março 04, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS XI

Dn. 11:1 e 4 - "Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer. E agora te declararei a verdade: eis que ainda se levantarão três reis na Pérsia, e o quarto será muito mais rico do que todos eles; e tendo-se tornado forte por meio das suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia. Depois se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver. Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado, e será repartido para os quatro ventos do céu; porém não para os seus descendentes, nem tampouco segundo o poder com que reinou; porque o seu reino será arrancado, e passará a outros que não eles."
O capítulo onze do livro de Daniel fala sobre diversos governos que surgiriam, das guerras entre eles e das intenções destes sobre Israel. A visão se dá ainda no período do cativeiro dos judeus na Babilônia, pois se insere no primeiro ano do rei Dario, o medo. Daniel fala ao rei sobre o surgimento de três reis depois dele: referia-se a Cambises, Dario II e Smerdis, tendo este último recebido o título de Artaxerxes, ou seja, Xá ou Rei. Fala-se, ainda, de um quarto rei rico e poderoso, no caso, Xerxes que tentou invadir a Grécia, porém foi derrotado e toda a sua frota destruída. 
Na sequência, Daniel passa a falar sobre um rei poderoso que veio a ser Alexandre Magno da Macedônia. Alexandre conseguiu um arranjo político que unificou a Grécia e se fortaleceu o bastante para iniciar uma série de conquistas para o Oriente. Este foi o período denominado de helenização do oriente. Porém, a visão de Daniel indica que Alexandre não iria permanecer e que o seu reino extenso seria repartido entre quatro pessoas que não eram seus descendentes. Isto ocorreu, quando, aos trinta e dois anos, Alexandre Magno morreu e o seu império foi dividido entre quatro dos seus generais: Ptolomeu I (Egito), Celeucos I (Síria), Lisímaco (Trácia) e Felipe III (Grécia). Isto é indicado também no capítulo 7, verso 6 do livro de Daniel.
No capítulo onze fala-se em destaque do rei do norte, a dinastia selêucida na Síria e do rei do sul, a dinastia ptolomaica no Egito. Eles fazem alianças por meio de casamentos com o objetivo de dominar Israel. Entretanto, esta aliança não durou e não vingou segundo a vontade dos generais. Após muitas guerras e combates entre estes generais herdeiros de Alexandre Magno, o império enfraqueceu e foi derrotado pelos romanos.
Os judeus, querendo se livrar dos dominadores e criar um reino messiânico em Israel, se levantaram contra Antíoco, o Grande. Quiseram, na verdade, apressar o tempo do fim e trazer o reino eterno e pacífico do Messias. Todavia, causaram a fúria de Antíoco IV Epifânio que invadiu Israel e entrou em Jerusalém, onde sacrificou um porco no altar do Templo de Salomão. A isto o profeta Daniel chamou de "abominação desoladora" conforme Dn. 11: 31 - "E estarão ao lado dele forças que profanarão o santuário, isto é, a fortaleza, e tirarão o holocausto contínuo, estabelecendo a abominação desoladora."   Também repetido em Dn. 12:11 - "E desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.
Este último texto uma referência ao tempo do fim, quando esta profanação se repetirá pelas mãos do anticristo. Nos versos 36 a 45 faz-se um retrato do anticristo pelo princípio da dupla referência, ou seja, o que fez Antíoco Epifânio contra Israel, fará também o anticristo no fim dos tempos, quando assentar-se no Templo de Salomão, que será reconstruído, e exigirá culto de adoração a si mesmo como um deus. No verso 37 há uma indicação de que o anticristo será de origem judaica, pois fala-se que ele rejeitará o Deus dos seus pais, considerando como referência o profeta Daniel. O anticristo entrará na Palestina conforme o verso 41. Neste tempo, os poderes passarão dos homens para as potestades sobrenaturais de Satanás, pois haverá a Besta que subiu da terra, a Besta que subiu do mar e o Dragão. Esta é uma simulação da triunidade de Deus para enganar os homens. A terra, neste caso, indica um lugar que ainda manterá estabilidade e autoridade sobre muitos povos. O mar, na interpretação bíblica representa sempre os povos e nações em estado de agitação. O dragão é sempre retratado na Bíblia como Satanás.
II Ts. 2:4 - "... aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus." Esta é uma das descrições do anticristo e de como se comportará no tempo de fim, a saber, na septuagésima semana da profecia de Daniel. Isto está registrado em Dn. 7:25 - "Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo."
Sola Fide!

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