sábado, novembro 20

A ORAÇÃO SEGUNDO AS ESCRITURAS VI


Rm. 8: 26 a 28 - "Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos. E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."
A maioria dos religiosos imagina que é a maneira da oração, ou o que é dito na oração que comove Deus a se jogar do Céu à Terra afim de lhe ser favorável. Então, cada um procura se esmerar nas palavras, nas atitudes exteriores e nas petições. Deus responde a tudo isto em Is. 1: 12 a 15 - "Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembleias (...) não posso suportar a iniquidade e o ajuntamento solene! As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias de sangue."
Orar não é uma questão de forma, ou de conteúdo, mas de Deus operar nos seus eleitos conforme Fl. 2:13 - "... porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade." Muitos usam a oração apenas como uma terapia para sublimar os seus problemas. As pessoas não regeneradas não conseguem reconhecer a soberania plena de Deus, como também não conseguem receber a graça plena d'Ele. Sem estas verdades, não passarão de religiosos, ainda que fervorosos. Os ensinos são frágeis e colocam invariavelmente o foco no homem, afastando a cruz cada vez mais das igrejas. Preferem as pregações que satisfaçam aos anseios humanos, àquelas cuja centralidade está em Cristo. Quando mencionam-No, geralmente, apontam apenas aspectos pitorescos, emocionais, ou históricos sobre a figura de Jesus. Não conduzem o pecador ao conhecimento d'Ele, mas a algum conhecimento acerca d'Ele. Por isso, as orações são erroneamente encaminhadas.
Primeiramente muitas pessoas buscam a Deus sem que Ele tenha requerido isto conforme o texto de Isaías já mencionado. Esta realidade não mudou, em nada, nestes últimos 2000 anos de Cristianismo. Também elas comparecem diante d'Ele da forma errada, porque querem negociar com Ele, como se fossem mercadores de ações na bolsa de valores, onde cada um grita mais alto para vender suas cotas de boas ações pelo maior preço possível. Depois levam ofertas sujas, porque saem de mãos sujas, sem o menor temor à santidade d'Ele. Apresentam apenas religião exterior e não o ser uma nova criatura em Cristo. Muitos religiosos agem como o homem que caiu na latrina, e após sair de lá tenta compartilhar um pão com outros homens. Mãos imundas, oferecendo coisas puras, as tornam igualmente imundas. Enquanto o pecado não é destruído na cruz, de nada adiantam as exteriorizações da religião humana, ainda que comoventes. Ora, é necessário crer no que as Escrituras ensinam, e não em fórmulas pré-concebidas para envolver Deus em dramatizações humanas causadas pelo ranço do pecado. Enquanto a natureza pecaminosa não for destruída na cruz, não há reconciliação, e não há aceitação do homem na presença de Deus. E, mesmo depois disto, o pecador se torna apenas apresentável a Ele por meio de Cristo. O Diabo sempre tenta minimizar o pecado para iludir o homem de que é possível salvar-se a si mesmo, mantendo a natureza pecaminosa.
A oração do homem que não nasceu de novo, que não tem a advocacia de Cristo, e a interpretação do Espírito Santo sequer passa do teto. Nunca chega aos ouvidos de Deus. Não é por uma questão de exigência de perfeição, mas da exigência da justiça plena d'Ele contra o pecado do homem. Ele mesmo diz que não ouve a pecadores conforme Jo. 9:31 - "... sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a Deus, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve." Na verdade quem está dizendo isto é um ex-cego que fora curado por Jesus, o qual os religiosos estavam desejando desqualificar como um mero pecador. O obejetivo dos líderes religiosos era atingir Cristo como um embuste. Porém, receberam uma lição de teologia de uma pessoa simples.
Sola Scriptura!

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