que indicam o preparo para a manifestação deste indivíduo, mas ele ainda é detido pela operação do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, como também atesta com o espírito dos eleitos e regenerados que eles são filhos de Deus. Por isso, o tal iníquo e filho da perdição não pode se revelar, pois seria facilmente detectado e apontado pelos regenerados. Quando, porém, a Igreja redimida pelo sangue de Cristo for retirada, ele poderá se manifestar com muitos sinais e prodígios da mentira. Isto não implica que o Espírito Santo abandonará a Terra, mas apenas que a Sua operação por meio dos nascidos de Deus, não o denunciará.
Após a revelação do Anticristo, Cristo voltará visivelmente "com as nuvens e todo olho o verá", para exercer juízo sobre a Terra e o destruirá com o sopro da Sua boca. Ele será morto, porque é um homem preparado para este fim, e não o próprio Satanás. Quanto a Satanás, só será jogado no lago de fogo e enxofre ao final do milênio quando será solto da sua prisão, sendo isto culminado como o "Juízo Final" e uma última batalha.
Gloria in excelsis Deo!
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