dezembro 13, 2009

A SÍNDROME DE JÓ XVI


Jó 28: 12 a 21 - "Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? O homem não conhece o seu valor, e nem ela se acha na terra dos viventes. O abismo diz: Não está em mim; e o mar diz: ela não está comigo. Não se dará por ela ouro fino, nem se pesará prata em troca dela. Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira. Com ela não se pode comparar o ouro nem o cristal; nem se trocará por joia de ouro fino. Não se fará menção de coral nem de pérolas; porque o valor da sabedoria é melhor que o dos rubis. Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode avaliar por ouro puro. Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente, e oculta às aves do céu." Jó discorre sobre conhecimentos gerais da Terra e suas riquezas naturais, mostrando como o homem domina os recursos e atribui a estes grande valor. Demonstra ter profundo conhecimento da estrutura geológica e dos processos evolutivos do planeta que hoje são confirmados pelas geociências; levanta diversos questionamentos sobre os eventos naturais e a incompetência do homem em explicar-lhes a origem e o poder que os regula e os mantêm.
Após tais asseverações, Jó demonstra que o homem é incompetente para desenvolver a sabedoria utilizando a metáfora do mineiro e seus processos tecnológicos. A maestria do minerador não lhe confere a verdadeira sabedoria, porque esta é procedente do alto conforme Tg. 3:17 - "Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia." Esta sabedoria é dom de Deus, portanto, não se coaduna com a sabedoria humana que é de baixo e contaminada pela natureza pecaminosa conforme Tg. 3:15 - "Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica." Os religiosos e legalistas se desapontam com tais afirmações, porque elas lhes são por demais desconcertantes. Eles querem um Deus alcançável e manipulável. Eles querem um Deus que se preocupe com suas cogitações e não com o seu "Supremo Propósito". O homem decaído, especialmente, o religioso é um Narciso por natureza. Ele quer que Deus se curve aos seus desejos, mas não possui inclinação para alcançar a grandiosidade do plano divino, além do que lhe convém. É uma religião de conveniências, reducionista, maniqueísta e excludente da verdade. O Deus das religiões não pode ser encontrado nas Escrituras. Nestas circunstâncias, Ele é uma ficção resultante da arrogância do pecado inoculado no homem desde o Éden. Ele cultua um "deus" que lhe é submisso e omisso ante à natureza pecaminosa.
A sabedoria a que alude o texto de Tiago é do alto, a saber, é dom de Deus, é pura, ou seja, não se contamina com a natureza pecaminosa, é pacífica, moderada, tratável, misericordiosa, produz bons frutos, é imparcial e sem hipocrisia. Geralmente, este tipo de sabedoria não agrada ao homem decaído, porque ele quer ser o centro das atenções e, ela, retira-lhe o brilho. Porém, a sabedoria produzida pela vontade humana é terrena, ou seja, se produz com base no que é natural, é almática, pois, no original, a palavra 'animal' é 'psikikos', ou seja, almática, e finalmente é diabólica, porque o homem que não nasceu do alto possui a natureza diabólica por herança adâmica. Não importa o comportamento moral, ético e estético de uma pessoa, se não for regenerada, a natureza diabólica continua nela. Embora esta natureza não seja exatamente determinante de práticas maldosas, potencialmente a referida pessoa possui todas as condições para o mal.
Este ensino é duro, mas é o que as Escrituras ensinam e não o que as religiões e o humanismo retorcido pelo gnosticismo pretende.
Sola Scriptura!

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