Is. 61: 1 a 3 - "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado."
O ano aceitável do Senhor na profecia de Isaías é uma referência à misericórdia e à graça de Deus, por intermédio de Jesus, o Cristo. A morte d'Ele na cruz não foi apenas substitutiva como pregam os religiosos, mas também inclusiva para destruir a natureza pecaminosa do homem decaído conforme Rm. 6:4 a 6 - "Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado." Muitos interpretam as Escrituras apenas com base no seu sistema de crença, mas a hermenêutica e a exegese correta é com base nas mesmas Escrituras. Alguns dizem que o texto acima faz referência ao batismo nas águas, entretanto, não o é, pois está falando claramente de batismo na morte. Mostra que o pecador morre n'Ele, e com Ele ressuscita. O que foi crucificado com Cristo foi o "velho homem", a saber, a velha natureza adâmica pecaminosa. O corpo do pecado, ou seja, a carnalidade sediada na alma humana foi crucificada para desfazer a culpa do pecado perante Deus. Isto é justificação por meio da fé, afim de obter a salvação pela graça. Muitos religiosos falam em "novo nascimento", porém, ou negam, ou desconhecem a morte por inclusão. Ora, como pode haver ressurreição juntamente com Cristo, se não houver morte com Ele?
Ap 7: 1 a 8 - "Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, dizendo: não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zabulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados."
São vistos por João, do céu, quatro anjos em pé nos quatro cantos da Terra, e seguravam os quatro ventos terrestres. Quatro sempre e invariavelmente se refere à Terra e seus fenômenos. É a totalidade simétrica do planeta. Tais anjos aguardavam até que os redimidos da "Grande Tribulação" fossem completados. Os fenômenos naturais atingem a todos, crentes e descrentes, mas quando os juízos são procedentes de Deus, são direcionados à purificação da Terra. Neste caso, Ele providencia alguma proteção aos seus, como foi no caso de Ló, na destruição de Sodoma e Gomorra, registrada em Gn. 19:22 - "Apressa-te, refugia-te nela; pois nada posso fazer, enquanto não tiveres chegado lá."
Neste capítulo de Apocalipse fala dos 144.000 que receberão sinais especiais para serem poupados. Eles são israelitas, pois são mencionadas as suas tribos de origem. De cada uma das tribos de Israel foram selados 12.000 pessoas. Aqui não há simbologia alguma, pois as referências são a pessoas de tribos da nação israelita. Isto é para que se cumpra a promessa de Deus feita a Abraão, o patriarca de Israel. Ao que tudo indica estes judeus receberam a graça da salvação durante a pregação universal feita por seres celestiais. Eles estarão protegidos por Deus, e também sendo judeus, estarão em Israel, que, por este tempo, terá realizado uma aliança com o Anticristo, pensando ser ele o Messias prometido. Depois o filho da perdição se voltará contra Israel, se apropriará do Templo de Jerusalém, exigirá adoração como se fosse ele mesmo um "deus". Isto ocorrerá durante os três anos e meio finais da septuagésima semana da profecia de Daniel. Estes judeus convertidos durante a tribulação, terão de ser protegidos, porque não foram arrebatados com a Igreja, não foram mortos pelo sistema do Anticristo, mas permanecerão até o retorno visível de Cristo. Cristãos e judeus aguardam a vinda do Salvador, porém sob óticas diferentes, todavia, Ele retornará com Rei dos Judeus, e Rei dos Cristãos, pondo fim às promessas. É a finalização, tanto da antiga aliança, como da nova aliança.
Todos os nomes judaicos têm significações, neste texto, os nomes dos chefes das 12 tribos de Israel são mencionados para que fique claro o significado do "Supremo Propósito" de Deus. Assim, segundo o teólogo Joseph A. Seiss, no livro "Lectures on the Apocalypse", tem-se que:
Judá - confissão, louvor a Deus.
Rúben - vendo o filho.
Gade - uma companhia.
Aser - bendito.
Naftali - lutador.
Manassés - esquecimentos.
Simeão - ouvindo e obedecendo.
Levi - união ou apego.
Issacar - recompensa.
Zebulom - lar ou moradia.
José - soma, ou adição.
Benjamim - filho predileto, ou filho da mão direita, ou da idade avançada.
Ora, colocando todos os nomes em ordem e dando-lhes as suas significações, tem-se o seguinte: confessores e adoradores de Deus, olhando para o Filho, uma companhia de benditos, lutando contra o esquecimento, ouvindo e obedecendo a Palavra, apegados à recompensa de uma moradia eterna, uma soma em adição dos filhos amados por Deus, gerados no fim dos dias. Isto harmoniza-se com exatidão o que Ele prometeu aos patriarcas de Israel. Um remanescente de Israel é salvo pela fidelidade da Palavra de Deus, e não porque são merecedores. Tudo é resultado da ação monérgica de Deus, e não de quaisquer méritos humanos. Observe que na lista do Apocalipse não entram a tribo de Dan e a tribo de Efraim. Dan significa juízo, ou exercício de prerrogativas judiciárias, portanto, não poderia fazer parte desta lista, pois os 144.000 não exercerão juízos. Efraim significa aumento por multiplicação, portanto, também não entra na lista dos 144.000, porque eles formam um número fixo. Aparecerão em circunstâncias específicas, e em momento específico, para um fim específico. Eles receberão o Grande Rei para dar início ao milênio. Serão castos conforme Ap. 14:4. Estas tribos representam apenas divisões geográficas, mas não étnicas, porque os descendentes de Abraão estão espalhados por todo o território israelense.
Gloria in excelsis Deo!
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