Gn. 1:1 - "No princípio criou Deus os céus e a terra."
Estas poucas palavras em forma de sentença dão o tom e o diferencial entre verdade e mentira teológica. É uma sentença declarativa peremptória, não deixando espaço para quaisquer tergiversações. É uma afirmação literal e sem possibilidades de interpretação.
No princípio dos tempos, isto é, antes que houvesse qualquer coisa criada, Deus criou os céus e a Terra. Isto implica, por exclusão, que Ele é vida não criada. Desta forma, e por lógica simples, se vê que Deus é anterior a tudo o que foi criado. Então, Ele é vida não criada e todas as demais realidades foram criadas por Ele. A criação dos céus e da Terra não alterou em absolutamente nada a realidade não criada de Deus. Ele subsiste por toda a eternidade, independentemente de todas as coisas existentes e criados por Seu eterno poder. Caso Deus resolvesse dar fim a todas as coisas criadas, ainda assim, ele seria completo, absoluto, Justo e Soberano, bastando-se a si mesmo.
Hb. 11:3 - "Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê." A questão fundamental no entendimento da verdade é a fé, porque é da categoria do intangível. Na esfera da fé, ou se crê, ou não se crê. A fé não permite qualquer experiência empírica, sendo a sua experimentalidade a posteriori. Primeiramente se crê, para, depois ver os efeitos da fé. No senso comum, se dá o oposto, primeiramente se vê para, só então, crer. Então, os mundos criados apenas pela palavra de Deus são a soma de todas as coisas reais e possíveis naquilo que convencionalmente se chama de universo. Todas estas esplendentes realidades foram criadas apenas pela pronúncia da Palavra de Deus. Ele disse: "haja luz, e houve luz." Não defendeu uma tese, utilizando-se da física óptica ou mesmo quântica.
Na famigerada Teologia do Processo, a insanidade religiosa de raízes arminianas, tenta ingloriamente subjugar o próprio Criador à Sua criação, como se este fosse um inconsciente e insensato que depende dos processos desenvolvidos no universo para garantir a Sua continuidade. É a ideia que o universo contém e mantém Deus, e não d'Ele contendo e mantendo o universo por Ele mesmo criado antes de qualquer coisa vir à lume. Como soe acontece aos que lançam suas próprias luzes sobre si mesmos, tais teólogos, estão invertendo a verdade em mentira e seguindo as suas naturezas pecaminosas decaídas à revelia da verdade simples do evangelho. Estão produzindo outro evangelho segundo os homens, supostamente com base nas Escrituras. A vida auto-existente e imutável não pode ser refém da vida criada e mutável.
Ap. 4:11 - "Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas." Deus, não somente é o autor e consumador da vida, como também é o mantenedor de tudo o que criou pelo Seu eterno poder. Portanto, apenas Ele é digno de receber toda honra, glória e poder. Ele criou todas as coisas como quis e para o que quis e nada foge ao Seu controle, posto que é soberano. Neste sentido, até mesmo os conceitos de bem e de mal perdem-se no emaranhado das teorias religiosas humanas, porque tudo o que existe e acontece, estão debaixo do soberano controle de Deus. Logo, não é a criação relativizada que determina qualquer coisa ao Criador absoluto, mas Este que planejou e executou tudo, antes mesmo delas existirem conforme Is. 45:7 - "Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas." Vê-se que o que foi formado foi a luz, quanto as trevas foram criadas; igualmente, o mal foi criado, sendo usado como elemento disciplinador em relação aos pecadores. Este mal não é o mal moral, mas os males naturais que são utilizados para mostrar ao homem que ele não é nada. Todas as coisas foram feitas pela vontade de Deus, e nada Lhe escapa ao controle. A visão maniqueísta de que o bem é de Deus, e o mal é do Diabo provém da mente humana relativizada e escravizada pela religião de segunda mão. No controle de Deus, bem e mal perdem absolutamente o sentido moral atribuído pelo pecador. Tudo nas mãos de Deus é o bem, não importando o que os homens pensem ou façam.
A Teologia do Processo é mais um movimento do 'homus religio' em sua crise existencial e almática pelo falseamento da verdade. Por esta razão, Deus o entrega aos seus próprios caprichos a fim de lhe evidenciar o que é o pecado e a natureza pecaminosa conforme Rm.1:18 - "Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente."
Seja Deus engrandecido e adorado de eternidade em eternidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário