junho 29, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS IIL

Ap. 20: 1 a 15 - "E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações até que os mil anos se completassem. Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos. Ora, quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da Terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha. E subiram sobre a largura da Terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade querida; mas desceu fogo do céu, e os devorou; e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos. E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo."
Este capítulo dá sequência ao reino de Cristo na Terra após o seu retorno visível. Vê-se que é um processo que envolve diversas etapas e aspectos, tanto relacionado aos combates às forças do mal, como à restauração da Terra. 
Neste ponto em que o sistema Babilônia, as duas bestas já foram julgados, agora é a vez de aprisionar Satanás. Ele será derrotado, amarrado e preso por mil anos. Muitos religiosos e místicos acreditam que Satanás está no inferno. Ledo engano, ele vive na esfera espacial entre o primeiro céu ou o firmamento terrestre e o terceiro céu onde está o trono de Deus. Não somente ele, mas milhares de milhares de anjos caídos com ele conforme Ef. 6:12 - "... pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes." Satanás será lançado no lago de fogo e enxofre apenas quando for solto depois dos mil anos. Neste milênio haverá um governo justo e santo executado por Cristo e os imortais diretamente na Terra. É um tempo de restauração e aperfeiçoamento das distorções causadas pelo pecado.
Participarão do reino milenar de Cristo na Terra:
  • Os santificados ou imortais, a saber, todos os homens que foram eleitos e regenerados por Cristo. Estes habitarão na Jerusalém Celestial ou Cidade Santa.
  • Os judeus que estiverem vivos neste tempo, incluindo-se os cento e quarenta e quatro mil judeus que acompanharão Cristo.
  • Os gentios ou os povos e nações que sobrarem da grande tribulação.
Após a Batalha do Armagedom haverá pouquíssima gente na Terra a ponto de sete mulheres implorarem para ficar com um homem conforme Is. 4:1 - "Sete mulheres naquele dia lançarão mão dum só homem, dizendo: nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos de nossos vestidos; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio." Todavia, após a instalação do reino milenar de Cristo, a Terra voltará a prosperar e as nações se multiplicarão grandemente conforme Is. 60:22 - "O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o Senhor, apressarei isso a seu tempo."
Haverá um julgamento especial das nações que permanecerem após a Batalha do Armagedom  para decidir quais delas poderão entrar no reino milenar conforme Mt. 25: 31 a 46. Será um julgamento conforme as obras e realizações destes povos. 
Ao final do milênio a Terra terá sido absolutamente restaurada e aperfeiçoada por Cristo conforme I Co. 15: 24 a 26 - "Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.
A purificação final ocorrerá após se completarem os mil anos. Satanás será solto da prisão. A humanidade do milênio será colocada à prova, porque haverá durante mil anos um governo perfeito, mas não uma população perfeita apesar da ausência do maligno. Na verdade, suas naturezas pecaminosas não foram extintas. Milhões ainda serão enganados e seduzidos por Satanás e haverá uma luta contra o Senhor Jesus, o Cristo. Os homens que permaneceram durante o milênio obedecerão a Cristo, mas seus corações são pecaminosos e, portanto, sensíveis à Satanás. Eles serão destruídos e Satanás será lançado no lago de fogo e enxofre eternamente. Isto é o que se chama de Juízo Final. Neste juízo haverá a ressurreição de todos os mortos que não participaram da primeira ressurreição. Eles receberão a condenação eterna. Não existe, como foi dito, no início destes estudos o "fim do mundo". 
Após todas estes fatos, o Reino Eterno dará início com Cristo e os eleitos e santificados reinarão eternamente.
Maranata! 

junho 24, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS IIIL

Ap. 19: 1 a 21 - "Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma imensa multidão, que dizia: aleluia! A salvação e a glória e o poder pertencem ao nosso Deus; porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a Terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. E outra vez disseram: aleluia. E a fumaça dela sobe pelos séculos dos séculos. Então os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus que está assentado no trono, dizendo: amém. Aleluia! E saiu do trono uma voz, dizendo: louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes. Também ouvi uma voz como a de grande multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso. Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou, e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos santos. E disse-me: escreve: bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: estas são as verdadeiras palavras de Deus. Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia. E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da Terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles."
Neste capítulo, o foco é o Reino de Cristo sendo estabelecido na Terra. Vê-se uma grande alegria entre os imortais e todos os seres espirituais nos céus pela vitória de Cristo. A posse definitiva da propriedade que sempre foi de Cristo, porém usurpada por Satanás por causa do pecado. O sangue de todos os eleitos e regenerados foi vingado por Cristo. Há um enorme júbilo e culto de ações de graças nos céus. 
Nesta fase os exércitos reunidos no Vale do Megido é julgado e destruído pelos exércitos celestiais. Esta batalha é denominada de "batalha do Armagedom", porque o nome do monte desta região é Har Meggidon. A Primeira Besta ou Anticristo e a Segunda Besta ou Falso Profeta que enganava os que receberam a marca da besta, são lançados vivos no Geena, ou seja, no inferno. Satanás é amarrado e preso, permanecendo assim por mil anos. Ao fim deste milênio Satanás será solto novamente para o seu juízo final. Todos os demais que adoraram a besta, o falso profeta e o dragão que é Satanás serão destruídos. Permanecerão na Terra, os que ficarem vivos dentre os povos e nações que entrarem no milênia da restauração, os imortais que voltarem com Cristo e os cento e quarenta e quatro mil judeus que servem e acompanha o Cristo. 
As bodas do Cordeiro é uma referência ao encontro definitivo de Cristo com a sua Igreja na Terra, agora sem o mal. Haverá uma espécie de comemoração, quando novamente o Senhor Jesus, o Cristo partirá o pão e distribuirá o vinho aos seus eleitos e escolhidos. Cristo é chamado de Noivo e a Igreja de Noiva.  Dos versos onze a dezesseis mostra a abertura de um portal nos céus por onde Cristo e os imortais descerão para a Terra. Esta é, pois, a segunda vinda de Cristo. A primeira foi como Jesus, o homem histórico nascido de mulher e sofrido conforme mostra Isaías capítulos cinquenta e três e cinquenta e quatro. O encontro da Igreja arrebatada se dá nos ares, ou seja, fora da Terra. A segunda vinda visível de Cristo será em seu poder e glória total e triunfante. 
Maranata!

