dezembro 14, 2008

O NATAL NÃO É UM EVENTO CRISTÃO III

Is. 9:1-9 – “Mas a terra, que foi angustiada, não será entenebrecida. Ele envileceu, nos primeiros tempos, a terra de Zebulom, e a terra de Naftali, mas nos últimos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Tu multiplicaste este povo, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros, e o cetro do seu opressor como no dia dos midianitas. Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue serão queimados, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” Aí está uma das mais contundentes promessas do nascimento de Jesus. O Cristo é originário justamente de uma região desprezada pelos líderes judeus, porque era rota comercial por onde passavam caravanas entre Oriente e Ocidente. A cultura da região não era muito ortodoxa devido ao comércio, costumes e a influência cultural dos ‘gentios’. Deus realmente age justamente onde menos se espera ou se acredita que Ele esteja. Por isso, Natanael perguntou: “poderá vir alguma coisa boa da Galiléia?” O homem parte sempre de muitos pressupostos, e, em muitos casos, de preconceitos por causa da carga cultural, emocional e dos condicionantes religiosos a que é submetido ao longo do tempo existencial.
Is. 7: 14 – “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.” É exatamente o que Jesus foi enquanto homem: um Deus habitando em um corpo de carne, fazendo-se homem sujeito às mesmas fraquezas e paixões dos homens. Entretanto, não incorreu em nenhum pecado. Por isso, pôde e ainda pode derrotar a morte e o inferno. Ressurgiu ao terceiro dia dando plena segurança a todo aquele que crê e recebe esta verdade, sendo incluído na morte e na ressurreição d'Ele. Emanuel é Deus conosco, para, depois ser Deus em nós. Agora Jesus deseja fazer morada no nascido de novo e quer se manifestar a ele conforme Jo. 14:21 "
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
"
Gl. 4:4“... na plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho”. No original é ‘pléroma tou kronou...’, isto é, na compleição do tempo, indica sequência de tempo decorrido até atingir um ponto predeterminado com vistas a uma medida prevista e calculada. Isto realmente concorda com as gerações que Deus preparou até o advento do Messias, do Nabi, do Shiloh, do Emanuel, do Rabi. Em Mt. 1:17 percebe-se claramente o ‘kronós’ de Deus no processo da regeneração [gr. paligenesia] do homem perdido. Veja que foram exatamente 14 gerações de Abraão até Davi, 14 gerações de Davi até a deportação para Babilônia, 14 gerações de Babilônia até Cristo. Pode-se falar em Protesmia de Deus, isto é, aquele ponto ou período na história no qual seria inserido o nascimento de Cristo, um intervalo de tempo para que Deus descesse na pessoa de seu Filho para buscar o que se havia perdido. Deus mergulha na escuridão deste mundo para resgatar o homem. Lembre-se da parábola das 100 ovelhas? Pois é, o pastor deixa as noventa e nove que estão em segurança para resgatar apenas uma que caíra no penhasco.
Ef. 1:10 – “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” Novamente se tem no original a palavra ‘pléromatos tôn kairôn’ indicando que Deus realmente planejou e decidiu para que seu Filho viesse ao mundo como homem em um plano predeterminado. Então Natal significa um mergulho de Deus nas trevas inferiores do mundo manchado pelo pecado [gr. hamartiós = erro do alvo por incredulidade] no homem. Jesus se fez mergulhar quando deixou a glória celestial para enfrentar a rebelião, a incompreensão, a violência e ignorância dos homens por amor e por fidelidade a sua própria palavra conforme Fl. 2:5-9. Porque o ‘Cordeiro de Deus já estava imolado desde antes da fundação do mundo’. Há, só no livro de Gênesis, cerca de 50 referências à vinda do Messias. Portanto, a graça está presente ao longo de toda a Bíblia como também ao longo de toda a história da humanidade. Por esta razão é que a salvação sempre foi e sempre será por meio de Cristo. Jesus é o Senhor do tempo e da história no sentido ‘kronós’, mas também é Senhor do tempo e da vida dos que nasceram de Deus no sentido do ‘kairós’. O primeiro quadrante da História aponta para a promessa; desde o mergulho do Senhor na pessoa de Jesus, o Cristo, surge a história da redenção que se vai completando à medida que Deus prepara uma nova aliança melhor e definitiva. Quando fala de remissão de pecados significa ‘comprar alguém’ e, ao que se sabe, compravam-se à época, escravos. Natal é, portanto, insubmissão, insurreição, ingratidão na relação homem-Deus, todavia na relação Deus-homem é amor, compaixão, misericórdia que gera redenção.
I Tm. 2:5 – “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem...” O texto mostra que é só um Deus e não uma infinidade de santos ou mesmo Maria como mediadores. Só Cristo realmente reabilita o homem, fazendo o ‘religatio’ perfeito e definitivo. Não é a religiosidade, a justiça própria e os esforços éticos, a santidade, a retidão, o temor e outras coisas mais. Com isto não se postula que se deve viver atolado nos atos pecaminosos, mas se está reconhecendo, que, quem faz a obra da redenção, regeneração e salvação é Cristo e apenas Ele. Portanto, é graça e não mérito! A maior parte dos crentes vive uma religião meritória e retórica e não a vida de Cristo neles. É óbvio que ninguém reconhece isso conscientemente. É necessário ter o corpo do pecado desfeito na cruz para reconhecer a verdade. A verdade não é do homem, está no homem nascido de Deus.

