Rm. 1: 18 a 25 - "Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, eles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém."
No primeiro estudo desta série tratou-se de questões gramaticais em mais de um parágrafo. O leitor poderia questionar a razão do referido tratamento. Porém, o objetivo é criar subsídio para outras instâncias do tema objeto dos estudos. Desta forma, a palavra Deus nada tem a ver com nome próprio, pois não é um substantivo próprio. Trata-se de um substantivo concreto masculino designativo de um ser divino. A língua portuguesa é a única do grupo neolatino que manteve o vocábulo 'Deus' em sua forma nominativa com terminação em "us". A origem do vocábulo "deus" é do tronco linguístico indo-europeu, tendo a sua raiz em 'deiwos' que significa "brilhante" ou "celeste". Portanto, atribuível a qualquer ser real ou imaginário que fosse considerado imortal, celeste e iluminado. A principal divindade do panteão dos seres cultuados pelos indo-europeus era denominado 'Deyéus', tendo a sua raiz em 'deiwos'. Assim, de fato, a palavra "deus" é de origem pagã e não cristã.
Quando S. Jerônimo traduziu o texto hebraico do Velho Testamento tomou a palavra [אלהים], que transliterada é "elohim", como sendo Deus. Desta forma criou-se a visão errônea que Elohim é o nome próprio de Deus. Todavia, a palavra 'elohim" em hebraico é plural e significa 'divindades', 'deidades', 'deuses' e nada tem a ver com nome próprio. Era a forma de se referir a todos os seres espirituais e sobrenaturais concebidos como deuses. As Escrituras mostram que até os homens foram chamados de deuses conforme Jo. 10:34 e 35 - "Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: vós sois deuses? Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)..."
O nome de Deus é algo tão sagrado que, entre os antigos judeus, era pronunciado apenas uma vez por ano quando o Sumo Sacerdote oferecia o sangue do cordeiro sobre o propiciatório no Santo dos Santos, no Templo de Jerusalém. Este cordeiro deveria ser macho, sem defeitos e sem manchas, simbolizando o Filho Unigênito de Deus, Jesus, o Cristo, que viria ao mundo para morrer na cruz para a redenção dos eleitos e predestinados. Em hebraico moderno, não se escreve ou se pronuncia o verbo ser, porque suas letras coincidem com o anagrama do nome real de Deus. Por estas razões, os judeus substituem o nome próprio de Deus por denominações exaltatórias da sua glória e majestade. Usam Adonai, El Shadai, Hashamayim, El, entre outros, e não são nomes próprios de Deus. Entre os praticantes do Judaísmo não se pronuncia e não se escreve o nome de Deus por respeito e temor ao que diz na Lei de Moisés: "... não tomarás o nome do teu Deus em vão." Eles cultuam este princípio por achar que o homem pecador não tem condições de aproximar-se de Deus. No Israel moderno os religiosos se referem a Deus como: o Nome, o Altíssimo, o Eterno.
O nome de Deus é algo tão sagrado que, entre os antigos judeus, era pronunciado apenas uma vez por ano quando o Sumo Sacerdote oferecia o sangue do cordeiro sobre o propiciatório no Santo dos Santos, no Templo de Jerusalém. Este cordeiro deveria ser macho, sem defeitos e sem manchas, simbolizando o Filho Unigênito de Deus, Jesus, o Cristo, que viria ao mundo para morrer na cruz para a redenção dos eleitos e predestinados. Em hebraico moderno, não se escreve ou se pronuncia o verbo ser, porque suas letras coincidem com o anagrama do nome real de Deus. Por estas razões, os judeus substituem o nome próprio de Deus por denominações exaltatórias da sua glória e majestade. Usam Adonai, El Shadai, Hashamayim, El, entre outros, e não são nomes próprios de Deus. Entre os praticantes do Judaísmo não se pronuncia e não se escreve o nome de Deus por respeito e temor ao que diz na Lei de Moisés: "... não tomarás o nome do teu Deus em vão." Eles cultuam este princípio por achar que o homem pecador não tem condições de aproximar-se de Deus. No Israel moderno os religiosos se referem a Deus como: o Nome, o Altíssimo, o Eterno.
Portanto, as discussões sobre chamar Deus de "deusa" ou do que quer que seja, em nada altera a sua soberana glória. Ele não é diminuído e nem aumentado pelo que os homens contaminados pela natureza pecaminosa decidem, por conta própria, sobre ele. Na verdade, esta é uma forma de desconstrução que pretende arrastar Deus para o nível humano por ideologia de gênero, já que não podem alcançá-lo tentam reduzi-lo à humanidade contaminada.
Os processos de desconstrução ocorrem dentro das religiões muito mais que nos círculos ateístas ou cientificistas. Há tantas formas de teologias que acabam por entrar em conflito umas com as outras. Há, por exemplo, o Teísmo e o Deísmo. No Teísmo admite-se que há um Deus, pessoal, absoluto, transcendental, vivo e que sustenta o universo por sua providência divina. Afirmam que a existência de Deus pode ser provada pela razão e pelas experiências empíricas, independente da sua revelação. No Deísmo, porém, considera-se que a existência de Deus só é possível ser provada pela razão humana. Rejeita qualquer forma de religião organizada e de revelação espiritual ou sobrenatural. A partir destas duas correntes pode-se compreender as suas opostas e variantes, tais como, Ateísmo, Gnosticismo, Agnosticismo, Teísmo Agnóstico, Teísmo Aberto. São todas subproduto da mente humana que não conhecem o verdadeiro Deus.
O texto de abertura demonstra com clareza que, o desprezo a Deus por parte do homem decaído o conduz à adoração de imagens de homens feitas de barro, gesso, madeira, metais, de répteis, de quadrúpedes e de aves no lugar de Deus. Não o podendo alcançar e d'Ele obter a graça da revelação, preferem reduzi-lo à sua realidade humana palpável e circunstancial. Assim, coisificam Deus e deificam coisas, amando mais a criatura que o criador conforme exalta o verso 25 - "... e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém." A consequência desta desconstrução é que Deus os entregou a si mesmos conforme o verso 26 de Rm. 1 - "Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si." Desta forma, o homem que é corrigido e disciplinado por Deus deve se sentir amado. Quando, porém, Deus entrega o homem à sua falsa autonomia e liberdade, este poderá ter certeza que está condenado. Isto porque, a tendência do homem sem a direção espiritual de Deus é a própria destruição e condenação.
Sola Gratia!
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