junho 22, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS IVL

Ap. 18: 1 a 24 - "Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo que tinha grande autoridade, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E ele clamou com voz forte, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e guarida de toda ave imunda e detestável. Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. Ouvi outra voz do céu dizer: sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela. Tornai a dar-lhe como também ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro. Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, tanto lhe dai de tormento e de pranto; pois que ela diz em seu coração: estou assentada como rainha, e não sou viúva, e de modo algum verei o pranto. Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga. E os reis da Terra, que com ela se prostituíram e viveram em delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio; e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento. E sobre ela choram e lamentam os mercadores da Terra; porque ninguém compra mais as suas mercadorias: mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de homens. Também os frutos que a tua alma cobiçava foram-se de ti; e todas as coisas delicadas e suntuosas se foram de ti, e nunca mais se acharão. Os mercadores destas coisas, que por ela se enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela, chorando e lamentando, dizendo: Ai! ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas! porque numa só hora foram assoladas tantas riquezas. E todo piloto, e todo o que navega para qualquer porto e todos os marinheiros, e todos os que trabalham no mar se puseram de longe; e, contemplando a fumaça do incêndio dela, clamavam: que cidade é semelhante a esta grande cidade? E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamavam, chorando e lamentando, dizendo: ai! ai da grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! porque numa só hora foi assolada. Exulta sobre ela, ó céu, e vós, santos e apóstolos e profetas; porque Deus vindicou a vossa causa contra ela. Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada. E em ti não se ouvirá mais o som de harpistas, de músicos, de flautistas e de trombeteiros; e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e em ti não mais se ouvirá ruído de mó; e luz de candeia não mais brilhará em ti, e voz de noivo e de noiva não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da Terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias. E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na Terra."
Neste capítulo, finalmente é chegada a hora da queda do sistema do Anticristo - Babilônia - que se confunde com a cidade capital do sistema global. Enquanto, no capítulo dezessete o foco é a forma em que Satanás montará o seu sistema, no capítulo dezoito é mostrada a forma em que Cristo o destruirá. Enquanto Roma ainda é a atual Babilônia, esta última Babilônia será uma cidade incomparável perto de todas as já existentes.
Há textos que dão sustentação à ideia da construção de uma nova cidade universal na região da antiga Mesopotâmia. É dito em Zc. 5: 5 a 11 - "Então saiu o anjo, que falava comigo, e me disse: levanta agora os teus olhos, e vê que é isto que sai. Eu perguntei: que é isto? Respondeu ele: isto é uma efa que sai. E disse mais: esta é a iniquidade em toda a Terra. E eis que foi levantada a tampa de chumbo, e uma mulher estava sentada no meio da efa. Prosseguiu o anjo: esta é a impiedade. E ele a lançou dentro da efa, e pôs sobre a boca desta o peso de chumbo. Então levantei os meus olhos e olhei, e eis que vinham avançando duas mulheres com o vento nas suas asas, pois tinham asas como as da cegonha; e levantaram a efa entre a terra e o céu. Perguntei ao anjo que falava comigo: para onde levam elas a efa? Respondeu-me ele: para lhe edificarem uma casa na terra de Sinar; e, quando a casa for preparada, a efa será colocada ali no seu lugar." Efa era a maior unidade de medida para secos entre os hebreus. Trata-se, portanto, de um recipiente que continha uma mulher e toda a iniquidade da Terra. Assim, fica evidente que é um sistema religioso na Mesopotâmia ou Sinar como era chamada na antiguidade. Isto indica que o centro de culto, comércio e economia se deslocará para o Oriente Médio no tempo do fim. 
No verso quatro de Apocalipse dezoito João ouve um anjo dizendo: "... sai dela povo meu." Significa dizer que, mesmo neste centro de adoração satânica e humanista haverá a presença de alguns eleitos de Deus. O profeta Jeremias também faz referência a este centro de adoração conforme Jr. 51: 44 e 45 - "E castigarei a Bel em Babilônia, e tirarei da sua boca o que ele tragou; e nunca mais concorrerão a ele as nações; o muro de Babilônia está caído. Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do ardor da ira do Senhor." Não há dúvida alguma sobre práticas místicas e obscuras nesta grande cidade dos últimos tempos. O texto mostra que ela será um centro de feitiçarias.
A partir do verso nove de Apocalipse dezoito se veem as lamentações pela destruição da cidade sede do sistema que tanto trouxe prazer, alegrias e progressos aos homens. Este sistema é exatamente o oposto dos ensinos cristãos conforme Mt. 19:21 - "Disse-lhe Jesus: se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me." Obviamente, que, Satanás oferece aquilo que o homem mais cobiça: prazer, riquezas, prestígio e poder. Por isso, haverá tantos lamentando o fim da Babilônia moderna. Entretanto, tudo o que este sistema oferece, oferece-o às custas do sangue dos mártires que perderam suas vidas por causa do nome de Jesus, o Cristo. Por esta razão os que foram mortos pela Besta terão a honra de se vingar dela no final.
Maranata!