dezembro 13, 2008

O NATAL NÃO É UM EVENTO CRISTÃO II

Afim de elucidar o falseamento do Natal, enquanto evento tido como cristão, necessário é que se verifique a origem de diversos outros desvios fatais ao equilíbrio do homem, desde que fora feito até os dias de hoje. Tais desvios são realizados de modo sutil e gradativo, a fim de se obter os resultados desejados pelo arqui-inimigo da cruz.
Gn. 2:8 e 9 – “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente; e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista e boa para alimento e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Vê-se que Deus plantou um jardim, pôs nele o homem que havia formado; Deus fez brotar diversas plantas boas; todo o trabalho e esforço originou-se em Deus e não no homem. No meio do jardim foram colocadas: a ‘árvore da vida’ e a ‘árvore do conhecimento do bem e do mal’. Até aqui toda a iniciativa foi de Deus e não dos esforços humanos. Em nenhum contexto bíblico Ele exige rituais e atitudes místicas como meios de se produzir santidade ou espiritualidade no homem.
Gn 2:16 e 17 - “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: de toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do bem e do mal, não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Os ordenamentos de Deus, por mais duros e desagradáveis que pareçam, não devem ser questionados ou discutidos. Da ‘árvore da vida’ o homem podia comer, mas da “árvore do conhecimento do bem e do mal” não deveria comer. O inimigo levantou o questionamento perante a mulher acerca da ordem de Deus sobre a ‘árvore do conhecimento do bem e do mal’. Então, todo o mal que sobreveio à humanidade começou com um questionamento a uma ordem de Deus. O homem tornou-se um especialista em questionar ordens e desobedecê-las desde então.
Gn. 3:1 – “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” A serpente foi o primeiro médium  induziu a mulher ao erro por meio de meias verdades, ou de insinuações duvidosas. O princípio do erro sempre começa pela geração da dúvida, nunca pela negação ou afirmação absoluta. Deus havia dito apenas parte do que a serpente disse à mulher e também não havia uma entonação dúbia no que Ele dissera. O inimigo omitiu a parte que continha a proibição de Deus ao homem. Como apenas parte da resposta da mulher foi correta, criou-se, então, o meio termo que o Diabo queria, e, por isso, o inimigo partiu para uma segunda investida. Conclui-se que uma pregação pode ter diversos significados, dependendo de quem prega, como prega e por que prega. Também entendemos, que, o fato de alguém saber a verdade e até repeti-la aos outros, não o isenta de cair em erro. Tal saber poderá ser apenas uma questão de posição e não de relação. O que garante a imunidade do homem ante ao pecado é a morte na cruz em Cristo e a ressurreição juntamente com Ele.
Gn. 3:5 – “Então disse a serpente à mulher: é certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” Há muitos crentes que vivem por aí liberando poder, declarando a palavra, declarando isto ou aquilo em nome de Jesus, dando ordens a Deus. Todavia, quando confrontados com a real situação das suas naturezas pecaminosas são uma negação. Nada sabem de fato do que as Escrituras ensinam com clareza. O mesmo ocorreu à mulher na crise do Éden. Respondeu conforme informações recebidas de Adão e não de Deus, porém quando o Diabo “mostrou” a possibilidade de ela ser, como Deus, esqueceu-se rapidamente da ordem, ou da primeira pregação. É isto! Pequenas nuanças, pequenas coisas, pequenas modificações na verdade são capazes de provocar um enorme estrago. O Diabo
garantiu à Eva que ela e o seu marido não morreriam. Primeiro isto significa colocar Deus na condição de mentiroso e manipulador. Também coloca Deus na condição de egoísta, pois teria reservado só para si algo maravilhoso. Assim, nem o Diabo tinha autoridade para falar sobre estas questões, nem a mulher autorização para fazer diferente do que lhe havia sido repassado pelo marido. O homem, ainda hoje vive pelas possibilidades lógicas e psicológicas e não pelo poder de Deus. Vive pelas pregações enganosas e mentirosas e não pelas Escrituras. Aí está o “princípio da árvore do conhecimento do bem e do mal”. Vê-se cada vez mais o quanto se valoriza o intelecto nas pregações, enquanto o correto seria valorizar a fundamentação bíblica da pregação. Não importam apenas as citações da Bíblia, mas o ensino definido e respaldado por Deus. Pois, só se ensina aquilo que foi revelado por Deus em Sua Palavra. Pelas mesmas razões é que o natal não é um evento genuinamente cristão.
