II Pd. 1: 19 a 21 - "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
O maior problema do cristianismo nominal é tomar as Escrituras como manual de religião, e não como a Palavra de Deus. No Novo Testamento acham-se duas palavras na língua grega para 'palavra': uma é 'logos' que significa a palavra dita por Deus; a outra é 'rhema', ou seja, a palavra vivificante de Deus. No primeiro caso é o relato dos feitos e dos decretos eternos de Deus. No segundo caso é o comando que abre os ouvidos e retira as escamas dos olhos dos pecadores eleitos.
II Tm. 3:16 - "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça." O homem escreveu, mas a inspiração provém de Deus, por isso, é proveitosa para repreender, corrigir e instruir em justiça. Algumas religiões utilizam porções das Escrituras apenas para dar um certo ar de legitimidade ao que pretendem controlar. No fundo, muitos dos que pregam, ou ensinam nestas igrejas institucionais, não creem no que estão pregando. Neste sentido as Escrituras se tornam, a uns enfadonha e cansativa, a outros, um peso. Pode-se dizer, que, hoje há muitos incrédulos dentro das próprias igrejas.
Ap. 4: 1 a 11 - "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvira, voz como de trombeta, falando comigo, disse: sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. Imediatamente fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono; e aquele que estava assentado era, na aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e sárdio; e havia ao redor do trono um arco-íris semelhante, na aparência, à esmeralda. Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro. E do trono saíam relâmpagos, e vozes, e trovões; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus; também havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal; e ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás; e o primeiro ser era semelhante a um leão; o segundo ser, semelhante a um touro; tinha o terceiro ser o rosto como de homem; e o quarto ser era semelhante a uma águia voando. Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir. E, sempre que os seres viventes davam glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas."
Agora a profecia apocalíptica está direcionada a duas realidades: tribulação e julgamento. O apóstolo João foi arrebatado, ou elevado em espírito até o próprio céu, de onde passou a ver as coisas que sucederiam na Terra. Durante todo o Velho Testamento, os profetas viam, e ouviam da Terra, as profecias do céu. Agora o quadro se inverte e João é convocado à própria presença dos Santos e do Cordeiro. Ele descreve como os santos estão organizados nos céus se preparando para o juízo na Terra.
João introduz este quadro com a expressão: "depois destas coisas..." Depois de quê? Depois do período da graça por meio da ação da Igreja na Terra. Com o chamado de João para ver as coisas do céu, encerrou-se o período da Igreja e da pregação do evangelho da graça. Esta cena do arrebatamento, da qual, João foi o tipo, é confirmada em I Ts. 4: 16 e 17.
João descreve o que viu no seu arrebatamento em espírito:
- Um assentado no trono, cuja aparência era semelhante as pedras de jaspe e sárdio. Em torno do trono um arco-iris semelhante à pedra de esmeralda. Estes são símbolos para descrever a magnificência de Cristo em Sua glória.
- Os anciãos, em número de vinte e quatro, assentados sobre tronos, vestidos de branco, possuindo coroas de ouro, e adorando ao Cordeiro de Deus. Representam o Velho e o Novo testamentos. Os doze patriarcas e os doze apóstolos.
- Do trono saiam relâmpados, vozes, trovões e diante dele havia um piso como um mar transparente de cristal, e sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus.
- Os quatro seres viventes estavam ao redor do trono do Juiz Eterno, cheios de olhos por todos os lados. Eram eles: um leão, um touro, um com rosto de homem, e o outro uma águia.
- Os seres viventes adoravam incessantemente ao Grande Rei e os vinte e quatro anciãos adoravam e lançavam suas coroas diante do trono d'Ele.
Sobre os quatro seres viventes tem-se que: a) o leão representa a autoridade de Cristo; b) o novilho representa a mansidão e a servidão de Cristo; c) o rosto de homem representa o Cristo como o Filho do Homem; e d) a águia voando representa a soberania e onisciência de Cristo. Estes seres viventes possuem as características de Cristo, porém representam no conjunto os santos que julgarão a Terra. Tudo o que usa o número quatro tem a ver com a Terra.
Esta visão é de profunda e tremenda significação, pois retrata como as coisas são tratadas por Deus. O homem tolo, e incrédulos pensa em seu coração que não há Deus e que, se houver, esqueceu-se da Terra e dos homens. Entretanto, nada acontece fora do tempo preordenado por Ele. Esta visão mostra como o Senhor Jesus está organizando todas as coisas para executar o Seu juízo sobre a Terra. Na sequência do texto, até o capítulo onze, ver-se-á quem participará, e como será exercido o juízo sobre a Terra.
Gloria in excelsis Deo!
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