junho 15, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS VL

Ap. 17: 1 a 18 - "Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo:vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração. Ao que o anjo me disse: por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada; são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo. A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição. Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis. Disse-me ainda: as águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra."
O foco neste capítulo é a "igreja de Satanás", o "reino de Satanás", "a Prosperidade de Satanás" e a destruição de tudo o que não pode ser redimido pelo sangue de Cristo. Não há absolutamente nada de místico na expressão "sangue de Cristo", pois trata-se de um processo pelo qual o sangue vertido na cruz foi o preço pago pelo pecado original. A vida da alma está no sangue, conforme já foi dito, portanto, o sangue de Cristo foi derramado para salvação da alma. O que é redimido no homem pecador é a alma, sendo o espírito reconciliado com Deus e o corpo será ressuscitado na restauração final. É necessário esclarecer isto, porque os religiosos invocam o sangue de Jesus como se fosse água benta para espantar o mal. A morte substitutiva e inclusiva de Cristo nada tem a ver com crendices místicas.
O apóstolo João é convidado por um dos ministradores celestes a ver o julgamento da igreja de Satanás. É dito que uma meretriz se assenta sobre muitas águas. Sabendo-se que águas no sentido escatológico são povos e nações e que mulher representa uma igreja, tal igreja prostituta ou religião oficial do Anticristo estará dominando o mundo. Os governantes do mundo se prostituíram com a meretriz ou igreja de Satanás. Prostituição, neste caso, significa se vender ou fazer acordos em que ambos os lados se beneficiam, semelhante o homem que paga uma prostitua em troca de prazer sexual. A grande meretriz é um sistema que tem uma espécie de culto de mistérios e se localiza em uma grande cidade se confundindo com ela. A igreja é sempre representada por uma mulher, neste caso, tal igreja está apoiada ou assentada sobre um sistema indicado pela Besta Vermelha. A Besta Vermelha ou Escarlate possui dizeres ou slogans que são blasfêmias. Isto pode indicar que tal governo adotará uma espécie de marketing focado no homem, no sistema bestial e em Satanás. A Besta possui sete cabeças e dez chifres que simbolizam reinos e governantes. Então, uma das cabeças possui mais de um chifre, demonstrando alianças e acordos entre países. Sabe-se, pelo texto, que cabeças são também sete montes representando reinos históricos. Cinco destes impérios já passaram: Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia. O reino que  existia à época era o Império Romano. O sétimo será o ressurgimento do Império Romano que reaparecerá no tempo do fim, e, deste sétimo surgirá um oitavo reino, o reino da Besta ou Anticristo.  Os sete chifres são governantes chamados no texto de reis. O oitavo reino ou domínio terá as características acumuladas de todos os reinos passados. É como se fosse uma síntese refinada de tudo o que o mundo já experimentou. O império vindouro a que alude o texto é o domínio do Anticristo subordinado ao Dragão, Serpente ou Satanás e auxiliado pela outra Besta chamada de Falso Profeta. Isto é uma simulação falsa da trindade verdadeira: Pai, Filho e Espírito Santo. 
A única cidade que foi edificada sobre sete montes foi Roma. Porém, hoje não se veem estes montes todos, porque a cidade é uma metrópole moderna e alguns montes foram removidos e outros cobertos por construções. A maior parte dos intérpretes deste texto afirmam que se trata de Roma a capital da Itália. É fato conhecido que, hoje Roma é o centro de diversos cultos secretos dedicados a divindades babilônias, gregas, romanas e outras crenças esotéricas e místicas. Entretanto, o próprio texto afirma que os sete montes são sete reis, ou seja, governantes. O verso quatro descreve a mulher vestida de escarlata e púrpura, adornada de jóias com um cálice de ouro na mão. Eram os tecidos mais nobres e mais caros da época, indicando, no texto, pompa, luxo e poder material. Tal mulher é a igreja de Satanás que será a religião oficial e dominante à época. Vê-se que a mulher, a saber, o sistema religioso está montado sobre a Besta, ou seja, o sistema político-econômico. Isto indica que a falsa igreja terá grande domínio sobre as atividades da Besta. Na testa da mulher está escrita a palavra "mistério". Sabe-se que mistério se refere a algo que só os iniciados conhecem e sabem o significado. Portanto, haverá um culto místico e esotérico praticado e conduzido pela igreja de Satanás. Ao que parece estará ligado à antiga Babilônia e suas crenças restauradas. Hoje o que mais se fala é sobre tabletes de argila cozida com documentos escritos descobertos no Iraque. Escavações nas ruínas da antiga cidade assíria, Nínive, na biblioteca do rei Assurbanípal foram achados cerca de 23 mil tabletes destes. Tais tabletes trazem diversos conhecimentos avançados para a época dos sumérios, indicando contato com anjos caídos. Tais seres decaídos eram chamados de Anunnakis e teriam vindo à Terra e dado início à civilização dos sumérios, acadianos e babilônios. Os livros de Zacherias Sitchin intitulados "As Crônicas da Terra" dão inumeráveis pistas sobre tais assuntos. Também neste contexto é falado sobre abominações da Terra. Tal vocábulo é utilizado para se referir à idolatria no velho testamento. Jesus, o Cristo se refere a esta abominação como uma profanação realizada pelo Anticristo no Templo em Jerusalém. Tal profanação já se cumpriu uma vez por Antíoco Epifânio que sacrificou um porco sobre o altar e colocou uma insígnia pagã dentro do templo. Todavia, uma profanação se cumprirá uma última vez pela Besta no Templo de Salomão que será reconstruído em Jerusalém. 
Neste texto é dito que os governantes farão um acordo com a Besta e receberão o poder apenas por uma hora. Deus colocará nos seus corações o intenso desejo de entregar o domínio dos seus governos à Besta. Isto será para levar o sistema à perdição e ruína final. O texto mostra, ainda, que a Besta se revoltará contra o Falso Profeta e a Meretriz, ou seja, contra o poder religioso dominante. O Anticristo destruirá o poder religioso e o seu líder e se proclamará ele mesmo como deus. A mulher é tipificada por uma grande cidade que exercerá grande influência sobre os governos e os povos da Terra. 
Finalmente, é dito que a Besta, agora incorporando o próprio Diabo fará guerra ao Cordeiro, a saber, a Cristo. O Senhor Jesus, o Cristo e os imortais vencerão a Besta, a Grande Babilônia e o próprio Diabo.
Maranata!

