Mt. 26: 1 e 2 - "E havendo Jesus concluído todas estas palavras, disse aos seus discípulos: sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado."
Conquanto haja diferentes tipos de cruzes, a cruz mais simples é uma figura geométrica em duas peças que se cruzam horizontal e verticalmente, formando ângulos de noventa graus. A cruz nunca fez parte do judaísmo, mas era utilizada como símbolo religioso por diversas crenças antigas na Ásia. O Império Romano adotou a cruz como instrumento de execução bem antes da condenação de Jesus, o Cristo. A palavra cruz provém do latim 'cruces' e do grego 'stauros' indicando um objeto concreto. Até o final do primeiro século da Era Cristã, raramente, os cristãos usavam a cruz como símbolo por medo dos judeus. Usavam para simbolizar e identificar sua fé um peixe com a inscrição 'Ichthys' que é um acróstico das palavras gregas "Iesus Christos Theos Yios Soter" - significando: "Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador". Há muita discussão sobre o formato da cruz que Jesus carregou pelas vielas de Jerusalém até os arredores desta cidade, onde foi crucificado. Entretanto, é possível que ele tenha carregado apenas a parte menor que seria, no ato da crucificação, encaixada à parte vertical. Há textos extrabíblicos os quais descrevem o método romano de crucificar desta maneira.
Há cerca de 2.000 anos o cristianismo nominal debate diversos aspectos dos evangelhos. Entretanto, se apegam ao que é histórico e periférico, deixando de considerar o que é profundo e central. No tocante à crucificação, por exemplo, debate-se muito sobre de quem foi a responsabilidade pelo processo da crucificação de Jesus, o Cristo. Entretanto, discutem apenas a moralidade superficial do fato e não a sua profundidade espiritual. Alguns culpam os judeus, outros os romanos e, outros ainda, culpam Satanás. Ora, a crucificação de Jesus, o Cristo seria o ato final da derrota de Satanás conforme Gn. 3:15. Portanto, contrariamente, o maior desejo de Satanás era que Cristo não fosse crucificado. Ele usou diversas pessoas para tentar dissuadir o Cristo do seu destino conforme Mc. 8:31 e 32 - "Começou então a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muitas coisas, que fosse rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, e que depois de três dias ressurgisse. E isso dizia abertamente. Ao que Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo." A reação de Pedro era tão somente humana e emocional, pois ainda não havia sido convertido espiritualmente. Por isso a resposta de Cristo a Pedro foi a seguinte: "Mas ele, virando-se olhando para seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: para trás de mim, Satanás; porque não cuidas das coisas que são de Deus, mas sim das que são dos homens." Jesus, não estava dizendo que Pedro era Satanás, mas que Satanás o estava usando. Muitos que passavam pelo local da crucificação diziam: "... se és Filho de Deus, desce da cruz." Um dos malfeitores também crucificado afirmou: "Não és tu o Cristo? salva-te a ti mesmo e a nós." A não aceitação da morte de Jesus, o Cristo é típica da incredulidade dos que não experimentaram o novo nascimento. Por não terem recebido a graça da revelação sobre a obra e natureza do Cristo, analisam os fatos à luz apenas de uma lógica humana ou forense. Veem a cruz apenas como um símbolo religioso e não como um caminho interior a ser seguido como o apóstolo Paulo em Gl. 2: 20.
De fato a decisão de redimir o homem da sua natureza pecaminosa é anterior à própria existência do mundo e do homem. É afirmado em Apocalipse que o Cordeiro de Deus foi imolado antes da fundação do mundo conforme Ap. 13:8 - "... esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." A forma de justificar o pecador foi decidida por Deus antes dos tempos eternos conforme II Tm. 1: 9 e 10 - "... mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos, e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho..." Os pecadores predestinados e eleitos foram incluídos na morte de Jesus, o Cristo antes que o mundo existisse e eles mesmos tivessem cometido qualquer pecado conforme Ef. 1: 4 e 5 - "... como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade ..."
