II Ts. 2: 1 a 12 - "Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça."
O Cristianismo histórico nada tem a ver, em essência, com o Cristo. Ainda que tenha suas constituições dogmáticas, declarações de fé, seus princípios norteadores e suas confissões doutrinárias estão longe da pessoa de Cristo. Talvez tal institucionalização da fé por meio de estatutos e bases declaratórias foi o fator responsável pelo afastamento entre o Cristianismo e o Cristo. Não se pode institucionalizar uma pessoa, visto que a pessoa de Cristo e a sua Igreja são a mesma coisa conforme Ef. 4: 15 a 18 - "... antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor. Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração." No contexto, estes versetos estão mostrando que a Igreja é o corpo e Cristo é a cabeça deste corpo. É Cristo quem opera em amor os ajustamentos entre os seus filhos, formando a Igreja verdadeira que não está retida entre quatro paredes. É Cristo quem efetua o perfeito crescimento para edificação do seu reino eterno e não para encher igrejas institucionais de membros que não o conhece. No Cristianismo histórico há inchados que andam segundo as verdades de suas mentes entenebrecidas nos seus próprios entendimentos de Deus, de Cristo, das Escrituras e da Igreja. Tal ignorância se dá pelo fato de eles estarem separados da vida de Deus, a saber, de Cristo. Ele mesmo confessa ser o caminho, e a verdade, e a vida, portanto é ele o portador, o doador e a própria doação. Em um coração endurecido por ignorar a vida de Cristo pode até haver Cristianismo, mas jamais haverá Cristo. Assim, Cristianismo sem a vida de Cristo pode ser qualquer coisa, menos a verdade cristã autêntica. O Cristianismo não se reduz a uma mera declaração de fé, mas exige uma confissão da vida de Cristo em substituição a vida almática.
O texto de abertura afirma: "... a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos." O referido iníquo é uma pessoa no comando de um sistema político-religioso e econômico. As características deste sistema satânico, operando no Cristianismo Nominal são: poder, sinais e prodígios de mentira, como também todo o engano da injustiça. O que se vê hoje na maior parte do sistema religioso do cristianismo institucional é a frenética busca por poder, manifestações de sinais e realização de maravilhas e prodígios. Entretanto, tais operações são apenas nos que perecem, a saber, naqueles que não experimentaram o novo nascimento, nos moldes neotestamentários. Eles não receberam o amor da verdade, que é o próprio Cristo, por isto são presas fáceis. Estes alegam aceitar a Jesus para serem redimidos, embora as Escrituras não ensinem que o pecador possa aceitá-lo às próprias expensas. Este é o fundamento de todo o engano e mentira, pois tudo é operado pelo homem e para o próprio homem. Na suposição de que creem e pregam a verdade são, de fato, servos de um sistema de crenças que semeia tais enganos sutis e, por isso, enganam-se a si mesmos e entre si mesmos. Satanás não engana ao pecador mais do que ele mesmo se engana e é enganado por outros pecadores. O maligno inoculou neles a sua natureza pecaminosa, atuando apenas como treinador.
O panfleto que serve de adorno a este estudo foi entregue por uma pobre alma que julgava estar evangelizando. No referido panfleto estão as seguintes palavras: "quando Jesus morreu na cruz, ele entregou um recibo a Deus com os nomes de todos os que creem n'Ele. Neste recibo está claramente especificado: 'PREÇO PAGO por todos os pecados.' A dívida está paga, e os devedores perdoados. As vezes é difícil acreditar que alguém pudesse fazer isso por você. Você sabe que a dívida é sua, e você então fica imaginando qual será o truque. Mas não há truque. Tudo o que você tem a fazer é arrepender-se e crer e então aceitar este prêmio maravilhoso que o maravilhoso Pai quer oferecer."
Muito bem, o nome da igreja que produziu o folheto não interessa, porque não se pretende por em crítica esta ou aquela igreja. O objetivo é mostrar como o Cristianismo Institucionalizado mistura verdade escriturística com verdades da mente do homem decaído. Até a parte que mostra que Jesus, o Cristo morreu para pagar a dívida que o pecador tem com Satanás está tudo correto e amparado nas Escrituras. Entretanto, quando afirma que o recibo foi para todos os pecadores começa o processo do engano. Visto que os atos e decretos eternos de Deus não podem ser revogados, logo, a salvação não é para todos os homens, pois, do contrário, todos os homens seriam salvos obrigatoriamente. Então, a expiação de Cristo não foi para todos os homens, mas para todos os eleitos, sendo este o sentido do vocábulo 'todos' nos contextos referentes à salvação.
O que sustenta a mentira religiosa do 'livre arbítrio' é o subproduto da mente humana proveniente do Gnosticismo e do Espiritismo. Jesus afirma aos religiosos que todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. Logo, como pode um escravo ser livre ou arbitrar qualquer coisa? Na verdade, Charles Spurgeon demonstra que o famigerado 'livre arbítrio', é de fato, 'servo arbítrio'. Logo, no recibo entregue por Jesus, o Cristo após sua ascensão, não estão os nomes de todos os homens, mas apenas os nomes dos todos eleitos que receberam a graça para crer. Acrescenta-se como engano crasso, o fato que os dizeres afirmam que o pecador tem de se arrepender e crer. Ora, se fosse possível o pecador produzir seu próprio arrependimento e fé própria, Jesus e sua morte de cruz, seria absolutamente dispensáveis. O pecado tirou do homem até a capacidade para crer, pois isto lhe é dado por meio da graça conforme Ef. 2: 8 e 9 - "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie."
O que sustenta a mentira religiosa do 'livre arbítrio' é o subproduto da mente humana proveniente do Gnosticismo e do Espiritismo. Jesus afirma aos religiosos que todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. Logo, como pode um escravo ser livre ou arbitrar qualquer coisa? Na verdade, Charles Spurgeon demonstra que o famigerado 'livre arbítrio', é de fato, 'servo arbítrio'. Logo, no recibo entregue por Jesus, o Cristo após sua ascensão, não estão os nomes de todos os homens, mas apenas os nomes dos todos eleitos que receberam a graça para crer. Acrescenta-se como engano crasso, o fato que os dizeres afirmam que o pecador tem de se arrepender e crer. Ora, se fosse possível o pecador produzir seu próprio arrependimento e fé própria, Jesus e sua morte de cruz, seria absolutamente dispensáveis. O pecado tirou do homem até a capacidade para crer, pois isto lhe é dado por meio da graça conforme Ef. 2: 8 e 9 - "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie."
Portanto, o pecador não pode arrepender-se e crer conforme Rm. 3: 10 a 11 - "...como está escrito: não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus."
Assim, há milhões de religiosos bem intencionados, porém distribuindo falácia e engano em supostas igrejas as quais pregam um Cristianismo sem Cristo.
Sola Gratia!
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