junho 14, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS VIL

Ap. 16: 1 a 21 - "E ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: ide e derramai sobre a Terra as sete taças, da ira de Deus. Então foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a Terra; e apareceu uma chaga ruim e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem. O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu todo ser vivente que estava no mar. O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, que és e que eras, o Santo; porque julgaste estas coisas; porque derramaram o sangue de santos e de profetas, e tu lhes tens dado sangue a beber; eles o merecem. E ouvi uma voz do altar, que dizia: na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grande calor; e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória. O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam de dor as suas línguas. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram o Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras. O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso. (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.) E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom. O sétimo anjo derramou a sua taça no ar; e saiu uma grande voz do santuário, da parte do trono, dizendo: está feito. E houve relâmpagos e vozes e trovões; houve também um grande terremoto, qual nunca houvera desde que há homens sobre a terra, terremoto tão forte quão grande; e a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e Deus lembrou-se da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho do furor da sua ira. Todas ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras quase do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraivada; porque a sua praga era mui grande."
Este capítulo traz como foco a batalha do Armagedom ou do Vale do Megido que se localiza no centro-norte de Israel. Quando Napoleão Bonaparte passou por este local disse: "que lugar ideal para manobrar tropas". De fato, será neste espaço geográfico que as tropas de Gogue farão suas manobras para o confronto final. Este confronto se estenderá por 250 km e o sangue chegará aos arredores de Jerusalém. Este dado é fornecido pelo texto do capítulo 15, pois se refere a 1.600 estádios.
O capítulo dezesseis descreve o derramamento das sete taças da cólera de Deus sobre o mundo. São os juízos finais sobre os homens incrédulos e seguidores do Dragão, da Besta e do Falso Profeta. São os mesmos fatos dos capítulos oito e nove do Apocalipse. Aqui aparecem mais alguns detalhes nos versos decimo segundo e decimo sexto. 
A primeira taça foi derramada sobre toda a Terra e os seus habitantes adoradores da Besta e que tinha a sua marca ficaram doentes de uma chaga maligna e perniciosas. Isto implica em feridas fétidas pelo corpo todo. A segunda taça foi derramada sobre as águas salgadas e estas se tornaram em sangue. Isto levou à mortandade dos seres viventes nos oceanos e mares. A terceira taça foi derramada sobre as águas doces. Neste caso, o anjo executor faz uma adoração e confissão da justiça deste flagelo, porque a Besta e seus seguidores derramaram o sangue de muitos santos e eleitos de Deus. Há o reconhecimento da retidão dos juízos de Deus diante do seu trono no céu. A quarta taça foi derramada sobre o Sol, determinando um superaquecimento que queimará os homens pelo calor abrasador. As pessoas se revoltarão e blasfemarão de Deus por causa deste flagelo. Isto prova que os condenados pelos juízos têm plena consciência que tudo provém de Deus. Mostra que os não eleitos não se arrependem, porque arrependimento e glorificação do nome de Deus é dado por graça d'Ele mesmo. A quinta taça foi derramada sobre o próprio domínio da Besta. É um juízo direto sobre o governo satânico e bestial e todos os seus auxiliares. Experimentarão os juízos diretos de Deus e o seu império será totalmente destruído, sendo-lhes infringido muito sofrimento e muta dor. 
A sexta taça derramada secará o rio Eufrates como sinal para os exércitos vindos pelo oriente possam se posicionar contra Israel. Paralelo a este fato Satanás, a Besta e o Falso Profeta liberarão espíritos imundos que percorrerão a Terra convocando os líderes e governos controlados pela Besta para a batalha final. Sabe-se que, para as tecnologias de guerra do mundo moderno um rio não é mais grande obstáculo. A questão do rio Eufrates secar está associada à liberação dos 200 milhões de espíritos malignos que sairão de lá para atormentar os homens por seis meses.
Finalmente a sétima taça foi derramada no ar atmosférico e houve grande manifestação de poder no trono de Deus. Ocorreu o maior terremoto da história da humanidade, fazendo profundas alterações no relevo terrestre. Caiu grande quantidade de meteoritos incandescentes sobre a Terra ateando fogo em tudo e em todos os lugares. Todas as cidades do mundo foram postas abaixo e Deus se lembrou de Babilônia. Ao que tudo indica Babilônia será o centro urbano do poder da Besta neste tempo. Alguns afirmam que esta Babilônia já foi Roma ao tempo do Império Romano e que voltará a ser o centro de decisões do Anticristo. É também comparada a Jerusalém conforme Ap. 11:13 - "E naquela hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu." Outros acreditam que a antiga cidade de Babilônia será reconstituída neste tempo. O ex-presidente Saddam Hussein do Iraque deu início à reconstrução da antiga Babilônia nos anos em que governou o país. A verdade é que só se poderá afirmar com certeza quando os fatos acontecerem concretamente.
Com a sétima taça derramada é afirmado no céu que "feito está." Isto indica o fim dos juízos e a preparação para a manifestação visível de Cristo no mundo para dar início aos mil anos de restaurações na Terra.
Maranata!

