quarta-feira, dezembro 21

ESCATOLOGIA LVI

II Ts. 2: 1 a 10 - "Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos."
O apóstolo Paulo está doutrinando a Igreja em Tessalônica acerca dos acontecimentos do tempo do fim. Alerta aos eleitos e regenerados sobre a manifestação do Anticristo, aqui chamado de "filho da perdição", "homem do pecado", aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus. Ele mesmo se apresentará como sendo Deus, pois este sempre foi o intento de Satanás.
Paulo mostra que apenas há um que detém este homem que servirá de corpo físico para Satanás. O que o detém é o Espírito Santo que opera por meio da Igreja visível e militante na Terra. Quando houver o arrebatamento da Igreja, a forma de operação do Espírito Santo mudará e, então haverá a revelação visível do Anticristo. A operação do erro e da mentira já opera desde o século primeiro da era cristã, porém de modo velado. A vinda e a operação deste filho do iníquo será segundo o modo de operar de Satanás conforme o texto, ou seja, com base na mentira e no engano. Entretanto, tais mentiras e enganos atingirão e satisfarão apenas aos que perecem, a saber, os que não receberam graça para crer. É uma questão monérgica, a saber, da ação direta e exclusiva de Deus, não da vontade, ou mesmo do comportamento moral do homem decaído.
Ap. 18: 11 a 24 - "E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém compra mais as suas mercadorias: mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de homens. Também os frutos que a tua alma cobiçava foram-se de ti; e todas as coisas delicadas e suntuosas se foram de ti, e nunca mais se acharão. Os mercadores destas coisas, que por ela se enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela, chorando e lamentando, dizendo: ai! ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas! porque numa só hora foram assoladas tantas riquezas. E todo piloto, e todo o que navega para qualquer porto e todos os marinheiros, e todos os que trabalham no mar se puseram de longe; e, contemplando a fumaça do incêndio dela, clamavam: que cidade é semelhante a esta grande cidade? E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamavam, chorando e lamentando, dizendo: ai! ai da grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! porque numa só hora foi assolada. Exulta sobre ela, ó céu, e vós, santos e apóstolos e profetas; porque Deus vindicou a vossa causa contra ela. Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada. E em ti não se ouvirá mais o som de harpistas, de músicos, de flautistas e de trombeteiros; e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e em ti não mais se ouvirá ruído de mó; e luz de candeia não mais brilhará em ti, e voz de noivo e de noiva não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias. E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra."
No contexto anterior de Apocalipse 18, viu-se que Babilônia, e a mulher vestida de escarlate são símbolos de um sistema religioso, político e comercial. Entretanto, quando se refere à "grande cidade" é uma cidade real onde todos estes eventos ocorrerão. Funcionará como um centro mundial de decisões internacionais controlado pelo governo do Anticristo. Viu-se ainda que esta grande cidade estará inicialmente em Roma, mas depois será transferido para a Mesopotâmia. Os governantes chamados de reis nos textos, porque à época não haviam repúblicas como hoje, se fartarão das riquezas e das benesses da grande meretriz. Por isso, quando ela ruir e for destruída, eles chorarão e se lamentarão. Os desejos e as cobiças resultantes de almas não regeneradas estarão agora frustrados. Ao que parece a destruição será por algo extremamente contagiante, pois haverá grande tormento. Alguns imaginam que sejam utilizadas armas nucleares.
O texto mostra que tal destruição resulta de uma ação direta das forças do Anticristo, mas tudo confirma a vontade de Deus. O sistema foi absolutamente devastado e extinto eternamente, pois nunca mais haverá outro igual. Tal sistema seduziu e enfeitiçou todos na Terra pelos desejos da alma não regenerada, sendo isto denominado de feitiçarias. 
Neste sistema foi achada a culpabilidade das mortes e assassinatos de todos os que pertenciam a Cristo. Ela os eliminou ao longo da história, e mais fortemente nos últimos tempos, quando a ela foi dado o controle total para a sua própria perdição.
Gloria in excelsis Deo!

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