segunda-feira, janeiro 30

O EVANGELHO QUE NÃO VAI ALÉM DO ENSINO DE CRISTO

II Jo. 1: 7 a 10 - "Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percais o fruto do nosso trabalho, antes recebeis plena recompensa. Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis."
O engano vem sempre revestido de uma roupagem bonita, atraente e desejável. O engano é uma mentira disfarçada e acrecida por algumas meias verdades. O engano sempre sugere ao homem o despertamento aos desejos de grandeza, domínio, controle, poder, e prestígio. A serpente, aparelho mediúnico de Satanás no Éden, utilizou-se deste expediente para enganar a Eva. Não foi dito à primeira mulher uma mentira ostensiva e escandalosa, mas uma sugestão sutil de erro conforme Gn. 3:1 - "Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: é assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim?" O Diabo induziu à desconfiança por meio de uma pergunta que apresentava apenas parte da fala de Deus à Adão. Como a mulher lhe respondeu com alguma informação, mais ou menos correta, porque acrescentou algumas palavras ao que Deus dissera, a serpente, então partiu para um ataque mais frontal, oferecendo a possibilidade de divinização. Por esta razão o apóstolo Paulo afirma em II Co. 11:3 - "Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo."
A questão destes evangelhos acrescidos de algo mais é muito perigosa e o mundo está repleto destes tipos de "pregações". Ir além do que foi ensinado por Cristo, é uma prática recorrente, e um caminho sinuoso e enganoso. Por estas razões é que se multiplicam igrejas, denominações religiosas, e seitas estravagantes. Cada um toma certas porções do evangelho ensinado por Cristo, e, a ele acrescentam suas próprias deduções enganosas e interpretações gnósticas. Surgem a cada dia inúmeras teologias, sendo cada uma mais distante da simplicidade do evangelho de Cristo. Alguns destes enganos, não tendo o que ensinar, passam a estabelecer regras, normas, preceitos puramente comportamentais como marcas do evangelho. Atacam os costumes, tais como modo de se vestir, os alimentos imundos e proibidos, o que as pessoas podem dizer, ouvir, e fazer. Supõem que tais coisas pudem redimir o homem da sua natureza pecaminosa. Acerca destas coisas as Escrituras afirmam em Is. 28:13 - " Assim pois a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito; regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e fiquem quebrantados, enlaçados, e presos." Estas pessoas enganadoras e enganadas acabam por não crer em nada, pois suas naturezas não lhes permitem viver estas realidades sem o novo nascimento. Muitas fracassam, outras desistem, e outras vivem presas e angustiadas a vida toda por medo de ser castigadas por Deus. Ora, o pecador eleito e regenerado, não tem mais medo de comportamentos, não vive de regras morais, porque sabe que "aquele que começou a boa obra, certamente a completará." Eles não praticam atos pecaminosos, porque estão garantidos, mas tão-somente são tratados em suas fraquezas por meio do amor de Cristo. Serão apresentados sem manchas e sem rugas perante a face do Altíssimo.
A marca dos nascidos de Deus é a permanência no evangelho ensinado por Cristo e transmitido pelos discípulos e apóstolos. Isto não implica em permanecer nesta, ou naquela religião, pois a maioria delas nada têm a ver com a verdade. É impossível ao nascido do alto crer no evangelho verdadeiro e viver como se não tivesse conhecimento dele. É Cristo quem os prepara para serem conformes à sua imagem. Nos eleitos e regenerados, tanto a imagem, como a semelhança de Cristo é uma ação monérgica, independentemente, das ações sinérgicas. Os eleitos e regenerados pela graça, por meio da fé, sempre afirmam o mesmo ensino, em todos os lugares, ainda que um nunca tenha visto o outro. Isto resulta do ensino do Espírito Santo de Deus, e não de teologismos inventados por homens dissolutos que mudam a verdade em mentira conforme o registro de Rm. 1:25 - "... pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém."
Soli Deo Gloria!

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