Gn. 3:6 a 8 – “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, perceberam que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” Viu, agradou, desejou, tomou, comeu e deu. Alguém disse que deveríamos ler a Bíblia pelos verbos. É mesmo, as verdades de Deus são comunicadas principalmente por meio dos verbos. Observe que a trama do pecado foi pelo paladar e pela flora. Por isso, dizem que o costume de agradar visitas com comida é uma herança do Éden. Veja que os piores produtos expostos nas lojas são os que têm os melhores invólucros. Precisam ser bonitos para despertar desejos no consumidor. Folhas de figueiras foram costuradas para cobrir o pecado, o homem e a mulher se esconderam no meio das plantas com medo de Deus. Nisto verificamos os primeiros esforços da religião do homem e não de Deus. Porque figueira? O figo não é fruto. É infrutescência, porque não é completo, isto é, não possui casca, mesocarpo e endocarpo. É oco, vazio por dentro. Este é o sentido daquilo que é vão ou vaidade. É o mesmo sentido de idolatria. Vazio, oco, sem consistência, sem substância. Além do mais, quando o homem costurou folhas para se cobrir, significa o seu próprio esforço em dar um jeitinho ao seu erro diante de Deus. É a lei do esforço ou da justiça própria. Observe que, quando a polícia prende um bandido, a primeira reação dele é encobrir o rosto com a camisa. Esconde o seu rosto diante dos seus erro a fim de preservar a imagem que tem de si e que deseja que os outros tenham sobre ele.
Gn. 3: 9-14 – “E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: onde estás? Ele respondeu: ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: a mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o Senhor Deus à mulher: que é isso que fizeste? Respondeu-lhe a mulher: a serpente me enganou, e eu, comi. Então, o Senhor Deus disse à serpente: visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.” Veja a sequência de culpa transferida: o homem culpou a mulher, esta culpou a serpente e, esta, como não tinha a quem culpar ficou quieta. O importante é que Deus sempre busca o homem, procura-o lhe dirigi a palavra e quer vê-lo. Todavia, o homem sempre se esconde de Deus, porque quer resolver-se por conta própria. Atualmente a forma mais comum de se esconder de Deus é através da religiosidade. O homem continua cosendo folhas de figueiras para apresentar sua religião de disfarces a Deus. É como os bailes de máscaras, todos sabem quem são todos, mas todos fingem não serem o que são.
Quando Deus procura o homem e o confronta entre a sua ordem e o que ele realmente está fazendo, este se apresenta com suas justiças próprias. Por isso a Igreja é um mero ajuntamento de pessoas contradizentes, fofoqueiras, maledicentes  sem amor e sem gratidão para com Deus. Por isso, há ‘muitos fracos, doentes e outros tantos que dormem’ conforme I Co. 11:29 e 30.
Gn.3:15-19 – Veja, nestes versículos, uma seqüência de maldições e juízos de Deus sobre o homem, a serpente e a terra. Uma coisa precisamos evidenciar: “...No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”. O labor e o trabalho difícil é fruto da maldição. Deus ordenou ao homem que administrasse a terra. Guarde bem isto, para entender algo mais adiante.
Gn. 3:21 – “Fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” Se Deus fez vestimentas de peles, algum animal teve de ser sacrificado. Aqui se vê o sacrifício de Cristo. Sangue foi derramado para o homem ter a sua consciência de imoralidade coberta. Indicando o sacrifício de Cristo na cruz pelo homem. Onde aparece árvores de natal? Na verdade o que reaproxima o homem decaído de Deus é o sangue sacrificial do Seu Unigênito Filho.
Gn. 3:22-24 – verificamos a expulsão do homem do jardim e o impedimento deste de ter acesso à ‘árvore da vida’. Isto era para evitar que o homem, agora pecador, comesse daquela árvore e passasse com o pecado para a eternidade. Isto demonstra a imensidão do amor de Deus ao impedir um mal maior ao homem.
Gn. 4:16 – “Retirou-se Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden.” Esta é a atitude do homem em rebelião contra Deus. Retira-se, foge de cara feia, afirma-se no seu próprio conceito de justiça e de verdade. Quase todas as vezes que um pregador fala acerca da verdade de Deus é isso que acontece dentro das igrejas. São tachados de radicais, antiquados, descontextualizados, heréticos, etc. Os legalistas e ritualistas sempre são reacionários diante da verdade bíblica, mas são totalmente abertos aos comportamentos puramente religiosos e do esforço próprio. Porque esta é uma teologia que os inclui com suas verdades próprias e com suas naturezas não regeneradas.

