Ap. 3: 9 a 13 - "Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo. Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra."
O tema aqui retratado aparece em dois contextos: na carta ao anjo da Igreja em Filadélfia, como está acima, e também na carta ao anjo da Igreja em Esmirna conforme Ap. 2: 9 - "Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás." Portanto, a denominada 'Sinagoga de Satanás' não é uma referência a estas duas Igrejas, pois estas foram as únicas que não receberam qualquer repreensão do Senhor Jesus. Não havia nelas um movimento apóstata com este estigma.
Trata-se, portanto, de um aviso a estas duas Igrejas a que ficassem atentas para aqueles que não são fieis à verdade. Visto que Sinagoga significa, sucintamente, assembleia ou reunião, obviamente, se trata de sistemas religiosos que praticam uma espécie de culto judaizante e fora do fundamento da Graça. Representam a classe clerical, ou seja, os mandatários de religiões administradas pelo esforço e justiça própria, os quais não receberam a redenção pela Graça. O apóstolo Paulo os confronta na Igreja da Galácia, mostrando a insensatez deles ao induzirem os fieis a abandonar a Graça para voltar à Lei.
Ef. 2: 8 a 10 - "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas." Verifica-se que, ao contrário do que muitos apregoam em suas religiões, a salvação não é pela fé, mas pela graça. A fé é, tão somente, o meio pelo qual Deus desperta o pecador pelo ouvir da sua Palavra. Pelo convencimento do Espírito Santo, fazendo que o homem decaído e morto espiritualmente, se veja como pecador e cria que Cristo é o seu único justificador. Não há como fazer qualquer dicotomia entre graça e fé, porque ambas operam simultaneamente para a redenção do pecador. Entretanto, fica claro no texto que a salvação não vem das obras de justiça própria do pecador, porque, neste caso, a glória seria dele mesmo. Isto desqualificaria a morte substitutiva e inclusiva de Jesus, o Cristo. Deste modo, os pecadores eleitos são regenerados, ou seja, recriados em Cristo Jesus. Trata-se de uma nova geração conforme II Co. 5:17 - "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." Estar 'em Cristo' é estar nele incluído, ou seja, crer que morreu com ele e com ele ressuscitou. Assim, o pecador se torna um pecador regenerado por meio da nova geração em Cristo. Por vias de consequências, o pecador justificado não tem mais qualquer culpa pelas coisas velhas, a saber, pela sua velha natureza adâmica. Os seus atos pecaminosos foram também justificados em Cristo e serão tratados pelo resto da sua existência. Este é o sentido da perseverança na fé.
Desta forma, a 'Sinagoga de Satanás' tem, neste estudo, dupla referência: os cristãos que não abandonavam suas antigas práticas legalistas e judaístas, tentando, ingloriamente, entrar no reino de Deus pela Lei e pela Graça ao mesmo tempo; como também, os cristãos de hoje que tentam apossar-se do reino de Deus pelas suas práticas religiosas fora da Graça. Buscam forcejar a entrada no reino de Deus pela justiça própria com base em méritos humanos. Isto desqualifica os méritos santos de Jesus, o Cristo. Sabe-se que não há como este processo dar certo conforme At. 4:12 - "E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos."
O ensino para que o povo deixe a 'Sinagoga de Satanás' aparece já na carta aos Hebreus conforme Hb. 13: 8 a 13 - "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam. Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo. Porque os corpos dos animais, cujo sangue é trazido para dentro do santo lugar pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do arraial. Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio." Portanto, é Sinagoga de Satanás qualquer sistema religioso que permanece no velho pacto e dentro do tabernáculo da velha ordem. O ensino é que o verdadeiro cristão regenerado sai fora do arraial das crenças que misturam lei e graça. Confundem auto justificação e a Justiça de Deus realizada na cruz.
O ensino para que o povo deixe a 'Sinagoga de Satanás' aparece já na carta aos Hebreus conforme Hb. 13: 8 a 13 - "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam. Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo. Porque os corpos dos animais, cujo sangue é trazido para dentro do santo lugar pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do arraial. Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio." Portanto, é Sinagoga de Satanás qualquer sistema religioso que permanece no velho pacto e dentro do tabernáculo da velha ordem. O ensino é que o verdadeiro cristão regenerado sai fora do arraial das crenças que misturam lei e graça. Confundem auto justificação e a Justiça de Deus realizada na cruz.
'Sinagoga de Satanás' não é uma igreja ou religião específica, mas um sistema de crenças existente dentro de todas as igrejas e religiões as quais não recebem a todo-suficiente Graça de Deus como método de justificação unicamente por meio de Cristo.
Sola Gratia!
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