Desta forma ficam claros alguns fatos: a) Deus quem determinou a morte de Jesus, o Cristo; b) Deus sabia que o homem haveria de pecar e providenciou o meio da redenção; c) Deus escreveu os nomes dos predestinados e eleitos no livro da vida do seu filho, antes dos tempos eternos; d) Deus resolveu redimir apenas alguns para adotá-los como filhos e não a todos os homens. Judeus e romanos foram apenas instrumentos no processo por força das suas naturezas pecaminosas e maléficas. Não foram eles que decidiram matar Jesus, pois nada pode acontecer no Universo sem que Deus autorize conforme palavras do próprio Jesus ao governador romano em Jo. 19:10 e 11 - "Disse-lhe, então, Pilatos: não me respondes? não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar? Respondeu-lhe Jesus: nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fora dado..." Uma coisa é a autoridade espiritual de Deus, outra é a autoridade moral humana condicionada ao pecado.
Desta forma ficam claros alguns fatos: a) Deus quem determinou a morte de Jesus, o Cristo; b) Deus sabia que o homem haveria de pecar e providenciou o meio da redenção; c) Deus escreveu os nomes dos predestinados e eleitos no livro da vida do seu filho, antes dos tempos eternos; d) Deus resolveu redimir apenas alguns para adotá-los como filhos e não a todos os homens. Judeus e romanos foram apenas instrumentos no processo por força das suas naturezas pecaminosas e maléficas. Não foram eles que decidiram matar Jesus, pois nada pode acontecer no Universo sem que Deus autorize conforme palavras do próprio Jesus ao governador romano em Jo. 19:10 e 11 - "Disse-lhe, então, Pilatos: não me respondes? não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar? Respondeu-lhe Jesus: nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fora dado..." Uma coisa é a autoridade espiritual de Deus, outra é a autoridade moral humana condicionada ao pecado.
A crucificação de Jesus, o Cristo foi profetizada séculos antes do seu nascimento conforme Sl. 22: 16 - "... traspassaram-me as mãos e os pés." O método romano de castigar era a crucificação, onde os pés e mãos eram pregados no madeiro da cruz com pregos compridos. O peso do corpo e a desidratação levavam o crucificado à morte em algumas horas. Todo o salmo vinte e dois é uma profecia que dá detalhes da morte de Jesus, o Cristo.
No local da crucificação foram levadas três pessoas: Jesus, o Cristo e dois malfeitores. Jesus, como se sabe, foi crucificado para expiar a culpa pecaminosa dos predestinados e eleitos, pois ele mesmo não havia cometido qualquer delito moral ou espiritual. Também, ali estavam dois homens apanhados em seus crimes e condenados. Estes representam a humanidade, pois todos são pecadores conforme Rm. 3:23 - "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Isto é confirmado em inúmeros textos escriturísticos, destacando-se Rm. 5: 12 - "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram." Esta é a chamada natureza adâmica ou natureza pecaminosa herdada de Adão. Por isso, Jesus é o último Adão, pois n'Ele a raça de Adão é terminada na cruz. O malfeitor que blasfemava e desafiava Jesus a descer da cruz salvar-se a si mesmo e a ele é o lado da humanidade que, além de possuir a natureza decaída e depravada, não se reconhece pecador e culpado. O outro malfeitor, ao contrário, ainda que também fosse portador da mesma natureza pecaminosa, reconheceu-a e suplicou o perdão, além de confessar Jesus, como Deus. Assim, fica evidente que, quem matou Jesus, foi o próprio Deus para oferecê-lo em expiação pelo pecado de muitos. Estes muitos são os que se reconhecem pecadores e confessam o seu estado pecaminoso. Recebem a graça para crer e, por isso, são feitos filhos de Deus por inclusão na morte de Jesus, o Cristo conforme Jo. 12:32 e 33.
Sola Scriptura!