O NATAL NÃO É UM EVENTO CRISTÃO I

Mt. 2:1 e 2 – “Tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo”. Verificam-se algumas mentiras a respeito do modelo de natal que a falsa cristandade imbecilizada pela mídia e pela religião dominante toma por referência. Primeiramente, magos eram naquele tempo mágicos, ‘pseudo astrônomos’, astrólogos, naturalistas e pseudo-cientistas. Secundariamente, vieram do Oriente em função do brilho de algo no céu a que eles chamavam de estrela. Segundo o astrônomo Johannes Kepler, ocorreu uma conjunção entre Saturno e Júpiter por volta do século 7 a C, o que poderia ter causado brilho intenso por algum tempo. Quando se lê o texto de Gn. 1:14 – “Disse também Deus: haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.” Observa-se que entre as funções do Sol, da Lua e das Estrelas, uma delas é ‘para sinais’. Qualquer dicionário chulo diz que sinal é “tudo o que possibilita conhecer, reconhecer, adivinhar ou prever alguma coisa”. Desconsiderando tais significações dicionarescas e considerando apenas o sentido do texto no original hebraico tem-se que sinal é “marca, indício, vestígio”.
Jr. 10:3, “Assim diz o Senhor: não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus, porque com eles os gentios se atemorizam”. Percebe-se realmente a existência de correlação entre o sentido dos sinais e a inglória tentativa de o inimigo cultivar práticas de futurologia entre os homens. Desde tempos imemoriáveis que o homem olha para as estrelas buscando sinais. Em Lc 21:25 Jesus fala sobre ‘sinais e prodígios nos céus’, mas veja que a contrapartida é ‘angústia e perplexidade na terra...
Acrescenta-se ademais que a Bíblia não diz que tais magos eram três, muito menos diz os seus nomes, ou que eram reis como reza a tradição católica incorporada por muitos grupos ditos evangélicos. Só diz que eram magos, nem mais, nem menos. Pessoas movidas por seus próprios conceitos inventaram, ao longo do tempo, pequenas modificações sobre a verdade? Obviamente, se alguém ousar mudar muita coisa e de uma só vez, tal modificação será rejeitada. Este é o método de Satanás desde o Éden: pequenas modificações, algumas insinuações e meias verdades. É o mesmo processo da vacina: inoculam-se pequenas doses do DNA de um vírus desativado ou sob controle a fim de imunizar o corpo contra a ação do vírus vivo e ativo. O corpo produz antígenos contra o verdadeiro vírus.  Por semelhante modo, as meias verdades ou mentiras suaves, ensurdecem e imunizam a mente do homem contra a verdade plena.
As ofertas dos ditos magos eram formas de bajulação humanas típicas dos costumes da época. Não há nas Escrituras qualquer possibilidade de exegese acerca do significado do ouro, da mirra e do incenso. Tudo quanto se fala destes elementos químicos é pura especulação folclórica da cultura oriental incorporada pela cultura ocidental. É notório, ainda, que o resultado da visita daqueles mágicos causou muito mal e matança de crianças de dois anos para baixo, justamente porque foram buscar a opinião dos homens. Consultaram o rei Herodes e desviando-se do caminho que os levaria ao recém-nascido causaram imenso mal às crianças. Se, de fato, vieram por divina revelação, não haveria nenhuma necessidade de entrar na cidade para pedir informação alguma e a ninguém, pois a revelação de Deus é o bastante. Foram perguntar sobre um rei que havia nascido, suscitando assim, a ira do rei Herodes que não suportava a ideia de perder o seu trono. Por isso, ordenou a matança de todas as crianças inseridas naquela faixa de idade, segundo as informações dos magos. É tão evidente a intenção maligna por trás dos "inocentes" magos, que, percebendo a burrada que fizeram, desapareceram por outro caminho após ter visitado Jesus. Além do que, está implícito na oferta de ouro, incenso e mirra a ideia da religião do esforço próprio e de adoração por meio de obras mortas. Foi a primeira tentativa de corromper o cristianismo com coisas e não com a verdadeira adoração. Deus não se agradou da oferta de Caim, justamente porque era o resultado do suor do seu rosto, ou seja, do esforço próprio. O homem não pode oferecer nada a Deus a não ser a sua vida unida à de Cristo na cruz para que seja destruído o corpo do pecado conforme Rm. 6:6, e, mesmo assim, ele a oferece porque Deus lhe concede graça para isto. Como pode um ‘crente’ se levantar e armar presépios com “reis” magos, induzindo os seus filhos a adotar e aceitar uma cultura oriental que nada tem a ver com a verdade? Aí vêm estes pregadores da mentira e da dissimulação dentro das Igrejas, dando significação espiritual a algo que é puramente humano e diabólico. Isto é feito para engodar os incautos e enganar os que vivem por mera suposição de fé religiosa apenas. A questão não reside na árvore de natal enquanto um objeto, mas na sua origem e significação que em momento algum é cristã. Tudo isto faz parte do processo de cauterização das mentes.

