domingo, agosto 30

ESPÍRITOS ENGANADORES E RELIGIÕES ENGANADAS XIII


I Rs. 22: 7 a 13 - "Disse, porém, Jeosafá: não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar? Então disse o rei de Israel a Jeosafá: ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só o mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Jeosafá: não fale o rei assim. Então o rei de Israel chamou um oficial, e disse: traze-me depressa a Micaías, filho de Inlá. E o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, estavam assentados cada um no seu trono, vestidos de trajes reais, na praça, à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas profetizavam na sua presença. E Zedequias, filho de Quenaaná, fez para si uns chifres de ferro, e disse: assim diz o Senhor: com estes ferirás aos sírios, até de todo os consumir. E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: sobe a Ramote de Gileade, e triunfarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei. E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: vês aqui que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem."
Os espíritos enganadores têm autoridade apenas sobre os espíritos humanos dominados pela natureza pecaminosa, a qual lhe confere sempre o engano. O engano é invariavelmente semelhante à verdade, pois do contrário não conseguiria enganar a ninguém. O pecado chamado original, porque ocorreu no primeiro homem, é na verdade a incredulidade. Isto está registrado nas palavras de Jesus em Jo. 16:9 - "...do pecado, porque não creem em mim." Exatamente no que Adão falhou no Éden, visto que Deus havia dito que ele morreria caso comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Satanás veio e disse a Adão que ele não morreria, portanto, Adão deu crédito a essa palavra e não à primeira. O resultado da incredulidade do nosso ancestral comum se vê na miséria e sofrimento da humanidade.
O texto que abre este artigo contém uma profunda mensagem do que é a verdade e do que é o engano. Nesta primeira parte do texo a situação dos reis de Judá e de Israel é um dilema sobre se entrariam ou não em guerra contra o rei da Síria. O rei de Israel, ou seja, das dez tribos do norte, tomou dos seus falsos profetas e, estes, obviamente, trataram de falar o que o rei queria ouvir. Prometeram-lhe a vitória fácil! O rei de Judá ficou muito desconfiado daqueles profetas e perguntou pela existência de um verdadeiro profeta do Senhor que pudesse dar alguma orientação segura. As palavras do rei de Israel acerca do profeta do Senhor não eram muito boas: "ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só o mal." Semelhantemente as palavras de Jesus em Mt. capítulo 23: "....sereis odiados de todos por causa do meu nome." Desde o início dos tempos falar apenas a verdade é um mau negócio para quem prega.
Todos os falsos profetas afirmavam categoricamente que os reis deveriam subir contra o rei da Síria, pois sairiam vitoriosos. Ora, qual rei não gostaria de ouvir esta palavra? Entretanto, esta palavra não era unânime! Ao chegar à praça, Micaías, filho de Inlá, profeta do Senhor, afirmara exatamente o contrário. A avaliação dos espíritos enganados é que, se muitos afirmam uma coisa, e, apenas um afirma outra contrária, logo este último está errado. O engano produz uma arrogância quantitativa e qualitativa nos espíritos enganados. Eles confiam em possibilidades e quantidaddes, os espíritos conduzidos por Cristo confiam na Palavra de Deus.

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