quinta-feira, julho 13

OS PECADOS PELOS QUAIS SE PODE ORAR, NÃO SÃO PARA A MORTE.

 I Jo. 5: 16 a 20 - "Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não é para morte, pedirá, e Deus lhe dará a vida para aqueles que não pecam para a morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda injustiça é pecado; e há pecado que não é para a morte. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno. Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."
No outro estudo tecemos uma sequência de exposição bíblica e verbalização de conceitos, geralmente, ensinados de modo muito reducionista em igrejas nominais. O objetivo era demonstrar que há categorias de pecados na Bíblia e que, um deles é o que determinou a queda do homem. Muitos líderes religiosos gostam muito de utilizar este tipo de texto para meter medo e segurar as pessoas presas a um sistema a que foram submetidas por tradição ou por desespero.
É claro que não existe hirarquia ou escalonamento de pecados. Qualquer ato pecaminoso é derivado da natureza pecaminosa. Portanto, enquanto o pecado que é para a morte não for aniquilado em Cristo, os atos pecaminosos prevalecerão nas almas decaídas das pessoas. Por mais que elas sintam remorsos e busque conciliação em determinados mecanismos de culto, como por exemplo, confessar, comungar, pediir perdão, reconciliar-se com Deus em cultos elaborados para apelar ao emocionl, dar ofertas alçadas para ajudar a obra do evangelho. Isto é uma mera tentativa de retirar o pecado [harmatía] por justiça prória e por méritos. Isto não procede da obra monérgia e definitiva de Deus, em Cristo. Pode ter grande valor psicológico e social, mas não espiritual e redentivo.
Neste estudo enumerar-se-ão as outras palavras usadas no texto grego em que foi escrito o Novo Testamento:
[παραβασιs] que transliterado é [parabasis] e significa: erro, falha, transgressão, infração ou ir além do limite estabelicido na lei. Mt. 15: 2 - "Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos, quando comem." A palavra grifada tem a sua origem no termo "parabasis."
[ἀδικίαις] que transliterado é [adikiais], significando injustiças ou iniquidades. Está registrada em Hb. 8:12 - "Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados não me lembrarei mais." Observe que, no texto é dito que Deus será misericordioso com as iniquidades e não se lembrará mais dos pecados. É, claro! O pecado foi aniquilado na morte com Cristo e as injustiças e iniquidades fora curdas da alma por misericórdia e graça.
[ἀνομία] que transliterado é [anomia], a qual significa ausência de cumprimento ou desrespeito às leis, normas e regras. Há um registro em Mt. 24:12 - "...e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará." Apenas no Evangelho de Mateus a palavra anomia é equivalente a iniquidade. Traz a ideia de total desprezo ou desobediência à lei de Deus. Porém, também traz sentido de anarquia em política e direito humano. Lembrando que 'iniquidade' entende-se por falta de equidade ou equanimidade. Enfim, falta de equilíbrio.
[πορνεία] que transliterado é [porneia], e significa práticas sexuais ilícitas ou erradas. São exemplos: adultério, lascívia, prostituição, homossexualidade, bestialidade, incesto e qualquer perversão sexual. É desta palavra que provém o vocábulo pornografia. Há um registro em I Ts. 4:3 - "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição (porneia)."
O texto de abertura afirma: "Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não é para morte, pedirá, e Deus lhe dará a vida para aqueles que não pecam para a morte." Parece estranho, não? Pois se refere a irmão e não a pecador não nascido de Deus. Todavia, mesmo os eleitos e regenerados podem, embora não devessem, cometer estes atos pecaminosos. Há casos que os cometem incosnscientemente, mas, há casos que os cometem sabendo que estão errados. Isto ocorre, porque após no novo nascimento, vem o processo de descontrução da natureza pecaminosa nas almas dos  regenerados. Isto pode ser rápido em uns, medio em outros e, pior, longo em outros. O problema não está mais no espírito morto para Deus, mas na alma contaminada por atos e atitudes que precisam ser tratadas.
O mesmo texto de abertura também afirma: "sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno." Observe atentamente que, os nascidos de Deus, do alto ou nascidos de novo não vivem pecando. Veja o verbo pecar está no particípio passado e não no contínuo. Isto porque Deus realiza uma obra de purificação. Aquele que nasceu de Deus é Cristo. Portanto, aos que Deus gerou em Cristo que é Seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos não permanecem no domínio da natureza pecaminosa. E, por fim, é ensinado que o Diabo sequer pode tocar os eleitos e regenerados. Contrariamente, o mundo inteiro jáz no Malígno, ou seja, tudo o que não foi regenerado ou gerado de novo em Cristo continua sob o  domínio do Diabo até o julgamento final dele e seus seguidores. 
II Co. 5:17 - "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." Alguém está em Cristo não significa na religião, mas ter sido incluído em sua morte e em sua ressurreição. Não se herda a vida de Cristo por meio de rituais, cultos e sacrifícios de tolo. É este o processo de aniquilação do pecado que matou o homem aos olhos de Deus e é este o processo de regeneração ou nova geração em Cristo. Sem ele, ninguém verá a Glória do Eterno.
Aleluia!

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