junho 12, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS VIIL

Ap. 15: 1 a 8 - "Vi no céu ainda outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus. E vi como que um mar de vidro misturado com fogo; e os que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome estavam em pé junto ao mar de vidro, e tinham harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos. Quem não te temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Pois só tu és santo; por isso todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos. Depois disto olhei, e abriu-se o santuário do tabernáculo do testemunho no céu; e saíram do santuário os sete anjos que tinham as sete pragas, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos, à altura do peito com cintos de ouro. Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos. E o santuário se encheu de fumaça pela glória de Deus e pelo seu poder; e ninguém podia entrar no santuário, enquanto não se consumassem as sete pragas dos sete anjos."
Este capítulo trata das últimas ações de juízo de Deus sobre a Terra e os seus habitantes incrédulos. São os sete ministradores derramando as sete taças da ira de Deus. Muitos segmentos religiosos rejeitam a ideia de Deus exercendo juízos condenatórios aos homens. Defendem tais religiões que Deus, sendo amor não pode ser o executor de atos condenatórios. Ora, primeiramente, Deus é soberano, portanto pode fazer ou deixar de fazer o que lhe aprouver. Secundariamente, só ele, de fato, pode julgar com perfeita isenção qualquer ser criado em todo o universo. Charles Sproul é um teólogo reformado autor de inúmeros livros de relevante consistência doutrinária. Sproul afirma em uma das suas obras: "há dois tipos de pessoas: os eleitos e os não eleitos. Os eleitos recebem a graça de Deus; os não eleitos recebem a justiça de Deus. Entretanto, ninguém recebe a injustiça de Deus." Realmente, nem os que recebem a graça, nem os que recebem a condenação podem reclamar que Deus foi injusto. O problema é que, a maioria dos religiões e crenças são de segunda mão, a saber, os seus seguidores receberam-nas de outros sem questioná-las. Outra questão é que estas pessoas julgam Deus a partir das suas mentes decaídas e de acordo com a visão forense da justiça humana. Conceitos tais como justiça, injustiça, amor, verdade, bem, mal, luz e trevas são absolutamente relativos, quando considerados a partir da perspectiva do homem. Deus não abaliza a sua conduta pelos valores e princípios definidos pelo homem. O Criador não se curva à criatura para dela tomar conselhos e lições de como conduzir o universo. Isto é fruto da arrogância e do pecado no homem que o faz querer ser professor de Deus.
Observa-se no texto de abertura que há um culto de adoração no céu antes dos procedimentos de juízos. Todos que estão diante do trono de Deus concordam na execução da sua justiça e reconhece o eterno poder do Cordeiro. As sete taças contêm a totalidade da cólera de Deus. Portanto, quando terminada a execuções destes juízos terá chegado o milênio e Cristo mesmo governará a Terra. O mesmo espectro foi mostrado quando das trombetas, provando que, tanto as trombetas como as taças são executadas paralelamente. 
Os mortos ressurrectos do capítulo sete, agora estão diante do trono de Deus participando da adoração e das ministrações. São eles os denominados "mortos da tribulação", pois sofreram todas as pressões e perseguições da Besta ou Anticristo. Os redimidos cantam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro. Moisés entoou o seu cântico por duas vezes: a primeira vez foi após a travessia do Mar Vermelho em adoração a Deus pela libertação do cativeiro no Egito. A segunda vez foi por ocasião das instruções finais à congregação de Israel. Em ambas as vezes o cântico de Moisés é profético e diz respeito ao tempo dos juízos de Deus sobre a Terra. Estão registrados em Ex. 15 e Dt. 32 para quem deseja conferi-los.
Finalmente é visto pelo apóstolo João em sua visão, o tabernáculo no céu. Sabe-se que, Deus ordenou a Moisés que se fizesse um tabernáculo para acompanhar o povo de Israel na sua peregrinação pelo deserto. Isto faz parte da pedagogia de Deus para mostrar ao homem por símbolos as realidades celestes. Ex. 25: 8 e 9 - "E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis." Vê-se que o tabernáculo terreno era uma figura do tabernáculo celeste. A finalidade é mostrar ao homem a permanente imagem do redentor conforme Hb. 8:5 - "... os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: olha, faze conforme o modelo que no monte se te mostrou." O compartimento do tabernáculo chamado de Santo dos Santos era o local onde estava a Arca da Aliança cuja tampa era o propiciatório onde o Sumo Sacerdote espargia o sangue do cordeiro imolado uma vez por ano. Isto indicava o último, perfeito e superior sacrifício de Cristo para redenção do pecador. 
A ideia do tabernáculo móvel acompanhando o povo de Israel pelo deserto tem muito a ver com a ideia de um Deus que age e está presente entre os homens. Assim, o culto verdadeiro é feito em qualquer lugar e não entre quatro paredes como se vê hoje. Também a figura do tabernáculo era a ideia do Deus que habita no homem e entre os homens. Isto é ensinado por Paulo em I Co. 6:19 - "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" Por esta mesma razão é que Cristo afirma: "... nem dirão: ei-lo aqui! ou: ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós." O reino de Deus é Cristo e não somente prédios, igrejas físicas, coisas e bênçãos.
Maranata!

