Mt. 12: 31 - "Portanto vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada."
O conceito de pecado é um dos mais controversos e rejeitados na sociedade moderna. Entretano, a realidade dada e os resultados do mal moral no mundo mostram que o pecado é real e concreto. A maioria prefere acreditar que o pecado é uma construção da religião ou das classes dominantes para manter controle social. Porém, basta olhar para si mesmo e para a sociedade para constatar seus efeitos.
Pouco importa o que a sociedade ou o homem em particular pensa ou afirma sobre o pecado. Importa, de fato, o que é doutrinado nas Escrituras sobre ele.
Muitos religiosos vivem atormentados por temer que cometem o pecado imperdoável. Geralmente, atribuem como pecado imperdoável ao que se pode chamar de atos pecaminosos, tais como: matar, furtar, roubar, prostituir, adulterar, mentir etc. Nenhum desses atos pecaminosos podem levar o homem à condenação eterna. Estes são, em realidade, apenas consequências naturais do pecado imperdoável. Não é o assessório que arrasta o essencial, mas o essencial é que arrasta o assessório. Ou seja, não são os atos pecaminosos que determinam a natureza pecaminosa, mas ela os determina como via consequencial. Jesus, o Cristo ensina isto quando fala da árvore má e seus frutos e da árvora boa e seus frutos. É uma relação de causa e consequência! Sendo assim, o homem é condenado eternamente pelo que é em natureza, não necessariamente, pelo que faz por atos. Todavia, após ter sua natureza pecaminosa substituída pela natureza divina de Cristo, os atos pecaminosos vão sendo curados pela misericórdia e graça de Deus.
Mt. 12:22 a 28 - "Trouxeram-lhe então um endemoninhado cego e mudo; e ele o curou, de modo que o mudo falava e via. E toda a multidão, maravilhada, dizia: é este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, disseram: este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seus reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, logo é chegado a vós o reino de Deus." Este texto fornece as pistas sobre a questão do pecado imperdoável. Os religiosos acusavam Jesus, o Cristo de fazer milagres pelo poder de Satanás. Jesus, o Cristo lhes evoca juízo sobre si mesmos ao dizer que, o Diabo não pode expulsar o próprio Diabo, portanto, a afirmação dos religiosos era falsa. Cristo lhes mostra que se a sua obra era pelo poder de Deus, logo, a revelação divina havia chegado a eles. Poranto, recebê-la ou rejeitá-la revelava as suas naturezas regeneradas ou incrédulas. Isto é como jogar xadrez! Dado o cheque mate, nada mais poderá fazer o derrotado.
O texto acima mostra, sem mencionar o Espírito Santo, que o pecado imperdoável é a rejeição à obra de Cristo como operada pelo Espírito Santo. Visto que é ele quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo conforme Jo. 16:9.
A evidência irrefutável de que Jesus, o Cristo operava seus milagres pelo poder de Deus é o versículo 29 de Mateus capítulo 12 - "Ou, como pode alguém entrar na casa do valente, e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente? e então lhe saquear a casa." Isto é, como poderia ele expulsar os demônios pelo poder do Diabo? É como entrar na casa do Diabo, expulsar os demônios seus subordinados e o Diabo não fazer nada.
Mt. 12: 32 - "Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro." Este verseto indica que não será perdoado o pecado de negar que a obra de Cristo era realizada pelo Espírito Santo. Qualquer outra blasfêmia contra Jesus, o Cristo pode ser perdoada, mas negar que é o Espírito Santo quem convence o homem do seu próprio pecado não será perdoado, nem agora, nem na eternidade. Tal negação, em última instância, recai em incredulidade, ficando isto esclarecido no verso 9 de João capítulo 16.
Rm. 4: 7 e 8 - "Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado." Sabe-se pelo texto sacro que a iniquidade é o desequilíbrio da corrupção do homem pelo pecado original. Sabe-se que o sangue de Jesus, o Cristo derramado na cruz foi a expiação pelo pecado conforme I Jo. 1:7 - "...e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado." E, por fim, sabe-se que é pela fé que Deus imputa a justificação conforme Rm. 4:3 - "Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." Portanto, a salvação é pela graça e o meio é a fé conforme Ef. 2:8 - "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus."
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christo!