junho 22, 2010

CRER INCONDICIONALMENTE x CRER CONVENCIONALMENTE X


Hb.12:1 e 2 - "Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus." A fé é a chave que abre todo o processo da justificação, vivificação, e da santificação na vida dos eleitos de Deus. Por um lado, os filhos de Deus estão cercados por grande número de mártires que deram testemunho da fé, por outro lado têm em Cristo, o referencial fixo e único para mirar e seguir o caminho. Olhando para Jesus, o autor e consumador da fé genuína e incondicional, é possível continuar a carreira proposta aos santificados. Eles não vacilam os pés, apenas por esta razão. O pecado está ao derredor deles, mas não tem mais domínio sobre eles.
Mediante o testemunho da fé que permanece viva, tal como uma semente que mantém a carga genética de geração em geração, os eleitos têm a certeza da vitória sobre o mundo. Porque, assim como Deus concedeu misericórdia e graça a todos quantos conheceu de antemão, predestinou, chamou, santificou e glorificou, igualmente continua concedendo em seu "supremo propósito" até que se complete o número e o tempo preordenado antes da fundação do mundo conforme Ef. 1:4 a 6 - "...como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado."
Se por um lado o pecado rodeia os eleitos sempre de perto, há uma imensa nuvem de testemunhos sinalizando que a graça é maior, mais eficiente e mais eficaz que o pecado. Está é a expressão prática da perseverança dos santos eleitos: a manutenção do dom da fé incondicional, ainda que em meio a um ambiente dominado pelo pecado. A fé incondicional, isto é, que não está circunstanciada é a garantia da vitória sobre o sistema contaminado pelo mundo conforme I Jo. 5: 4 e 5 - "...porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" Para ganhar a graça da fé incondicional é necessário nascer de Deus; a fé é o fator que dá a vitória sobre o mundo; tal vitória só é possível aos que receberam graça para crer que Jesus é o Filho de Deus. Assim, é um ciclo que tem início na ação monérgica e termina na ação monérgica d' Ele. A vitória sobre o mundo não é um amontoado de conquistas materiais, tecnológicas e intelectuais. É, antes, a destruição do corpo do pecado, a saber, da natureza decaída que separa a criatura do Criador. Por isso, aquele que ama o mundo não conhece a Deus, porque este amor está arraigado na natureza pecaminosa que rege e sustenta o sistema mundano. O que foi produzido pelo homem em estado de dacadência espiritual, não tem origem em Deus. Portanto, terá de ser destruído para que seja construído o reino d'Ele.
A cruz é o único elemento que pode reestabelecer a criatura ao criador. Não se pode falar em redenção, salvação e justificação sem cruz. Por esta razão é que só há novo nascimento, ou nascimento de Deus, quando há fé na atração e inclusão do pecador na morte de Cristo conforme Rm. 6: 5 a 7 - "Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto está justificado do pecado." Desta forma, a atração e inclusão do pecador não é um mero "transe cristológico de Paulo", como prefere aqueles que foram impedidos de ver, pelo príncipe deste século. É antes, uma realidade escriturística que necessita ser crida e não debatida filosoficamente. Não é uma questão de teologia sistemática, mas de veracidade bíblica que precisa ser crida incondicionalmente. Por esta mesma razão, o apóstolo Paulo enunciava: "... porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo que é poderoso para guardar o meu tesouro até o dia final."
A questão fulcral é que só pode crer estas verdades, aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro conforme Ap. 13:8 - "... adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." Aqueles cujos nomes não estão neste livro, crerão e adorarão outras coisas e seres.
Sola Gratia!
Sola Scriptura!
Sola Fide!
Solo Christus!
Soli Deo Gloria!

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