junho 09, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS VIIIL

Ap. 14: 8 a 20 - "Um segundo anjo o seguiu, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome. Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Então ouvi uma voz do céu, que dizia: escreve: bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham. E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada. E outro anjo saiu do santuário, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, porque já a seara da Terra está madura. Então aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à Terra, e a Terra foi ceifada. Ainda outro anjo saiu do santuário que está no céu, o qual também tinha uma foice afiada. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: lança a tua foice afiada, e vindima os cachos da vinha da Terra, porque já as suas uvas estão maduras. E o anjo meteu a sua foice à Terra, e vindimou as uvas da vinha da Terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até os freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios."
Nesta última parte do capítulo catorze há uma sequência de anjos anunciando juízos de Deus sobre a Terra. Trata-se de uma preparação para o início da purificação da Terra por parte do Grande Rei, o Senhor Jesus, o Cristo. O segundo anjo anuncia a queda do sistema mundial chamado no Apocalipse de "A Grande Babilônia". Ora, sabe-se que Babilônia provém do acadiano ou sumério 'Babil' que significa "portal dos deuses". Estes deuses, na verdade, são os anjos caídos que se fixaram na Terra há milhares de anos antes de Cristo. Eles foram descritos como sendo os 'Nephilim' ou 'Anunnaki' tanto nos registros hebraicos como nos sumerianos. Em ambos os casos o significado é o mesmo, ou seja, 'caídos', 'expulsos', 'desertores', 'derrubados' ou 'aqueles que desceram do céu à Terra'. O substantivo Nefilim deriva do verbo 'naphal' [נָפַל] que quer dizer: 'cair', 'queda', 'derrubar' e 'cortar'. A ideia geral é que são seres falhos, decaídos, perdidos, desertores de algum lugar ou função, divididos, perdidos e mentirosos. Em algumas versões da Bíblia 'Nefilim' foi traduzido por gigantes, porque eram de grande estatura. Entretanto, tal tradução é errada, porque Nephilim é um substantivo e não um adjetivo. O sentido mais simplificado de "Grande Babilônia" escatologicamente falando é o de um sistema mundial caracterizado pelo universalismo e o ecumenismo religioso, além de multiculturalismo de crenças, comércio e economias. Tal sistema é controlado pela Besta a serviço do Dragão, Serpente ou Satanás. O texto mostra que este sistema não é novo, pois usa o verbo no passado, e que se refere à prostituição de todos os povos. Prostituição, neste sentido, é sempre a mesclagem entre a mentira e a verdade. Relaciona-se, quase sempre, com a associação de um sistema religioso mentiroso e os governos dominantes. Um típico caso de prostituição está registrado no capítulo seis do Gênesis e em Judas, em que os 'filhos de elohim' se misturaram às 'filhas de Adão'. Este assunto está descrito em quatro estudos neste blogue em janeiro de 2008 intitulados "Os Nephilim." 
O terceiro anjo é o portador de uma mensagem aos nascidos de Deus para que não adorem ao sistema da Besta. Não devem devotar culto à Besta, não devem se curvar à sua imagem, não devem receber o seu sinal. Esta questão é fundamental para que os filhos de Deus dependam exclusivamente d'Ele. Este é um dos sentidos da "... perseverança dos santos". Estes santificados em Cristo guardam os ensinos verdadeiros e a fé, porque são dons de Deus e não porque eles sejam melhores que ninguém. A partir deste momento todos os que morrerem em Cristo experimentarão a segunda ressurreição, já que a primeira ocorreu no arrebatamento. Estes são os redimidos que perderão as suas vidas devido à sistemática perseguição e matança por parte do sistema da "Grande Babilônia." Também é perceptível no texto que os tais mortos da tribulação descansarão das suas obras e elas os seguirão. Não fala que eles reencarnarão ou coisas deste tipo que fazem parte do engano místico do sistema satânico.
Na visão do apóstolo João, ele vê o Grande Rei assentado sobre uma nuvem com uma foice afiada na mão. Foice no texto apocalíptico é 'drepanon', ou seja, instrumento de poda, significando juízo. Saiu um outro mensageiro afirmando que tudo estava pronto para a vingança e a purificação da Terra. A partir deste ponto diversos mensageiros saem do céu para a Terra a fim de executar os procedimentos de juízo contra o sistema da Besta e seus seguidores. De modo figurado a Terra e seus habitantes filiados ao sistema iníquo da Besta são comparados a uvas colhidas e colocadas no lagar. O lagar é o local onde as uvas são esmagadas pelos vinhateiros para produzir o vinho, porém o que se vê é o sangue. A consequência da execução destes juízos é a morte de milhares de pessoas representada pelo sangue que enche o lagar, que, neste caso, é o local da execução das tropas do Anticristo. Ao que parece o vale do Megido ou Armagedom é apenas o local de manobra das tropas. O local em que tais tropas serão esmagadas é fora da cidade de Jerusalém, pois 1600 estádios correspondem a aproximadamente 250 km. Esta batalha é retratada em diversos textos, tais como Is. 63: 1 a 3, Ez. 39, Jl. 3: 9 a 16 e Sf. 1.
Maranata!