dezembro 06, 2008

A OPERAÇÃO DO ERRO IV

Jo. 5:37 a 40 - "E o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma; e a sua palavra não permanece em vós; porque não credes naquele que ele enviou. Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; mas não quereis vir a mim para terdes vida!"
A operação do erro é enviada àqueles que não podem compreender o testemunho de Deus por meio de Cristo; aos que nunca ouvem a voz de Deus; aos que não veem com os olhos do espírito; aos que não permanecem na Palavra, ou antes ela não permanece neles. Tudo isto sucede a estes, porque não podem crer. Examinam as Escrituras por mero julgamento especulativo do que seja a vida eterna, entretanto, o querer deles não é inclinado para Deus, por isso, não vão a Cristo. Eles estão centrados na vida almática, ou seja, em suas próprias concepções do que seja a vida eterna e não n'Aquele, que, de fato, ela é. A vida eterna é definida escrituristicamente conforme Jo. 17:3 - "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste." A vida eterna não é apenas um estado do ser, mas é uma pessoa, a saber, Cristo.
A vida eterna é Cristo e não uma mera concepção, mas Ele mesmo é o doador e a doação da vida verdadeira, a qual é adquirida pelo conhecimento de Deus como único e verdadeiro e do Senhor Jesus, o Cristo, o qual Ele enviou para satisfazer a Sua justiça contra o pecado. Assim, a operação do erro é fruto da natureza pecaminosa que separa o homem de Deus e não em função da ação específica de um ou outro homem tido como demoníaco ou do mal como se presume comumente.
O princípio basilar da operação do erro está contido nas palavras de Cristo em Jo. 12: 43 a 48 - "Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele; mas por causa dos fariseus não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga; porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. Clamou Jesus, dizendo: quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a luz, vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo; pois eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia." O fulcro entre os que operam segundo o coração de Deus e os que operam segundo os seus próprios corações está no foco. Os que amam a Deus, porque foram por Ele amados primeiramente confessam isto sob quaisquer circunstâncias. Todavia, os que amam mais a glória dos homens não confessam, apenas declaram algum tipo de crença ou religião. Há enorme distância entre confessar e declarar: confessar é dizer com fé, declarar é apenas dizer sem a fé, posto que esta é dom de Deus e não uma virtude natural do homem.
Toda a origem da operação do erro está na natureza pecaminosa do homem decaído e absolutamente depravado. De modo, que, nestas condições, ele não tem nenhuma inclinação para Deus e o Seu Filho Unigênito. Têm-na apenas para declarações religiosas e místicas. Isto nada tem a ver com a verdade, que, aliás é o próprio Cristo segundo Jo. 14:6.