domingo, janeiro 17

DEUS AMOU O MUNDO II

Jo. 3: 16 a 19 - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E o julgamento é este: a luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más."
O substantivo masculino "mundo" tem inumeráveis significações, dependendo do sentido e do contexto em que aparece. No texto que abre esta instância possui significação relativa à raça humana. A humanidade está alienada de Deus e hostil à verdade do evangelho de Cristo. Não se pode confundir evangelho de Cristo com dogmas, ritos e preceitos ensinados e praticados por seitas e religiões
Não há qualquer forma de universalismo da salvação no ensino das Escrituras. É ensinado apenas que Deus amou o mundo e, portanto, resolveu prover um meio de salvação para redimir uma parcela da raça humana. A evidência desta verdade é que o texto diz: "... para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Então, "... todo aquele que nele crê..." não é qualquer um, e não são todos os homens. É um grupo específico de pessoas, onde cada um deste grupo crê em Cristo e recebe a luz. Observa-se que o verbo crer, do texto, está no presente contínuo e não no infinitivo. É apenas aquela pessoa que crê e continua crendo indefinidamente. Tal fato pode ser demonstrado com clareza por uma conclusão simples: se a salvação fosse para todos, logo, todos seriam salvos, pois Deus não pode ser contraditado pela vontade do homem. Seus desígnios não podem ser frustrados pelo homem, ou por qualquer outra coisa.
O leitor que não tem revelação espiritual se confunde com o jogo de palavras e, como consequência disto, cria uma teologia esdrúxula. O texto diz: "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." O ensino é que Cristo não veio a primeira vez para estabelecer juízos contra o mundo, mas para salvá-lo. Neste ponto, alguns imaginam que não julgar o mundo e salvá-lo significaria que todos fossem salvos. No entanto, a sequência do texto entra em outro nível de especificidade: "quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado." Assim, o que não é julgado é a parcela do mundo que crê e não o mundo todo. Portanto, tal grupo é denominado de mundo redimido. De fato, Cristo não veio para julgar o mundo, porque tal julgamento já havia sido feito antes dos tempos eternos. O julgamento foi estabelecido por causa da incredulidade, a saber, o pecado original conforme o próprio texto esclarece: "... porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus." Sabe-se que todo homem é incrédulo por natureza, antes que por atitudes e atos morais. Os atos morais seguem a natureza do homem e não o contrário. O julgamento do mundo fica estabelecido no texto pelas seguintes assertivas: "E o julgamento é este: a luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más." A luz a que alude o texto é Cristo encarnado na pessoa histórica de Jesus. Os homens amaram primeiramente as trevas e não a luz de Cristo, a saber, o conhecimento da verdade. A razão do amor dos homens às trevas é que suas naturezas são más, consequentemente, seus atos também o são. Os efeitos são aquilo que a fonte é!
Portanto, a doutrina diabólica do universalismo ganha espaço apenas em religiões desenvolvidas pelos próprios homens que não podem crer. Estas religiões são subterfúgios para aliviar a dor da alma perdida. O mundo a que Cristo veio redimir é um grande grupo conforme Jo. 12:19 - "De sorte que os fariseus disseram entre si: vedes que nada aproveitais? eis que o mundo inteiro vai após ele." Os fariseus, uma espécie de partido político-religioso identificou como "o mundo inteiro", todos aqueles que buscavam Jesus, o Cristo e criam nele. Isto incluía, tanto judeus, como estrangeiros conforme a sequência do texto citado acima. Portanto, traz sentido de um grande número de pessoas e não o mundo como totalidade de pessoas.
Um dos maiores empecilhos para alguns ter as escamas dos olhos retiradas é o aliciamento por parte das religiões. É recorrente o fato de algumas pessoas reagirem contra o ensino da verdade, quando confrontadas. Isto ocorre porque nos cursilhos e catecismos de suas crendices lhes é imposto que, qualquer ensino que fuja ao que sua religião os ensinam é mera interpretação de quem nada sabe. O inusitado, nesse caso, é que os tais religiosos seguem, exatamente, interpretações impostas por seus superiores. Neste sentido repetem os mesmos erros de milhares de anos, a saber, só seus líderes detêm o monopólio da verdade. Os "fiéis" seguem as interpretações do líderes, cegamente, sem lhes confrontar nas Escrituras. Neste caso, cumpre-se o que Jesus, o Cristo ensina: "cegos, guiando cegos."
Sola Scriptura!

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