I Pd. 5: 8 a 10 - "Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer."
Há um comportamento religioso predominante sobre a questão da culpa. Desde o Éden, é recorrente o fato de se transferir a culpa sempre para outro. Gn. 3: 12 e 13 - "Ao que respondeu o homem: a mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi. Perguntou o Senhor Deus à mulher: que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: a serpente enganou-me, e eu comi." Obviamente, Deus indagou acerca do comportamento de Adão e Eva, não porque não o soubesse de antemão, mas para demonstrar as profundas alterações de caráter que ambos sofreram após o pecado. O resultado do pecado foi o medo e a transferência da culpa. Adão a transferiu para Eva e, esta, a transferiu para o Diabo personificado na serpente. Verifica-se que, de lá para cá, quase nada mudou neste sentido. Sempre que pressionado ou encurralado, o homem tenta desvia-se da sua culpa, jogando-a em alguém ou em algo. O Diabo é o alvo predileto da transferência de culpa, porque é um ente espiritual e invisível. Portanto, não aparece para se defender ou para, de fato, assumir alguma culpa. Não se pretende, nesse ponto, fazer a defesa da inocência do Diabo, porque direta ou indiretamente é ele o autor do pecado e do mal que persiste no mundo. É fácil e evidente a constatação do mal reinante no mundo, afetando pessoas, coisas e, até mesmo, os animais. É ele sim, a fonte de todas as iniquidades e desgraças. Entretanto, muito do mal moral que reina na sociedade não é da autoria direta de Satanás, mas da natureza maléfica colocada por ele no coração do homem.
Há um comportamento religioso predominante sobre a questão da culpa. Desde o Éden, é recorrente o fato de se transferir a culpa sempre para outro. Gn. 3: 12 e 13 - "Ao que respondeu o homem: a mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi. Perguntou o Senhor Deus à mulher: que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: a serpente enganou-me, e eu comi." Obviamente, Deus indagou acerca do comportamento de Adão e Eva, não porque não o soubesse de antemão, mas para demonstrar as profundas alterações de caráter que ambos sofreram após o pecado. O resultado do pecado foi o medo e a transferência da culpa. Adão a transferiu para Eva e, esta, a transferiu para o Diabo personificado na serpente. Verifica-se que, de lá para cá, quase nada mudou neste sentido. Sempre que pressionado ou encurralado, o homem tenta desvia-se da sua culpa, jogando-a em alguém ou em algo. O Diabo é o alvo predileto da transferência de culpa, porque é um ente espiritual e invisível. Portanto, não aparece para se defender ou para, de fato, assumir alguma culpa. Não se pretende, nesse ponto, fazer a defesa da inocência do Diabo, porque direta ou indiretamente é ele o autor do pecado e do mal que persiste no mundo. É fácil e evidente a constatação do mal reinante no mundo, afetando pessoas, coisas e, até mesmo, os animais. É ele sim, a fonte de todas as iniquidades e desgraças. Entretanto, muito do mal moral que reina na sociedade não é da autoria direta de Satanás, mas da natureza maléfica colocada por ele no coração do homem.
A regra natural do homem após a queda é a incredulidade e não a fé verdadeira. Isto fica evidente em toda extensão das Escrituras, mas muito claro em Rm. 3: 10 e 18 - "... como está escrito: não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; a sua boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Nos seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante dos seus olhos." Verifica-se pelo texto que se trata de uma generalização e não de um grupo específico de homens. Neste ponto alguém poderia questionar: 'mas este caso não serve para mim que sou cumpridor das leis, pertenço a determinada igreja, contribuo financeiramente, estudo a Bíblia, faço parte das atividades de evangelização, pratico a caridade aos necessitados, etc.' Ora, a abordagem das Escrituras nunca é por meios circunstanciais e evidências externas. Toda abordagem da Palavra de Deus é, antes de tudo, de cunho espiritual. Portanto, qualquer homem, por mais correto, honesto e religioso que seja, possui o poder latente da natureza pecaminosa e, como tal, é capaz de cometer qualquer mal moral. É algo que subjaz na natureza humana, mesmo naqueles que não vivem cometendo atos falhos. Aqueles homens que já receberam a graça da regeneração têm esta natureza crucificada. Sobre eles há uma nova disposição, porque suas vidas não são mais dirigidas por seus impulsos almáticos. Esta nova ordem espiritual está registrada em II Co. 5:17 e 18 - "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação." Ainda assim, por estarem ainda circunstanciados na carne e sob a influência do pecado que há no mundo, poderão cometer atos pecaminosos. Por isso, o sacrifício substitutivo e inclusivo de Cristo apaga estes atos pecaminosos, tanto quanto já aniquilou a culpa do pecado conforme Hb. 9:26 - "... doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo."
Satanás arrastou para o seu lado, na rebelião contra Deus, um terço dos anjos celestes conforme registrado em Ap. 12: 7 a 9 - "Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na Terra, e os seus anjos foram precipitados com ele." Jesus, o Cristo faz menção da precipitação do Diabo quando foi expulso da presença de Deus conforme Lc. 10:18 - "Eu via Satanás, como raio, cair do céu."
O texto de abertura mostra que o Diabo, adversário do homem, anda ao derredor rugindo como leão para ver a quem possa tragar. O texto é claro. Ele está às espreitas para verificar a quem pode usar e controlar. Primeiramente, ele não é o leão, pois este título é dado apenas a Cristo. Ele anda como se fosse um leão, porque tudo no Diabo é artificial e falso. Secundariamente, ele precisa verificar se o homem é ou não nascido de Deus. Porque aos nascidos de Deus ele não pode tocar conforme I Jo. 5:18 e 19 - "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno." Aquele que é nascido de Deus é o homem que tem experiência de novo nascimento nos moldes que Jesus doutrina a Nicodemos em Jo. 3: 3 e 5. Aquele que nasceu de Deus é uma referência a Jesus, o Cristo que passa a habitar o nascido do alto, não havendo possibilidade de o Diabo tocá-lo. Para tocar o nascido do alto, Satanás teria de tocar primeiramente em Cristo e isto lhe é impossível. Entretanto, necessário é que o homem creia nisso conforme o padrão de fé exigido pelas Escrituras, especialmente em Hb. 11:1 - "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem." Desta forma, a fé não é uma virtude humana, mas um dom de Deus, porque ninguém poderia crer no que não se pode ver e ter certeza no que ainda não está presente. Fé é algo sobrenatural e não natural. Por esta razão é que a fé espiritual é concedida ao homem por graça e misericórdia. Ela não é um exercício mental e de abstinência de coisas para alcançar algo de Deus. Não há fórmulas para a fé. As Escrituras indicam claramente que o justo viverá da fé e não pela fé como se supõe nos círculos religiosos humanistas.
Sola Gratia!
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