junho 07, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS IXL

Ap. 14: 1 a 7 - "E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome dele e o nome de seu Pai. E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão e a voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam as suas harpas. E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos quatro seres viventes e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil, aqueles que foram comprados da Terra. Estes são os que não se contaminaram com mulheres; porque são castos. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes foram comprados dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis. E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a Terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas."
Uma das piores desgraças contra a verdade é a religião institucional, pois a fé não pode ser institucionalizada, pois é dom de Deus. Uma vez institucionalizada, torna-se puramente humana. As únicas referências à religião nas Escrituras ocorrem em Atos 25 e 26, apenas como menção à religião judaica. A outra encontra-se em Tg. 1: 26 e 27 - "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo." De fato, não há nenhuma consistência bíblica para afirmar que a religião é uma instituição divina. Entretanto, há muita  base para afirmar que a religião é humana e sinérgica. Vê-se no texto do apóstolo Tiago que, a palavra religião está associada a coisas e não a Deus. Está associada à lei das obras e ás questões comportamentais. O texto demonstra que a religião só é vista como pura e imaculada quando cumpre a lei do amor ao próximo, nada mais que isto. Não é atribuída à religião a capacidade redentiva ou de justificação do pecador nas Escrituras. Demonstra que as práticas das obras religiosas devem ser uma consequência natural de qualquer homem diante de Deus.
Para melhor compreensão do texto de abertura deve-se levar em conta esta crítica à religião, porque esta vem arruinando o evangelho de Cristo no mundo desde os primeiros séculos do Cristianismo. A questão é, o homem que não experimentou novo nascimento, tende invariavelmente, à interpretação dos textos com base no seu sistema religioso e não no que as Escrituras ensinam. Por esta razão há inumeráveis interpretações sobre os 144.000 descritos no Apocalipse.  Há quem diga que este é o número dos que serão salvos entre os judeus. Também há os que chegam a afirmar que estes foram os únicos salvos durante a tribulação. Outros ainda dizem que é apenas um número simbólico. O texto não autoriza nenhuma destas interpretações.
É mister que se olhe apenas para o texto e não para teses de homens. Primeiramente são judeus, porque o texto diz que são israelitas. Há diferença entre um israelita e um israelense. Todos os judeus em qualquer lugar do mundo, inclusive em Israel, são israelitas. Mesmo os judeus que negam as suas origens e não praticam o judaísmo são israelitas. Secundariamente, o texto diz que eles estavam em pé no Monte Sião juntamente com o Senhor Jesus, o Cristo. Logo, esta afirmação põe por terra a ideia de uma determinada seita dita cristã, que os tais são os salvos no céu. Ora, o Monte Sião sempre e invariavelmente representa a cidade de Jerusalém capital eterna de Israel. Os 144.000 judeus seguem a Cristo onde quer que ele vá, e, se ele está no Monte Sião, logo, está na Terra e não no céu. Significa dizer que eles foram preparados para receber e servir ao Grande Rei após o seu retorno visível à Terra. No capítulo sete viu-se que os 144.000 foram selados na Terra e que são 12.000 de cada uma das doze tribos de Israel. Eles não são anjos nem santos salvos que estavam no céu antes da vinda visível de Cristo. Finalmente, no capítulo catorze, o que está em vista não é a ressurreição, logo, eles foram escolhidos, selados e organizados aqui na Terra. O foco é a Terra e a ação dos juízos do Cristo sobre ela.
A palavra casto utilizada no texto não implica em que tais judeus são virgens no sentido de não terem tido nenhum contato sexual. Castos no sentido em que aparece no texto grego koinê é "parthenós" que, além de significar virgem, também é o antônimo de promíscuo e prostituto  no sentido espiritual. O apóstolo Paulo utiliza este termo com o sentido de quem não se prostituiu ou se contaminou com práticas religiosas idólatras conforme II Co. 11:2 - "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura." O texto utiliza a palavra "virgem" tanto a homens como mulheres daquela Igreja. Então, isto nada tem a ver com celibato, mas com pureza de fé em uma única verdade. Alguém poderia obliterar que o texto fala de "... não se contaminaram com mulheres." Esta é uma expressão idiomática que indica que os tais judeus não viviam dissolutamente em adultérios e promiscuidade com mulheres. Porém, não quer dizer que não eram casados. Quando os textos utilizam o verbo contaminar, usa-o com o sentido de um estado promiscuo tanto em termos morais como em termos de práticas religiosas conforme Mt. 24: 37 e 38 - "Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca..."
Assim como Jesus, o Cristo foi o Primogênito dentre os mortos, ou seja, a primícia da ressurreição, estes 144.000 serão as primícias dos judeus que formarão a base de apoio ao Grande Rei na Terra. A selagem deles, isto é, a colocação do nome de Deus e do seu Cristo em suas frontes dará início à septuagésima semana de Daniel e estes nomes os protegerão do Anticristo. 
Os versículos 6 e 7 mostram como será a evangelização neste tempo, após o arrebatamento da Igreja. O evangelho eterno será pregado do céu pelos imortais. Será anunciado em cada canto do planeta, de modo que, todos os ouvirão querendo ou não. Estes que forem convertidos neste tempo, pela pregação do evangelho por este mensageiro, serão mortos pelo Anticristo. São eles os chamados "santos da tribulação."
Maranata!

junho 02, 2013

SOBRE O FIM DOS TEMPOS XL

Ap. 13:11 a 18 - "E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão. Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença; e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à Terra, à vista dos homens; e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis."
No contexto anterior deste mesmo capítulo viu-se uma Besta que emergiu do mar. Agora vê-se outra Besta que emerge da terra. Enquanto a primeira saiu do clamor dos povos e nações por soluções econômicas, bem-estar, segurança, paz e progresso, a segunda terá um papel mais diplomático ou de convencimento místico. Esta segunda Besta também é um Anticristo, pois todos os que se opõem a Cristo, inclusive, para se passar por Ele é um Anticristo. Ao que parece esta segunda Besta surge de um contexto onde há certa estabilidade. Isto é sugerido pela expressão "e vi subir da terra." A palavra para terra neste texto é "gês", significando uma porção de terra firme. Não se refere à Terra enquanto planeta, mas ao chão enquanto uma parcela ou local da Terra. Talvez um lugar que ainda possa existir relativa tranquilidade no contexto das nações e povos que são representados pelo mar. É um lugar à parte e específico talvez pela função mística ou religiosa que possui.
A Besta que sobe da terra é uma paródia de Cristo, pois tem chifres como cordeiro, mas fala como o dragão. Possui apenas aspecto exterior de cordeiro, mas o seu proceder é de Dragão. Assim, representa uma pessoa que se utiliza da dissimulação religiosa para o engano. Ao que parece é o falso profeta mencionado em Ap. 19:20 - "E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem." O objetivo principal desta segunda Besta é chefiar uma espécie de culto à personalidade dedicado à adoração da primeira Besta. Desta forma haverá uma religião única e oficial neste tempo sob o comando da Besta que surgiu da terra. Atualmente o ecumenismo e o multiculturalismo estão sendo estruturados para este fim. Será um culto idólatra, pois exigirá adoração a uma imagem da primeira Besta, colocará uma marca ou sinal em todas as pessoas para controlá-las, exercerá sinais e prodígios aparentemente miraculosos e retirará direitos civis e jurídicos das pessoas que não aceitarem tal crença. Daí porque haverá muita perseguição aos cristãos fiéis, pois o Cristianismo verdadeiro é incompatível com tudo o que é de origem mundana e diabólica. O texto faz referência a uma imagem da Besta que respirará e falará. Hoje, tal processo é possível por meio da clonagem. Sabe-se apenas que uma imagem é uma cópia fiel do objeto real.
A marca da Besta poderá ser algum símbolo ou mesmo uma logomarca usada mundialmente. É possível que esta marca contenha o número da Besta ou algo que identifica um sistema mundial. Sabe-se que em numerologia bíblica, o número sete é sinônimo de totalidade ou plenitude de algo ou alguém. Por isso, Satanás usará o número seis três vezes, resultando em seiscentos e sessenta e seis. Tal repetição três vezes indica o cúmulo da maldade, visto que seis é o número do homem e também o número da imperfeição. Neste tempo, Satanás simulará uma falsa trindade formada por ele mesmo, a Besta que emergiu do mar e a Besta que surgiu da terra. São os três chifres colocados na sétima cabeça do capítulo doze. 
Muito já se especulou sobre quem será a Besta cujo o número significa o seu nome. Utiliza-se da Gematria, que é uma ciência auxiliar da matemática, a qual permite usar letras como números e vice-versa. Assim, nomes de diversos líderes mundiais e de líderes de grandes religiões, inclusive de alguns da reforma protestante coincidem com o 666. Também o DDD, ou seja, o código de discagem direta da União Europeia resulta neste número. Os dizeres na mitra do Papa também resultam no 666, como também a própria palavra Vaticano. Outro título do Papa - DUX CLERI - resulta em 666. Entretanto, ninguém pode afirmar que será um Papa a tal Besta. Isto só se esclarecerá quando a Besta se manifestar publicamente conforme II Ts. 2:3 - "Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição..."Então, enquanto não é revelado, tudo o que se refere a este número é mera especulação.
A partir de 1990 uma empresa de tecnologia da informática e segurança desenvolveu um microchip pouco maior que um grão de arroz. Este microchip poderá controlar qualquer operação em qualquer lugar do mundo. Esta tecnologia esteve a cargo da Mondex que realiza todas as implementações da Credicard e da Visa. A Crediccard atualmente  é a dona da Mondex. A palavra Mondex provém do latim MON = MÃO e DEX = DIREITA ou DEXTRA. O texto apocalíptico diz que esta marca da Besta será colocada na mão direita ou na testa. Os atuais estudos para escolher os melhores lugares para implantação do chip da mondex resultou exatamente na parte traseira da mão direita e na testa debaixo da pele. A própria palavra VISA dá como resultado o 666, pois em latim V = 5, I = 1, S = 6 em grego e A = 6 em babilônico ou sumério. Então 5+1 = 6 e os outros dois não há soma, pois já são o número seis, ou seja, 666.
Hoje quase tudo se controla com o uso de códigos de barras e cartões magnéticos com chips. Então, é uma questão de aprimoramento e implementação de novas tecnologias criadas pela Nanoengenharia, Engenharia de Softwares, Engenharia Eletrônica. Também a ampliação do poder da internet e a colocação de satélites mais poderosos na órbita da Terra. Todo o atual cenário marcha com muita rapidez para estas realidades do tempo do fim.
Maranata!

