domingo, março 31

SOBRE O FIM DOS TEMPOS XVI

I Ts. 4: 16 a 18 - "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."
A palavra arrebatamento provém do grego koinê a língua, na qual, o Novo Testamento foi escrito. No texto de abertura arrebatamento é 'harpagesomatha', e, por sua vez, vem do verbo 'harpazo' que significa: "tomo à força, tiro, arrebato". Desta forma a ação direta de Cristo será algo sobrenatural, pois Ele se manifestará apenas para os seus e os retirará do mundo em uma ação muito rápida e arrebatadora.
O texto de abertura demonstra que há ordem e forma na manifestação de Cristo. Soará a trombeta, o arcanjo bradará em alta voz, os mortos ressuscitarão primeiro e depois os vivos serão transformados. Estes mortos são os que morreram em Cristo, ou seja, foram regenerados pela inclusão na sua morte e ressurreição pela fé. Depois dos mortos salvos, será a vez dos vivos eleitos e regenerados serem transformados e retirados de modo também sobrenatural, juntamente com os mortos ressuscitados. Todos se encontrarão com o Senhor Jesus no espaço sideral e permanecerão com Ele até a sua manifestação visível ao mundo. O apóstolo Paulo nos dá uma orientação sobre este processo em I Co. 15: 51 a 53 - "Eis aqui vos digo um mistério: nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade."  
Esta manifestação a que alude o texto será visível apenas aos santificados por Ele em sua morte. Os demais habitantes da Terra não o verão nesta manifestação. Por isto no estudo anterior foram colocadas as diversas palavras para manifestação e seus significados diferenciados. Na vinda ou manifestação de Cristo à sua igreja verdadeira será 'optomai'. Na sua manifestação visível ao mundo para julgamento será 'parousia'. Porque na primeira Ele se manifestará apenas espiritualmente e no espaço distante da superfície terrestre para receber os seus. Na segunda, Ele se manifestará visivelmente sobre a superfície terrestre para que todos o vejam e saibam que é Ele mesmo, aquele a quem rejeitaram, criticaram, blasfemaram, descreram e abusaram. Na primeira é uma manifestação amorosa e cheia de luz. Na segunda será uma manifestação para juízo e vingança. Entretanto, ambas se relacionam ao processo de restauração de todas as coisas para a instalação do reino eterno. 
Este período do tempo do fim ou do fim dos tempos será muito breve e haverá então intensa atividade nos céus e na Terra. Na manifestação visível de Cristo Ele virá com todos os seus santificados que são os muitos filhos que Ele purificou para o Pai. Os justificados executarão a tarefa de purificar a Terra pelo fogo. Este é o período denominado de "grande tribulação", ou como aparece no texto grego, "tribulação, a grande." Tal período é chamado de "última semana", "o tempo da angústia de Jacó", "o fim dos tempos", "a última hora", "o dia do Senhor", "o grande e terrível dia do Senhor." O fato é que será um período de sete anos subdivididos em duas partes de três anos e meio, na primeira parte, a Besta ou Anticristo apertará o cerco contra Jerusalém e as nações do mundo cercarão Israel. No meio dos sete anos ocorrerá o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus, o Cristo. No final dos outros três anos e meio haverá a batalha do Armagedom, quando Satanás inspirará o Anticristo e seus seguidores a organizar um enorme exército para lutar contra Cristo e os justificados. Esta batalha ocorrerá no Vale do Megido no centro norte de Israel, e, sobretudo, Jerusalém será ocupada. 
Mt. 24: 37 a 42 - "Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor." Vê-se pela profecia escatológica do próprio Cristo, que, os homens estarão voltados absolutamente para seus prazeres e interesses. Percebe-se que Noé, a arca e o dilúvio são tipos dos mesmos acontecimentos relativos ao arrebatamento. Noé é um tipo e o antítipo é Cristo; a arca é um tipo da graça e da eleição e o dilúvio é um tipo do juízo de Deus sobre a Terra. A diferença é que desta última vez será pelo fogo, e não pela água.
Sola Grata!

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