Mt. 16: 13 a 17 - "Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam eles: uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus."
Revelação é um substantivo feminino que traz as seguintes significações: 1. Ato ou efeito de revelar(-se). 2. Entre os cristãos, ação divina que
comunica aos homens os desígnios de Deus e a verdade que estes envolvem,
sobretudo através da palavra consignada nos livros sagrados. 3. A doutrina
religiosa revelada, por oposição àquela a que se chega pela razão apenas.
É necessário esclarecer que há diversas acepções para o substantivo revelação. Entretanto, a que importa neste estudo, é aquela que se relaciona ao desvendamento das Escrituras ao espírito humano. Revelação, no sentido aqui tratado, não é apenas o saber ou o conhecimento cognitivo acerca dos textos sacros. Trata-se de um conhecimento dado pelo Espírito Santo conforme Jo. 16:13. Logo, nada tem a ver com conhecimento hermético, ou seja, hermetismo ou hermeticismo que é o estudo e a prática da filosofia ocultista e da magia associados a escritos atribuídos a Hermes Trismegisto. Este tal Hermes Trimegisto é uma falsa deidade sincrética que combina aspectos do 'deus' grego Hermes e do 'deus' egípcio Thoth. De fato, tal divindade nunca existiu, sendo apenas um homem que se auto-proclamava 'deus'.
O simples saber acerca da existência de Deus, de religião, de Jesus, o Cristo, da Bíblia ou de qualquer misticismo, nada tem a ver com revelação espiritual. O mero saber acerca das realidades espirituais não torna uma pessoa espiritualizada e espiritual. No máximo, a torna espiritista, a saber, praticante de cultos ou crenças em espíritos. As Escrituras não tratam dessa natureza de crença, porque não são ensinos procedentes de Deus.
Então a quem é destinada a verdadeira revelação? A natureza da verdadeira revelação é dada àqueles cujos espíritos, antes mortos para Deus, agora foram vivificados por meio da inclusão da sua morte, na morte de Cristo. Isto é doutrinado em Ef. 2: 5 e 6 - "... estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus ..." Este processo é denominado, no Novo Testamento, de "novo nascimento." Isto está ensinado em diversas partes das Escrituras, como por exemplo, em I Co. 15:22 - "Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados." Obviamente que os 'todos" vivificados em Cristo, não são todos os homens. São aqueles todos conhecidos de antemão, predestinados, chamados, justificados e glorificados conforme Rm. 8: 29 e 30.
Então a quem é destinada a verdadeira revelação? A natureza da verdadeira revelação é dada àqueles cujos espíritos, antes mortos para Deus, agora foram vivificados por meio da inclusão da sua morte, na morte de Cristo. Isto é doutrinado em Ef. 2: 5 e 6 - "... estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus ..." Este processo é denominado, no Novo Testamento, de "novo nascimento." Isto está ensinado em diversas partes das Escrituras, como por exemplo, em I Co. 15:22 - "Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados." Obviamente que os 'todos" vivificados em Cristo, não são todos os homens. São aqueles todos conhecidos de antemão, predestinados, chamados, justificados e glorificados conforme Rm. 8: 29 e 30.
A revelação é, antes de tudo, uma ação monérgica, ou seja, ação direta e irrevogável de Deus. Um dos casos que retrata a verdadeira revelação é citado no texto que abre este estudo. Verifica-se no referido texto que, após a interrogação de Jesus, os discípulos responderam de acordo com o que haviam ouvido: "... uns dizem que és João, o batista, outros Elias, outros Jeremias ou mesmo algum dos profetas." Vê-se que se trata de um saber difuso e conseguido por meio meio do senso comum ou pela mão de terceiros. Não havia a revelação única e de origem divina. Eram apenas opiniões de acordo com as percepções humanas e a lógica do senso comum.
Observa-se que Pedro confessou exatamente quem era Jesus, porque isto não foi o resultado da sua concepção ou percepção almática. Foi-lhe dado como revelação espiritual. Quem diz isto é o próprio Jesus, o Cristo: "Disse-lhe Jesus: bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus." A revelação almática, ou seja, da carne e do sangue é aquela elaborada segundo a percepção da alma, dos conhecimentos analíticos e comparativos do próprio homem. É um saber intuitivo e fundamentado na lógica material ou percebida pelo intelecto humano.
Jo. 17:26 - "... e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda; para que haja neles aquele amor com que me amaste, e também eu neles esteja." Neste texto, Jesus, o Cristo afirma que ele fez os discípulos conhecer o nome de Deus. Não se trata aqui de um conhecimento intelectual do nome próprio de Deus, mas do conhecimento do ser d'Ele. Não é como Deus se chama, mas de quem ele é. É este conhecimento que liberta conforme Jo. 8:32 - "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Não se trata apenas de uma libertação de erros, fraquezas e delitos praticados pelo homem, mas a libertação de quem o homem é sem a vida de Cristo. Sem Cristo, o homem é decaído, ou seja, morto para Deus.
Ap. 1:1 - "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João." Neste contexto, não se trata apenas de uma sequência acerca de eventos que aconteciam, e iriam acontecer, mas da revelação da pessoa de Jesus, o Cristo. Ao ler todo o capítulo 1 de Apocalipse fica muito claro que se trata da demonstração de quem é ele. Deus mostrou a Cristo o que ele é, o que fez, e o que faria e, este, mostrou aos seus servos, por meio do anjo que as notificou a João, que as escreveu para registro às novas gerações.
Em alguns segmentos do cristianismo nominal ou histórico há algumas pessoas que se autodenominam profetas. Reivindicam para si determinados dons espirituais. Entretanto, sempre buscam ou se autoproclamam portadoras apenas dos dons que lhes confere notoriedade. Nenhum tem o dom de cuidar dos necessitados. O pior, neste caso, é o fato de estas pessoas enganadas se posicionarem como os portadores de um conhecimento esotérico. É como se apenas eles fossem os iluminados aos quais Deus faz alguma revelação exclusiva. Ora, toda a revelação de Deus já foi compendiada. Isto está doutrinado claramente em Hb. 1:1 - "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo."
Sola Scriptura!
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