Tt. 2: 1 a 8 - "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância; as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada. Exorta semelhantemente os moços a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós."
Eis aí, no texto, algumas razões por que não suportaram, não suportam e não suportarão a sã doutrina. Falar o que convém à sã doutrina é a primeira exigência, portanto, desagradável, visto que, comumente, os pregadores querem falar aquilo que lhes convém, ou o que convém aos seus desavisados ouvintes. O maior dilema da religião é precisamente este: colocar o homem na centralidade do culto. Entroniza-o no lugar de Cristo, como se fora um "deus". Amam mais a criatura do que o Criador que é bendito eternamente, conforme texto escriturístico reza. Buscam aprovação na sociedade degenerada e a honra dos homens decaídos.
Feitas as devidas digressões, os conselhos de Paulo ao pastor Tito, e o comportamento religioso de hoje, vê-se que há extrema oposição e distância entre estes. Observam-se velhos maldizentes, mal humorados, queixosos de todos e de tudo. Não são, em regra, temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor e na constância. Quando muito, são murmuradores e extremados na conservação de preceitos, dogmas, regras, e normas de igrejas, denominações e de homens falhos, os quais tomam por líderes e grandes virtuoses na Terra.
No tocante às mulheres mais velhas, então, a coisa só piora, pois não são reverentes no modo de vivier, sendo que algumas até tentam se comportar como adolescentes. Não perdem a chance de caluniar, não são mestras do bem, porque não servem de modelo e de exemplo em quase nada. Se bebem muito, ou pouco vinho não se sabe, porque geralmente o faz às ocultas. Entretanto, um homem sábio já dizia parafraseando este verso que não sejam dadas a nenhum vinho.
As mulheres mais novas amam sim os seus maridos na razão direta das suas contas bancárias, e quando tudo está bem e funcionando bem. Qualquer oscilação entre as amabilidades e as dificuldades é o suficiente para vislumbrar o desmoronamento do matrimônio. Amam os filhos de modo assimétrico, permitindo-lhes a ausência de limites, de um lado, porém, de outro lado, deixam de exercer o pátrio-poder quando a disciplina é necessária e essencial.
Muitas mulheres, velhas ou novas, detestam o apóstolo Paulo, a ponto de algumas, acusarem-no de "machista", porque este fala em submissão delas aos seus maridos. Ora, elas não concordam em submeterem-se a eles, quando estes não correspondem aos seus anseios, caprichos e disputas por poder, prestígio, e exibicionismo social. Então, as relações conjugais são frágeis e dependentes às intempéries da vida em comum.
Os moços, estes neófitos, abandonam-se e são abandonados aos seus próprios anseios. Vivem, como narcisos, diante do espelho de uma sociedade falida e imediatista, posto não terem bons exemplos transmitidos em seus lares. Em nada são moderados, pois a ânsia da vida por si mesma, os leva a uma corrida desenfreada para serem admirados e bajulados, então acabam entregues aos vícios, à violência e ao cinismo moral. Como poderão falar conforme uma sã doutrina, a qual nunca receberam, e, portanto, não conhecem?
Quanto aos líderes, pastores, ministros, diáconos, oficiais e servos, em quase nada podem ser tomados por exemplos. Integridade, lhes é faltosa; sobriedade, lhes é escassa; boas obras, geralmente, inexistentes, salvo com o dinheiro e os esforços dos outros; linguagem, comumente pobre e chula; irrepreensibilidade, quase desconhecida, pois se metem em muitas astúcias e negócios deste mundo.
Assim, se cumpre o que está escrito em Ap. 22:11 - "Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda." Caso alguém imagine que estas palavras são muito duras e injustas, filie-se a uma igreja qualquer e fique por lá uns dois ou três anos. Aqueles que já são membros há muito, basta não ser parcial e olhar com os olhos das Escrituras.
Obviamente, qualquer pecador regenerado poderá até vir a cometer todas estas falhas de caráter, desvios comportamentais, deslizes, fraquezas, etc. Entretanto, estas não lhes poderão ser por princípio e por hábito contínuo. Sua nova natureza não lhas comportam mais.
Em Cristo
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