agosto 03, 2010

A CRUZ COMO UM LUGAR E COMO UM CAMINHO VI


I Co. 1: 22 a 25 - "Pois, enquanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens." O homem natural, ou seja, que não foi regenerado, possui uma fé sensoriável. A base da sua crença é no que se pode ver, sentir e experimentar. Enquanto a fé é uma experiência subjetiva e espiritual, a crença humana é baseada em sinais e no conhecimento intelectivo. Assim, o religioso vê para crer, e o regenerado crê para ver. Judeus e gregos queriam experiências objetivas, enquanto os nascidos do alto pregavam a Cristo crucificado. Isto se constituiu num escândalo para os judeus, pois esperavam um Messias de linhagem real, poderoso e que assumisse o trono do rei Davi e expulsasse os dominadores romanos de Israel. Os gregos, fundamentados na gnose viam na pregação de um Deus crucificado e morto uma loucura, pois como alguém que morre em uma cruz poderia salvar o homem da sua situação decaída? Para os denominados eleitos, escolhidos ou chamados, Cristo é a mais perfeita sabedoria de Deus para solução do pecado do homem. A cruz é um lugar e um caminho, constituindo-se assim, no método de Deus para regenerar o pecador. E, aquilo que aos olhos do homem decaído é fraqueza, no conselho de Deus é a mais perfeita sabedoria para justificar o pecador.
O conceito do parente remidor está no livro de Rute no Velho Testamento conforme Rt. 4:14 - "Disseram então as mulheres a Noemi: bendito seja o Senhor, que não te deixou hoje sem remidor; e torne-se o seu nome afamado em Israel."

Cristo foi feito parente do homem decaído para remi-lo. O modo pelo qual Deus fez este parentesco foi enviando o Seu Filho Unigênito para nascer de mulher, tornando-se Jesus, o homem histórico conforme afirma Jo. 1:14 - "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai." Entretanto, necessário é que se diga aqui, que, Jesus, o Cristo é uma única pessoa com duas naturezas: divina e humana. Não são duas pessoas distintas como os antinomistas acreditavam. Cristo se assemelhou ao homem em Jesus para assumir os pecados dos eleitos e destruí los na cruz. Por isto, a cruz é um lugar e um caminho, ou seja, um método divino para justificar o homem injusto. Tal parentesco aparece em alguns textos neotestamentários, como por exemplo, em Rm. 8:29 - "Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." Assim, Jesus, o Cristo passou de Filho Unigênito a Primogênito dentre os mortos. Isto significa que Jesus, o Cristo passou a ser o primeiro a nascer e morrer e, depois voltar à vida para conceder vida eterna aos regenerados. Aqueles que estavam destituídos da glória de Deus e mortos em seus delitos e pecados foram vivificados n'Ele. Agora são parentes eternos e co-herdeiros em Cristo conforme Rm. 8:16 e 17 - "O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados."
Finalmente o texto de Hb. 2: 9 a 14 - "... vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles. Pois tanto o que santifica como os que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E outra vez: porei nele a minha confiança. E ainda: eis-me aqui, e os filhos que Deus me deu. Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo." Fica evidente que Cristo foi encarnado em Jesus para experimentar a humanidade e morrer para redimir os pecadores e torná-los filhos de Deus, tornando-os parentes e herdeiros juntamente com Ele.
Sola Gratia!

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