sábado, agosto 30

A GRAÇA QUE FAZ

Uma das mais costumeiras acusações contra os nascidos de Deus, os quais crêem na dependência plena d'Ele é que estes negam a necessidade de evangelizar, visto que reputam tudo à graça. Erram e, ainda por cima, incorrem em juízo temerário, os tais acusadores, por desconhecer o poder de Deus e as Escrituras. Ninguém que tenha experimentado o nascimento do alto e que recebeu a graça misericordiosa de Deus, prega contra o anúncio do evangelho. Não pderia retê-lo, nem por senso comum e, muito menos, por elucubrações teológicas. É ordem perene das Escrituras, o pregar o evangelho 'a tempo e fora de tempo'. O nascido de Deus prega, porque isto lhe é por nova natureza e não por preceito, norma ou lei institucionalizada pela religião humana. Ele mesmo é o portador das boas novas, visto que experimentou o nascimento do alto e a sua vida não lhe pertence mais. Agora ele vive uma nova disposição na vida de Cristo, sendo sua testemunha neste mundo.
I Co. 15:10 - "Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo." Verifica-se pelo testemunho do apóstolo Paulo, que até o ser uma nova criatura e viver circunstancialmente cada situação e momento, é resultante da graça. O trabalho de um regenerado não lhe é propriedade e, tão pouco, obra de justiça própria para fins meritórios. O seu trabalho não é seu, mas da operação da graça de Deus em seu homem espiritual. As operações da graça faz que o regenerado trabalhe e não o regenerado faz a graça um operacionalização de obras de justiça própria. Assim, é a graça que opera as boas obras de Deus, as quais foram preparadas de antemão para que os nascidos de Deus andem nelas conforme Ef. 2:10 - "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas." O regenerado é feitura das mãos de Deus por meio da obra inclusiva de Cristo na cruz para que ande nas obras d'Ele.
Antes que o próprio mundo viesse à lume, Deus já havia definido cada obra a ser realizada para honra e glória do Seu próprio nome. Entretanto, religiosos falseados, arrogantes e impostores, se assenhoram das boas obras e tomam-nas por suas afim de expor justiça própria diante do Deus de toda glória.
Tt. 2: 11 a 14 - "Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras." Então foi a graça de Deus que se manifestou e não a vontade do homem. Foi a graça de Deus que trouxe salvação a todos os seus eleitos. É a graça de Deus que ensina o caminho da renúncia da velha natureza por meio da destruição desta na morte de Cristo. É a graça de Deus que permite aos eleitos e regenerados viver sóbria, justa e piamente o presente momento. É a graça de Deus que opera nos filhos de Deus para que perseverem como a santificados em Cristo Jesus, aguardando a Sua manifestação para restaurar todas as coisas e se apossar definitiva e cabalmente do Seu reino sempiterno. Cristo mesmo é a graça de Deus que remiu a iniquidade e para purificar um povo específico todo Seu, zeloso de boas obras.
Em tudo isto, onde está a participação determinante do homem? Resta-lhe apenas o recebimento da graça e por ela viver e realizar as obras de Deus e não suas.

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