II Co. 6: 14 a 18 - "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso." O texto mostra a nítida divisão entre a verdade e a apostasia. A ordem é não se prender à mesma canga em desigualdade. Os parâmetros são: fidelidade e infidelidade; justiça e injustiça; luz e trevas; Cristo e Belial; templo de Deus e templo de ídolos. A ordem final é que os que são de Deus saiam do meio dominado pelos que não são d'Ele. Deus determina um aparteismo entre os eleitos e os decaídos e não regenerados. Isto não é uma autorização para discriminar, tratar mal, condenar e excluir. É, outrossim, apenas uma clara separação de fé e dependência. Eles creem e dependem das suas crenças e os eleitos creem e dependem unicamente de Deus.
Vendo por um aspecto puramente superficial poder-se-ia dizer que este texto é contraditório, sem amor, desumano e anticristão. Todavia, é necessário analisar a que Igreja Paulo o está direcionando. A Igreja de Corinto era altamente complexa em sua composição, pois era formada por gregos, judeus e outras etnias. No primeiro século da Era Cristã, estas Igrejas eram altamente influenciada pela cultura helenista e suas filosofias gnósticas. De sorte, que, muitos se introduziam nas igrejas, apenas para experimentar algo diferente ou fazer seguidores. Na realidade, não tinham uma experiência de regeneração, e, portanto, queriam fazer adaptações gnósticas no cristianismo nascente a fim de satisfazer os seus interesses humanistas, filosóficos e religiosos. Paulo está doutrinando a Igreja no sentido de mostrar que há distinção entre um religioso e um regenerado. Ao contrário, o texto mostra o imenso amor de Deus para com os seus, não querendo que os mesmos se misturem espiritualmente aos que não conhecem a verdade. Trata-se de uma verificação de conhecimento da verdade e não uma sonegação dela aos membros daquela comunidade. Trata-se de uma nítida maneira de crer e não de isolamento social.
Ef. 5: 6, 7 e 11 - "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as." Obviamente se não houve enganadores e a possibilidade de o engano prosperar e causar danos aos eleitos, não haveria necessidade de alertas sobre ele. O apóstolo Paulo afirma: "ninguém vos engane". Logo, isto inclui, qualquer pessoa, seja dentro ou fora da Igreja. Sabe-se que os maiores enganadores e o maior número de enganados estão dentro das igrejas institucionais, denominacionais e ritualísticas. Geralmente os religiosos imaginam que obras infrutuosas das trevas são apenas feitiçarias, drogas, sexo, bebidas, macumba. Entretanto, estas coisas são as consequências das tais obras. O que define as obras é a apostasia da fé, ou seja, do evangelho. No contexto inicial deste texto de Efésios são mostradas as obras mundanas e inadequadas aos regenerados. Mas o que determina tais obras de cunho moral é o ensino ou a doutrina. Ninguém que recebe ensino da sã doutrina pratica tais obras por princípio ou por hábito. Os eleitos e regenerados não possuem mais natureza para viver continuamente no pecado, mas antes dele têm aversão e nojo. No verso 13, é mostrado com clareza que a luz dissipa e destrói as obras das trevas. Sabe-se que luz no texto escriturístico significa conhecimento da verdade.
I Co. 5: 6 e 7 - "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós." Neste texto Paulo está mostrando que um ensino errado, por menor que seja traz grande dano à Igreja. O fermento velho é uma alusão à lei e seus preceitos morais e ritualísticos. A massa nova é a graça, pois esta é dom de Deus e não resultado do esforço das obras da lei, da justiça própria e dos méritos que faz o homem tornar-se jactancioso, como propõe o texto acima. Não são os sacrifícios do homem que o une a Deus, mas o sacrifício de Cristo que justifica o pecador, tornando-o aceitável diante de Deus. Ninguém por melhor que seja moralmente, pode aceitar a Jesus. É Ele quem aceita o pecador e o regenera por inclusão na Sua morte de cruz, como também em Sua gloriosa ressurreição para a vida eterna.
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