agosto 08, 2010

A CRUZ COMO UM LUGAR E COMO UM CAMINHO X


Gl. 2: 16 a 21 - "...sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada. Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De modo nenhum. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. Pois eu pela lei morri para a lei, a fim de viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Não faço nula a graça de Deus; porque, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão." Comumente, o homem religioso, cujas escamas dos olhos não foram removidas pela cruz, vive um dilema: professa ser cristão, mas ao mesmo tempo submete-se a regras, normas e preceitos da lei moral e da lei cerimonial. Neste caso desenvolve-se um procedimento em duplicidade  afirma "aceitar" Jesus como salvador, pela fé, entretanto, acrescenta a isto, um amontoado de esforços, justiças próprias e méritos a fim de alcançar paz espiritual. No entanto, pesquisas dão conta de que cerca de 80% das pessoas que procuram psicanalistas são religiosas. Estes confundem fé e obras da lei, numa espécie de religião mista, e, em muitos casos, mística. Por não terem recebido a fé biblicamente correta, não confiam na graça soberana e plena de Deus. Destarte, confiam, desconfiando d'Ele, e dando um jeito de auxiliá-Lo a desenvolver as suas vidas supostamente cristãs. Imaginam, ingloriamente, que podem complementar a presumida fé em Cristo com jejuns, sacrifícios, curas interiores, redes, pontes, orações no monte, fogueiras santas, unção disso, unção daquilo. Presumem poder melhorar o "supremo propósito" de Deus estabelecido antes dos tempos eternos. Esta é a mais contundente prova de ausência de fé verdadeira. Não conhecem a cruz como lugar, e como caminho a ser trilhado. Desenvolvem, por isso, uma relação sinérgica, por não poder receber a ação monérgica de Deus.
As obras da lei, conforme o texto que vem de ser lido e compreendido pelo espírito, não podem salvar ninguém. Elas se aplicam apenas como regra de relação e não de posição. Se pudessem, Jesus, o Cristo, não deveria ter sido levantado na cruz para morrer, e, com isto, destruir o pecado dos pecadores eleitos. Tais religiosos não podem compreender, por fé, o que venha a ser justificação. Não alcançam tal ciência do Altíssimo, que, em Sua infinita misericórdia, resolveu tornar justos, os injustos eleitos, no Seu Justo Filho, conforme Hb. 10: 38 - "Mas o meu Justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele." Este justo a que alude o texto é Jesus, o Cristo. Precisamente por ser o único Justo aos olhos de Deus é que foi suficiente e eficiente para promover a justificação de todo aquele que nele crê conforme Jo. 1:11 e 12 - "Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." Observa-se que os justificados em Cristo são feitos filhos de Deus, e, isto, não foi por origem étnica, nem por reprodução sexuada, nem por decisão voluntária do homem. Tudo foi idealizado, planejado e executado segundo a soberana vontade de Deus. Verifica-se, ainda, que os salvos apenas recebem ao Senhor Jesus e não o aceitam. Ele é quem os aceita, atraindo-os no Seu corpo crucificado, para neste lugar destruir as suas naturezas pecaminosas pelo método de Deus.
Todo o processo que envolve a redenção do pecador parte da ação monérgica de Deus, sendo Ele quem o leva a Jesus, o Cristo conforme Jo. 6:44 - "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia." Verifica-se que é uma questão de não poder, e não, uma questão de não querer como insistem os arminianos defensores da heresia do "livre arbítrio". Confundem eles a capacidade de fazer escolhas emocionais, mecânicas e volitivas circunstanciadas na vida almática, com escolhas referenciadas na vida do espírito.
Segundo o texto de abertura, aquele que insiste no modelo religioso que busca a justificação nas obras da lei, adicionando à graça e à fé os seus esforços para produzir salvação, considera Cristo uma espécie de ministro do pecado e anula a graça de Deus. Tornando vã a morte sacrificial substitutiva e inclusiva de Jesus, o Cristo. Tudo isto faz parte de um processo desenvolvido e inoculado na religião por Satanás a fim de exaltar o homem fora da cruz que é o seu lugar por natureza e merecimento, por conta do pecado original. Todavia é fundamental compreender que este ensino da cruz como lugar e como caminho, não nega ou aniquila os valores morais e éticos, porém eles são consequências naqueles que nasceram de Deus conforme I Jo. 5: 18 - "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca." Os nascidos de Deus não pecam continuamente, ou não vivem pecando por princípio, por prazer, e por natureza. O seus pecados originais foram aniquilados na cruz. O texto joanino acima ensina que os eleitos e regenerados não sentem mais prazer no pecado. Não significa que eles não cometam atos pecaminosos.
Sola Gratia!
Sola Fide!
Sola Scriptura!
Solo Christus!
Soli Deo Gloria!

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