Rm. 6: 3 a 7 - "Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto está justificado do pecado."
O batismo não salva, porém é apropriado aos salvos, porque é uma ordenança de Cristo. O próprio Jesus, o Cristo se submeteu ao batismo para demonstrar o cumprimento da justiça de Deus contra o pecado conforme Mt. 3: 13 a 15 - "Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João o impedia, dizendo: eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe respondeu: consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu." O batismo não aniquila a natureza pecaminosa, mas é uma identidade daqueles que tiveram-na aniquilada pela inclusão na morte com Cristo, como também em sua ressurreição.
Há grandes disputas entre os religiosos sobre o modo de se batizar. Uns batizam por aspersão de água sobre a cabeça. Outros batizam por imersão em águas. Alguns acrescentam mais um elemento além da água, qual seja, o sal. Desta forma as religiões vão deturpando as Escrituras e criando teologia paralela à verdade. Também há divergência sobre se deve batizar crianças ou esperar que elas tenham discernimento para escolher uma religião para se ingressar. Finalmente, há aqueles que, ao mudar de uma religião para outra se batizam novamente por julgar que o batismo anterior não é válido. Desta forma vê-se que não há unidade sobre um ensino extremamente simples. O cerne de tais divergências e controvérsias é uma alma inconversa e possuidora de justiça própria.
Os rituais de abluções do Velho Testamento eram um sinal indicativo da morte e ressurreição de Jesus, o Cristo. O batismo de João, o batista era uma prévia do batismo no Espírito Santo e com fogo. João convocava o povo a que se arrependesse confessasse os seus pecados e se preparasse para a revelação do redentor Jesus, o Cristo. Após a morte e ressurreição de Jesus, o batismo passou a ser apenas um símbolo da identificação do regenerado na morte e na ressurreição d'Ele. Todos os textos neotestamentários mostram claramente que o batismo, enquanto ordenança, é por imersão em águas. A imersão em águas representa a morte e a emersão das águas representa a ressurreição. Como, pois, o batismo teria esta significação se é pelo pingar de umas gotinhas na cabeça do batizando? Não há qualquer registro nas Escrituras de batismo de crianças. Sendo o batismo uma identificação na morte e da ressurreição em Cristo, como poderia uma criança, que ainda não tem consciência do pecado, do arrependimento e da graça redentora se identificar com Ele em sua morte e ressurreição?
O texto de abertura desta instância mostra claramente o batismo genuinamente espiritual. Não é o batismo profético da Velha Aliança, muito menos o batismo simbólico da Nova Aliança. É o batismo que concretiza a fé na inclusão do pecador na morte de Cristo, como também a sua ressurreição juntamente com ele para a vida. O apóstolo Paulo afirma que "... todos quanto fomos batizados, fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte." Primeiramente, ressalta-se que o pecador regenerado foi batizado em Cristo Jesus e não em águas. A preposição 'em' indica a inclusão do pecador na morte de Cristo. Trata-se de um ato de fé, porque o ato concreto foi realizado com valor pretérito e futuro. É para todo aquele que crê! Paulo aprofunda ainda mais o significado do batismo no Espírito Santo, quando afirma: "... sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida." Da mesma forma, a preposição 'com' indica a inclusão na morte de Cristo, como também o ressurgir em novidade de vida indica o ganho da vida de Cristo. Quando o pecador crê que foi incluído - sepultado - em Cristo na morte e com ele ressuscitou para a vida eterna, crê que passou da morte para a vida. O velho homem a que alude o texto é a velha natureza adâmica contaminada pela natureza pecaminosa. A crucificação da natureza adâmica se dá exatamente no último Adão que é Cristo conforme I Co. 15: 45 e 46 - "Assim também está escrito: o primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão, espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual." O primeiro Adão decaiu da Graça e ficou morto ou separado de Deus; o último Adão, morreu para destruir o pecado, incluindo os pecadores eleitos cujos nomes foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro antes dos tempos eternos. Por esta razão é que Jesus, o Cristo é o último Adão e também espírito vivificante. Nele, a saber, em Cristo a raça adâmica é destruída e por meio da sua ressurreição o regenerado ganha um novo espírito reconciliado com Deus por meio de Cristo. É este, pois, o sentido e o ensino do verdadeiro batismo nas Escrituras. Cada um consulte os textos e forme convicção e não crendices e religiões baratas.
Muitos religiosos falam em 'novo nascimento' em suas pregações, porém negam ou desconhecem a inclusão do pecador na morte de Cristo. Ora, como pode, pois, alguém nascer de novo se não morreu? Para eles, o novo nascimento é apenas uma mera reforma moral nos pecadores. Por meio da reforma moral nenhum homem alcança a salvação.
Sola Escritura!
Sola Gratia!
Sola Fides!
Solo Christus!
Soli Deo Gloria!
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