setembro 27, 2009

ESPÍRITOS ENGANADORES E RELIGIÕES ENGANADAS XVIII


Mt. 13:18 a 23 - "Escutai vós, pois, a parábola do semeador. Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho. O que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende; E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera; Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta." Uma parábola é por força da sua natureza estilístico-literária uma 'narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior'. Provém do gênio da língua grega 'parabolé', isto é, falar por curvas, ou por meio de sobreposição de imagens e idéias. O fato de alguém falar por parábolas não retira a verdade do conteúdo daquilo que se diz. É apenas um recurso de comunicação e de retórica.
A parábola de Jesus, objeto deste estudo, coloca em epígrafe quatro categorias de ouvintes da Palavra do reino: a) os que ouvem, mas não entendem; b) os que ouvem, mas não se aprofundam; c) os que ouvem, mas têm outras prioridades neste mundo; d) e os que ouvem e compreendem, resultando em reprodução geometricamente progressiva.
Observa-se que a semente semeada é a mesma, porém os tipos de solos são diferentes. A ordem à proclamação do evangelho é fato incontestável, porém a recepção do mesmo não é comum a todos. Se a semente que cai em boa terra germina e se multiplica, é por conta da excelsa qualidade da terra, ou porque o agricultor eterno a preparou para receber a semente? Jo. 15:1 - "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador." Primeiramente a semente deve proceder de uma matriz verdadeira, a saber, Cristo, do qual se obtém as sementes. o Pai é o viticultor ou agricultor, pois é Ele quem prepara tanto a terra, como a semente. Assim, o fato de religiosos e igrejas denominacionais andarem semeando pelo mundo não implica necessariamente em que a semeadura e a colheita sejam garantidas. Depende da semente que está sendo semeada e da terra que recebe a semente. Se ambas não forem na centralidade de Cristo na cruz, é semear em rochedos espalhados em meio à terra árida.
Ez. 36: 26 e 27 - "E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis." Quem dá o coração novo e o espírito novo é Deus e não a postura comportamental e moral do homem. Assim, o Agricultor Eterno é quem prepara a terra para receber a divina semente. É Deus quem retira o coração esclerosado pelo pecado e coloca um coração maleável pela Palavra. É Deus quem retira o espírito morto nos delitos e pecados e coloca o Seu próprio Espírito. É Deus quem faz que os eleitos e regenerados andem nos estatutos, a saber, nos ensinos. Onde está a participação voluntária e livre do homem neste ensino? Por que enganadores, continuam enganando os enganáveis sobres estas questões? Porque os tais estão à beira da estrada, em pedregais e em espinheiros cheios de si mesmos e porque não acharam a graça diante de Deus para serem regenerados. Nestas condições é que espíritos enganadores semeiam as suas abominações em nome de Cristo, porém ele continua a lhes afirmar: "nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."

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