Rm. 6: 11 a 16 - "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?"
A expressão velho homem é utilizada pelo apóstolo Paulo no capítulo 6 de Romanos, no verso 6 - "...sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado." Não se trata da crucificação de um homem idoso, como fazem nas Filipinas, na semana chamada santa. Não é homem velho, mas velho homem. Isto indica que se trata da velha natureza adâmica contaminada pelo pecado original, a saber, a incredulidade. O significado do ensino deste versículo 6 é que, os eleitos foram incluídos na morte com Cristo. Esta verdade se apropria por fé, pois ninguém, dos tempos atuais, estava lá no ato da crucificação. Os que presenciaram a crucificação também não foram fisicamente crucificados, exceto, os dois malfeitores. Um deles creu, enquanto o outro desafiou e proferiu impropérios típicos da mente incrédula. A finalidade da pregação do evangelho é apenas esta: despertar os eleitos para crer que foram incluídos na morte com Cristo, bem como, na ressurreição juntamente com ele.
O verso 11 do texto de abertura reza que o eleito e regenerado deve crer, considerando que morreu com Cristo, e, que, n'Ele foi vivificado para Deus. A vivificação só se faz real, quando alguém foi morto. Atualmente, e por porfia, muitos passaram a falar sobre 'novo nascimento.' Todavia, como se pode pregar sobre nascer de novo, se não podem pregar sobre a inclusão na morte com Cristo? Tolo é o religioso que possui a crendice que Jesus foi crucificado apenas para substituí-lo na cruz. Ora, ele não tinha natureza pecaminosa, e, portanto, a sua morte sem pecado, não aniquilaria um pecado inexistente. Ele morreu, incluindo todos os eleitos e predestinados para matar as suas natureza mortas para Deus conforme Jo. 12: 32 e 33. Com este ato de Justiça perfeita, aniquilou o pecado de muitos conforme Hb. 9:26 - "...doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo."
Quando o texto que abre esta instância afirma: "não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade." Não é uma sugestão ou imposição legal para que os eleitos se esforcem para não cometer erros ou atos pecaminosos. O texto trata de uma questão de natureza. Ou seja, os que morreram com Cristo e com Ele ressuscitaram, não possuem mais a natureza para servir continuamente aos desejos carnais. Eles não têm mais natureza para se sentir felizes na natureza pecaminosa ou velha natureza adâmica. É como a diferença entre a largarta e a borboleta. Quando era apenas a lagarta possuía natureza devoradora, e, dependendo da espécie, liberava ácido altamente venenoso. Porém, quando metamorfoseou-se em borboleta, tal inclinação desapareceu. Agora se alimenta apenas do nectar das flores e se transformou em uma criatura leve, suave e dócil.
Portanto, o texto não está autorizando legalismos, méritos, ou lei do esforço e da justiça própria para alcançar a redenção. Ensina, outrossim, que o pecador eleito, agora regenerado, está disponibilizado para que suas potencialidades, habilitades e competências sejam usadas pelo Espírito de Cristo. Não estão mais a serviço da carne e de interesses mundanos e fúteis. Aqueles que, não podem crer e vivem oferecendo seus membros à natureza pecaminosa, sentem-se felizes com isso, óbvio, não são nascidos de novo. Devem, sim, aproveitar e se deleitar no que os faz felizes, pois sua alegria será apenas esta e apenas neste mundo. Não terão partipação no mundo vindouro.
Afinal, a serviço de quem estão os seus membros e os seus desejos? Pois, àquele a quem servirem, do mesmo serão servos ou escravos.
Sola Gratia!
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