
Manter missionários dentro ou fora de um país, sustentar diversos obreiros, manter um ou diversos pastores, possuir uma grandiosa estrutura física e instrucional dentro de uma igreja ou denominação não é, necessariamente, estar no evangelho. Pode ser que se tenha tudo isto em nome do evangelho e este não seja pregado. Porque se um grupo, instituição ou denominação não conhece o verdadeiro evangelho sem interferência e sem ingerência humana no seu conteúdo, poderá ser qualquer coisa, menos o evangelho ensinado por Cristo. Não se pode confundir os ensinos humanitários e caritativos ensinados aos regenerados, com a pregação do evangelho que liberta e salva o pecador. Poder-se-á granjear inumeráveis pessoas para uma determinada igreja e elas não conhecerem o evangelho que inclui o pecador na morte de Cristo, como também na Sua ressurreição. Se a adoração de um homem não é ressurrecta, de nada serve diante de Deus para a sua redenção. Poderá ser um excelente princípio humanitário, sociológico ou psicológico, mas não salva. Por adoração ressurreta entende-se aquele, que, recebeu a graça para crer que foi incluído na morte com Cristo, e, que, com Ele ressuscitou para a vida eterna. Não há adoração fora deste padrão, mas apenas religião.
Falar acerca de Deus, de Cristo e das Escrituras não é pregação do evangelho. De sorte que aos não regenerados se prega o evangelho que é o poder de Deus para a salvação do pecador. Mas, aos que já foram regenerados se ensina o conhecimento de Deus e do Seu Cristo para que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Por regenerado entende-se aquele que foi gerado de novo, nascido do alto, nascido de Deus ou novo nascido nos moldes de II Co. 5:17 - "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." No texto grego original onde se lê "nova criatura" diz "nova geração", ou seja, regeneração. Para ser nova geração, obrigatoriamente o pecador deve estar em Cristo, ou seja, incluído n'Ele. Isto não é uma questão de retórica, mas de fé.
Este tipo de ensino, o qual prezamos nestes artigos são extremamente desconcertantes, e, por vezes, irritantes aos religiosos, porque retira-lhes o tapete dos méritos, dos esforços da carne, da justiça própria e da lei. Tudo o que foi construído pela religião, será desconstruído pela verdade; Tudo o que foi cimentado pela crença humanista será destruído pela verdade; Tudo o que foi edificado no esforça das obras de justiça humana será demolido pelo evangelho puro; Tudo o que é resultante da teologia humanista, intelectualista e denominacionalista será desmoronado pelo conhecimento das Escrituras pela revelação do Espírito Santo. Quando o pecador é regenerado ocorre uma total e completa desconstrução, tanto do que é reputado como bom, como do que é reputado como mau. Tudo deve ser novo!
O evangelho que liberta e salva não é aquele que você professa e crê, porque o recebeu por tradição, por dedicação, por esforço, por merecimento, por serviços prestados, por lealdade a uma igreja, denominação ou líder. O verdadeiro evangelho é apropriado por graça e não por mérito. A graça na concepção de Phillip Yancey é "Deus fazendo tudo por quem nada merece." E de fato é isto mesmo, porque do contrário, não seria graça, mas barganha ou negociata. O verdadeiro evangelho é o que está revelado em Is. 52:3 - "Porque assim diz o Senhor: por nada fostes vendidos; também sem dinheiro sereis resgatados." O homem pecador foi vendido ao Diabo por uma ilusão que seria como deus. Semelhantemente, para retornar a Deus na reconciliação é por graça e misericórdia e não por méritos de justiças próprias.
Na mesma linha de revelação está o texto de Is. 55:1 - "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite." Do ponto de vista mercantil este texto é incompreensível, para não dizer inaceitável.
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