abril 25, 2011

O PECADO, OS PECADOS, E O PECADOR XV

Jo. 16: 8 a 11 - "E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado."
A realidade do pecado e dos atos pecaminosos na humanidade é perfeitamente perceptível por causa do mal moral e da degenerescência do gênero humano. Ainda que forças humanistas de cunho gnóstico prometam uma sociedade mais justa, mais igualitária e uma ciência que tudo resolve, o mal moral se avoluma exponencialmente. Não há dúvidas, o diagnóstico é um só, a humanidade está pecaminosamente doente. Os males podem até não se manifestar nesta ou naquela pessoa especificamente, mas estão latentes lá e podem aparecer a qualquer momento, ou mesmo nunca ser perceptível. Desde os mais radicais e agitados até os mais pacatos e discretos se pode esperar qualquer reação, porque a pecaminosidade é por natureza e não somente por atos. A 'mass media' noticia todos os dias, sendo que 90% das informações são sobre aspectos ruins ou maléficos que afetam a sociedade e a humanidade. Raramente ouvimos uma notícia que engrandece o homem e a sociedade em geral.
Por todas razões retromencionadas, as Escrituras dizem que a injustiça é pecado conforme I Jo. 5:17 - "
Toda injustiça é pecado; e há pecado que não é para a morte
." No contraponto desta assertiva pode-se afirmar inversamente que também todo pecado é injustiça aos olhos de Deus. Sendo o pecado uma injustiça torna-se necessário que se faça a justiça contra ele. O pecado como natureza ou princípio é para morte, porque causou a separação entre a criatura e o Criador. A palavra morte utilizada no texto original desta passagem é 'thanathos', o que indica uma separação espiritual e não apenas a morte física. Entretanto, os atos pecaminosos não para a morte, porque são eles consequências naturais da natureza pecaminosa dominante no homem depois da queda. Esta situação de injustiça requer um justificador que não seja contaminado pelo pecado, pois do contrário a injustiça teria o poder de justificar o injusto.
II Co. 5: 14 e 15 - "Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram; e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." Esta é, portanto, a contabilidade de Deus: um morre por todos, logo, todos morrem nele. Ao morrer pelos todos eleitos e predestinados, eles já não estão mais mortos para Deus. Agora têm vida abundante, a saber, vida eterna. Este todos do texto não se refere a todos os homens, pois se assim fosse, todos os homens seriam salvos. De fato Jesus morreu pelos eleitos para que estes recebam a Sua vida, e assim, sejam apresentados justificados perante o Pai conforme Rm. 5:1 e 2 - "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus."
A justificação do pecador em Cristo o torna habilitado diante do Pai conforme Cl. 1:22 - "gora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis..." Tolo é o homem que imagina que Jesus Cristo foi sozinho para a cruz, fazendo disto um espetáculo triste e sombrio. Na verdade a cruz é a maior glória dos eleitos, pois nela estes foram incluídos na morte de Cristo, para que Ele, matasse a morte dos pecadores e os regenerasse para a vida eterna conforme Jo. 12: 32 e 33 - "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Isto dizia, significando de que modo havia de morrer." Obviamente que tudo isto se apropria e se recebe pela fé, pois do lado dos eleitos é um ato de fé, enquanto do lado de Cristo foi um ato de fé que se concretizou materialmente e historicamente.
Este é o projeto de Deus oculto nos séculos: Cristo morrendo a morte dos eleitos, para, na ressurreição, dar-hes a Sua vida. Este é, portanto, o processo da justificação do pecador, o qual aniquila o seu pecado, e dá tratamento permanente aos seus atos pecaminosos até ser dia perfeito e atingir a estatura de varão perfeito à semelhança de Cristo.
Soli Deo Gloria!

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