terça-feira, novembro 15

ESCATOLOGIA XXXV

II Pd. 1: 19 a 21 - "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
É chegado o ponto em que serão iniciados os procedimentos de juízo sobre a Terra. Tais juízos são de duas naturezas, em dois momentos: redentivo e purgativo. Durante os três anos e meio iniciais do período da tribulação, tais juízos são um misto de julgamento e graça. Porque ainda haverá conversão pela ação do Espírito Santo no convencimento do homem decaído. É deste período que subirão os santos da tribulação, que foram mortos pelo sistema da Besta. Na segunda metade dos sete anos, ou da septuagésima semana conforme o profeta Daniel, serão apenas juízos purgativos e punitivos para retomada da "possessão adquirida".
Apenas Cristo tem a autoridade para executar os juízos divinos, juntamente com os eleitos e santificados. Para tanto, Ele é assim apresentando em Ap. 5:5 - "
E disse-me um dentre os anciãos: não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos
." Quando Cristo é apresentado como o redentor dos pecadores, é o Cordeiro. Porém, quando é apresentado como o juiz, é o Leão. Na Terra nem sempre os nomes das pessoas têm a ver com o seu caráter, mas no céu, tem sempre a ver. Por isso, quando muda o caráter a que se destina a ação de Cristo, o modo de se referir a Ele também muda. Enquanto o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Ele é o salvador, enquanto o Leão da tribo de Judá, Ele é o juiz.
Após Cristo ter sido apresentado como o Cordeiro que foi morto e reviveu, Ele passa a ser o Leão, e possui sete chifres e sete olhos conforme Ap. 5:6b - "...um Cordeiro em pé, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra." Sete em numerologia bíblica indica sempre totalidade, enquanto chifres indica, invariavelmente poder, seja maligno, seja benigno. Assim, os sete olhos do Cordeiro representam a Sua onisciência, enquanto os sete chifres representam a onipotência a Ele conferida para dar início aos juízos sobre a Terra. Tais juízos começam com a abertura dos sete selos e o derramamento das sete taças da ira de Deus. Da abertura do primeiro selo até a abertura do sexto selo, há diversos juízos, mas também o anúncio do evangelho da graça. Porém, ao abrir o último selo, é dado início a uma sequência de taças da ira de Deus, contendo apenas juízos punitivos e purgativos para restaurar todas as coisas. As coisas que podem ser redimidas pela fé serão redimidas, as que não podem, serão destruídas. Por isso, as Escrituras falam em "novos céus, e nova Terra."
Após a posse do livro, a saber, do documento de posse definitiva da Terra, pelo Cordeiro que foi morto e reviveu, deu-se início a um culto de adoração nos céus pelos seres viventes, pelos anciãos e milhares de milhões de anjos e eleitos santificados conforme Ap. 5: 8 a 14 - "Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um cântico novo, dizendo: digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação; e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: o que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro seres viventes diziam: amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram." Todos, nos céus, na Terra e no Tártaro, ou seja, o inferno, ou lugares inferiores da Terra, deram glória ao Cordeiro de Deus.
Gloria in excelsis Deo!

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