julho 21, 2008

O CRISTO DA RELIGIÃO x O CRISTO DO EVANGELHO IV

Na religião, o Cristo é tido e considerado como um facilitador, isto é, uma espécie de "quebra-galhos" entre o pecador e Deus. Entretanto, Ele é o único advogado que defende o pecador diante da reta justiça do Pai. Entretanto, este fato é restrito apenas àqueles para os quais Cristo morreu. Esta é uma questão de cunho espiritual e não como se Ele fora uma espécie de rábula obrigado por ofício a defender a todos os homens, sob todas as circunstâncias e desejos. No evangelho da verdade, o Cristo é a propiciação pelos pecados de muitos; É o justificador perfeito que torna os eleitos justificados e apresentáveis diante de Deus. Ele é o remidor e o pagador do escrito de dívida que o pecado criou para o homem perante Deus. Em todos estes aspectos Cristo é tanto o ator, quanto o portador da ação. Por isto, Ele é o autor e o consumador da fé cristã. É o doador e a doação da graça.
Jo. 1:29 - "No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." A expressão "Cordeiro de Deus" é a maneira de expressar a real função de Cristo como o substituto do homem pecador na cruz. Ele é o cordeiro pascal profetizado desde os tempos imemoriais como o justificador. Todavia, Cristo não só é o Cordeiro de Deus, mas sobretudo Ele é o único que tem poder para retirar o pecado do mundo. Neste sentido, mundo, não representa todas as pessoas do mundo, mas tão somente que Ele tira o pecado dos eleitos que estão no mundo. O senso comum, indica que se Cristo retirasse o pecado do mundo como um todo, logo, a Terra voltaria a ser o paraíso antes do retorno d'Ele para purificação e restauração final.
Acrescenta-se que o texto afirma que Cristo tira o pecado e não os pecados. Isto quer dizer que a obra d'Ele na cruz foi para destruir a natureza pecaminosa, natureza adâmica, o velho homem ou o pecado original. A palavra pecado neste texto é 'hamartian', indicando que se trata do pecado original, isto é, a natureza pecaminosa inoculada por Satanás. Neste sentido, é assim mesmo, pois do contrário ter-se-ia de admitir que a obra de Cristo não teve eficiência e, muito menos, eficácia. Também ter-se-ia de admitir que o Diabo teria sido mais eficiente em manter o pecado no homem. Então a obra justificadora estaria absolutamente danificada e prejudicada eternamente. É necessário enfatizar isto, porque os religiosos incrédulos insistem em dizer que este ensino é a pregação da impecabilidade. Como não conseguem ver além da letra, tentam desqualificar a verdade.
Rm. 5:1 - "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."
O resultado da ação do Cristo do evangelho é justificação, paz, acesso à graça e à esperança verdadeira da redenção. Tudo isto por meio d'Ele, que, até mesmo nas tribulações, cuja finalidade é produzir experiência e esperança, produz o amor de Deus derramado nos corações dos eleitos.

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