Jesus, cognominado "Cristo de Deus" realizou inumeráveis milagres, maravilhas e obras que não se podem contar consoante os registros bíblicos, como por exemplo, At. 10:38 - "... concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele." Também em Hb. 2:4 - "... testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade." Sobre Ele é afirmado que fez tantos milagres que se fossem escritos em livros, não caberiam no mundo conforme Jo. 21:25 - "...nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem..."
Jesus andou por sobre as águas, acalmou a tempestade, deu ordens ao vento, curou enfermos, ressuscitou mortos, devolveu a visão aos cegos, endireitou os ossos dos coxos e aleijados, abriu os ouvidos aos surdos, estancou o fluxo de sangue da mulher, libertou endemoninhados, esclareceu aos esclarecidos, multiplicou pães e peixes, secou a figueira, desafiou os religiosos, fez calar os contenciosos, mandou recados desaforados aos poderosos, perdoou os desgraçados e desprezados, amou os fracos, se divertiu com bandidos, festejou e fez vinho bom para a festa. Após dois mil anos, estas realidades parecem esmaecidas e sobremaneira esquecidas, porque o homem em seu estado de depravação total é imediatista, consumista e crê tão somente, no que lhe convém. Isto acontece porque o pecado obscurece a compreensão, visto que o "deus" deste tempo cega-lhe o entendimento consoante o registro de II Co. 4:4 - "...nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus." A incredulidade é exatamente o pecado que separou o homem de Deus no dia em que aquele caiu perante o Criador conforme Jo. 16:9 - "...do pecado, porque não creem em mim." É precisamente este pecado que Cristo veio destruir, e destruiu, pois do contrário, teríamos de reconhecer que o Diabo é mais eficiente em mantê-lo no homem. Entretanto, quando se ensina esta sã doutrina, causa na mente do incrédulo religioso, uma série de más compreensões. Ele imagina que este ensino é uma espécie de impecabilidade e que isto é heresia. Não o é, visto que há profunda diferença entre o pecado e os atos pecaminosos. Tanto isto é verdade que existem diversas e diferentes palavras para o vocábulo "pecado". De sorte que o homem é pecador, porque possui o pecado, ou seja, a natureza pecaminosa por herança de acordo com Rm. 5:12 - "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram." Adão, pois pecou por ter sido incrédulo à palavra de Deus a qual decretara "...não comerás", porque "certamente morrerás." Entretanto, ele deu ouvidos a outra pregação: "é certo que não morrereis." Assim, Adão pecou não apenas porque tomou e comeu do fruto proibido, mas porque não creu no que Deus houvera dito.
Entretanto, da mesma forma que o pecado entrou no mundo por um homem, também é retirado dos eleitos pela ação justificadora e redentora de um só Homem-Deus, a saber Jesus, o "Cristo de Deus" conforme I Co. 15: 21 e 22 - "Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados." Então, pergunta-se, onde está o erro? Onde a impecabilidade? Os que não conseguem ver, porquanto têm escamas nos olhos, preferem desqualificar a pregação dos que recebem graça para crer. Assim, eles permanecem em seus sistemas da mentira e do engano. Sustentam suas teologias de alcovas a fim de satisfazer o "deus deste século" que lhes inspira e conduz até o dia final. Ora, João, o batista dá testemunho de que Jesus é o que tira o pecado do mundo. De fato é assim mesmo, pois do contrário, o que Ele teria vindo realizar neste mundo? De que adiantaria Sua morte vicária, substitutiva e inclusiva, se ela não tivesse eficiência e eficácia contra o pecado?
O que confunde os escamados pela religião é que o homem possui natureza pecaminosa que precisa ser destruída na cruz e que, por isso, eles cometem pecados ou atos pecaminosos. Os erros, fraquezas, maldades, deslizes, mazelas e tudo o que condena o homem é conseqüência da natureza pecaminosa e não causa. Para isso se manifestou o Senhor Jesus, para desfazer e destruir as obras do Diabo conforme II Tm. 1:10 - "...e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho..."
A manifestação, a vida, a obra, a morte, a ressurreição e a assunção de Cristo teve um único propósito: realizar a justiça de Deus contra a injustiça do pecado no homem conforme Hb. 9: 24 a 26 - "Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio; doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo." Então, se Cristo aniquilou o pecado, o que há de pecado ainda nos eleitos? Assim, importa que o justificado creia que não mais possui a natureza pecaminosa que o culpava e o condenava perante Deus, mas que apenas continua na carne e que nesta manifestam-se os atos pecaminosos, porque é da natureza da carnalidade manifestá-los. Quanto ao homem interior, o eleito está justificado, mas quanto a influência e a presença do pecado no mundo, ele ainda está sujeito. Então é imperioso que se saiba separar as espinhas da carne, quando saboreia-se um peixe. O eleito não é portador do pecado da incredulidade, porque é perfeito e melhor do que ninguém neste mundo, mas porque foi justificado no sangue regenerador do Cordeiro de Deus que tira o pecado o mundo. O foco não está no homem que recebeu a misericórdia e a graça, mas n'Aquele que realizou a justificação. Os incrédulos religiosos sempre combatem os eleitos por este ensino, porque a eles é sobremodo penoso receber esta verdade. E, como não podem rasgar as páginas das sagradas escrituras, preferem atacar os que foram ordenados para a vida. Quanto a isto, não há problemas, pois querendo ou não, as coisas são assim e assim serão sempre e eternamente, porque a Palavra de Deus declara.
A Cristo, o justo e justificador, glória, força e poder eternamente!
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