SOBRE O FIM DOS TEMPOS XXXIX

Ap. 13: 1 a 10 - "Então vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade. Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta, e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu. Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação. E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a perseverança e a fé dos santos."
O mar no texto apocalíptico representa as nações da Terra em estado de agitação. No final do capítulo doze se lê: "... e se pôs em pé sobre a areia do mar." Esta é uma referência ao Dragão, Serpente ou Satanás, logo conclui-se que, ele quem produziu e fez subir a besta do mar, a saber, um líder que comanda um conjunto de nações. A palavra grega koinê para besta é "thérion", a qual se traduz como "fera" ou "animal selvagem". Assim, é desta forma que Cristo vê o líder que emergirá dentre diversos povos e nações. Tal líder ou a Besta foi descrito como tendo sete cabeças, dez chifres e dez diademas e sobre tais cabeças, nomes de blasfêmia. As cabeças são países ou nações, os chifres indicam poder político-econômico, os diademas indicam autoridade político-diplomática. Neste ponto, a Besta recebe toda autoridade e capacidade de persuasão diretamente de Satanás. Trata-se de uma incorporação, pois Satanás necessita possuir um corpo para agir porque é um espírito. Isto é revelado pelo fato de a Besta ter os chifres e as cabeças que estavam sobre a cabeça do Dragão em Ap.12:3. Vê-se ainda que os diademas estão sobre os chifres e não sobre as cabeças. Isto indica que Satanás terá o controle dos governantes que se tornarão domínios humanos subordinados a ele.
O verso 3 revela uma simulação de ressurreição para enganar os povos da Terra. Esta cabeça ferida de morte, mas que voltou a viver é uma tentativa de imitar a morte e a ressurreição de Cristo. Desta forma, Satanás simulará para apresentar-se como o Messias dos judeus e o Salvador dos cristãos. Verifica-se que tal estratégia dará certo, porque toda a Terra se maravilhará e seguirá a Besta. Haverá adoração também ao Dragão, a saber, a Satanás que conferiu sua autoridade e poder à Besta. Os homens estarão tão sem referência e em meio a tantas enganações que darão crédito ao que se apresentar como o solucionador dos problemas econômicos e políticos. À Besta foi dada autoridade para falar blasfêmias contra Deus durante quarenta e dois meses, ou seja, três anos e meio. A arrogância de Satanás se virará contra o próprio Deus e todos os santos e anjos que habitam no céu. Ele desenvolverá uma teologia e uma religião universal cujo objetivo é anular qualquer crença em Deus e em Jesus, o Cristo. Por isto ele se apoderará de um homem que é chamado de Anticristo, não apenas por opor-se à Cristo, mas por tentar tomar o lugar d'Ele.
Foi concedido a Satanás por meio do seu aparelho humano, a Besta, que persiga e mate os santos que estão na Terra após o arrebatamento da Igreja. Também a ele foi conferida plena autoridade sobre todos os povos da Terra. Todos os habitantes da Terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro adorarão à Besta. É importante notar que o Cordeiro não foi morto desde a fundação do mundo, mas os nomes dos eleitos de Deus é que foram escritos no livro da vida desde então. Portanto, a eleição e predestinação ensinado por Paulo em Rm. 8 e 9 são confirmadas neste texto escatológico.
O texto de abertura termina mostrando que, naquele tempo de guerra satânica, os cristãos morrerão e derramarão o próprio sangue. Eles não foram arrebatados, porque ainda não haviam sido convertidos, e, portanto, não tiveram participação na primeira ressurreição e no arrebatamento. Deles será exigida profunda perseverança, pois o Espírito Santo não deterá a ação de Satanás por meio do sistema da Besta. 
Maranata!