Mt. 2: 1 a 6 - "Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo. O rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e com ele toda a Jerusalém; e, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo. Responderam-lhe eles: em Belém da Judeia; pois assim está escrito pelo profeta: e tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel." Há grande controvérsia entre analistas dos escritos sobre o nascimento de Jesus, o Cristo. Alguns afirmam que o seu nascimento foi entre os anos 6 e 4 a.C. Embora pareça anacrônico colocar a data do nascimento antes do nascituro, o fato é que, neste caso, considera-se o ano 1 da Era Cristã apenas como referência. Desta forma, o real ano de nascimento de Jesus teria, na verdade, ocorrido antes do ano considerado como o primeiro da Era Cristã no calendário gregoriano.
É sabido que, em qualquer dos dois únicos relatos neotestamentários, nos evangelhos de Mateus e de Lucas não foi registrado o dia e o mês em que Jesus, o Cristo nasceu. Há estimativas aproximadas em função de alguns elementos descritivos dos eventos relativos ao seu nascimento. Por exemplo, o fato de os pastores estarem vigiando os seus rebanhos indica que era inverno no hemisfério norte. Nesta estação do ano os pastores guardavam os rebanhos em estrebarias ou cavernas por causa do frio. Considerando que Maria deu à luz a Jesus, em uma estrabaria nos arredores de Belém, e que os pastores próximos foram ver o menino, julga-se que tenha sido no inverno. Isto situa o nascimento do Mestre entre dezembro e março, quando é inverno no hemisfério norte.
Herodes, o Grande viveu de 73 a. C. até 4 a. C., tendo morrido em Jericó neste último ano. Isto situa o nascimento de Jesus, o Cristo, no máximo, até o ano 4 a. C. Herodes era um edomita judeu que governou a Judeia de 37 a. C. até 4 a. C. Informado pelos magos sobre o nascimento de um menino que seria o rei dos judeus, Herodes se enfureceu e ordenou a execução de todas os meninos de dois anos para baixo. Este fato foi, inclusive, profetizado conforme Mt. 2: 18 - "Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, e não querendo ser consolada, porque eles já não existem."
O Natal é a comemoração do nascimento de Jesus, o Cristo, entretanto, ninguém sabe a data do seu nascimento. Talvez, na economia divina, esta data tenha sido ocultada, a fim de evitar que a idolatrassem. Portanto, ao longo da História, inventaram datas com base em certos eventos incorporados do sincretismo pagão de Roma. Pelo calendário gregoriano foi em 25 de dezembro e, pelo calendário juliano, em 7 de janeiro. O dia 25 dezembro é o início do solstício de inverno no hemisfério norte, segundo a cultura romana. Tal evento era denominado "natalis invicti solis", ou seja, "nascimento do sol vitorioso." Significava a adoração a um deus-sol poderoso e jamais vencido na cultura pagã persa dedicada ao deus Mitra. Sabe-se também que, a comemoração do Natal é pré-cristã entre diversos povos ditos pagãos. Sendo, inclusive, a palavra Natal oriunda do nome do 'deus" Natalis, segundo esta crença pré-cristã. Eram elementos das comemorações do natal entre povos pagãos: os madeiros ou árvores enfeitadas e a troca de presentes no "Festival da Saturnália." Na idade Media, o Natal passou a ter apenas caráter carnavalesco. Tornou-se uma festa familiar no século XIX. Foi proibido, diversas vezes, pelos cristãos reformados por ser considerado não cristão.
Com a expansão do Cristianismo, a Igreja Católica deu uma ressignificação ao Natal pagão, "tornando-o" cristão no século III d. C. Segundo o que se sabe tal atitude visava estimular a conversão de pagãos. Deste modo, 25 de dezembro passou a ser a data da comemoração do nascimento de Jesus, o Cristo. Portanto, o Natal como praticado hoje é o resultado de uma intervenção da Igreja Católica sem qualquer fundamento bíblico ou registro cronológico comprovado. Apropriou-se de uma efeméride tipicamente pagã, para criar mais um acontecimento puramente humano e religioso sem paralelo nas Escrituras.
O Natal cresceu muito de importância aos comerciantes a partir da ascensão da burguesia mercantilista. É uma data de grande movimentação financeira devido as compras e trocas de presentes. Portanto, possui também caráter eminentemente mercantilista. "Papai Noel" é uma figura retirada do folclore popular e não possui significação espiritual. Foi, inicialmente, inspirado na figura de um bispo da Ásia Menor chamado São Nicolau sobre o qual há muitas divergências sobre seu comportamento moral. Depois, na Alemanha, a figura do "bom velhinho" foi alterada para um velho gordo, barbudo, com roupas vermelhas e um saco de presentes nas costas. Tal como apresentado hoje trata-se, inclusive, de uma figura fundamentada na mentira e no engano, pois é dito às crianças que "Papai Noel" é um 'bom velhinho' que dá presentes a todos. Todavia, nem todas as crianças recebem os tais presentes. Para sustentar a primeira mentira criaram uma segunda, a qual diz que só quem foi obediente e bom menino ao longo do ano receberá presentes.
A árvore de natal é outro elemento de origem pagã e não cristã. Tal como utilizada hoje, tem a sua origem na cultura germânica. São Bonifácio substituiu o "Carvalho Sagrado de Odin" pela árvore de natal. Odin era um 'deus' germano relacionado a guerra. Segundo a lenda germânica, Odin sacrificou o seu cavalo Sleipnir na "Árvore do Mundo". Como os líderes religiosos não conseguiam acabar com estas crenças, transformou o "Carvalho Sagrado de Odin" ou "Árvore do Mundo", na árvore de Natal, na qual eram colocados presentes para as crianças pegar. Com isso, criou-se um ponto de conciliação para que os nórdicos aceitassem o cristianismo. Ora, nenhum homem pode aceitar nada que procede de Deus. É Deus quem decide aceitar qualquer homem, em qualquer lugar e tempo por sua soberana vontade.
Hoje se vê um Natal puramente comercial e desumano, pois, enquanto uns comem exageradamente, muitos não tem o que comer; enquanto, alguns compram diversos itens desnecessários, outros padecem de roupas, cobertores, agasalhos e sapatos; enquanto prefeituras gastam milhões em decorações natalinas, os hospitais estão absolutamente abandonados e sem equipamentos básicos; enquanto as igrejas se enfeitam com luzes piscando e símbolos que nada significam, pessoas passam frio, fome e sede; enquanto compõem canções melosas e falsas, milhões não conhecem a verdadeira história do nascimento de Jesus, o Cristo por negligência das igrejas e seus pregadores que desprezam as Escrituras.
O sincretismo religioso é uma das mais fortes armas utilizadas pelo Diabo para dissuadir os homens da verdade. Ele permite miscigenar ideias, valores e princípios eternos em meras concepções humanistas aceitáveis. O homem em seu estado decaído não suporta nada que seja principiológico, eterno e soberano. Sempre diluem a verdade com a mentira, transformando-a em meias verdades.
O sincretismo religioso é uma das mais fortes armas utilizadas pelo Diabo para dissuadir os homens da verdade. Ele permite miscigenar ideias, valores e princípios eternos em meras concepções humanistas aceitáveis. O homem em seu estado decaído não suporta nada que seja principiológico, eterno e soberano. Sempre diluem a verdade com a mentira, transformando-a em meias verdades.
Sola Scriptura!