terça-feira, maio 10

O PECADO, OS PECADOS, E O PECADOR XVII

Sl. 32: 1 a 6 - "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniquidade, e em cujo espírito não há dolo. Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Pelo que todo aquele que é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão."
A transgressão é um ato pecaminoso resultante da natureza pecaminosa comum a todos os homens. Transgredir é ultrapassar os limites do estabelecido pela regra, preceito, norma, lei seja moral ou espiritual. Quando o pecado é coberto pelo sangue justificador de Cristo, automaticamente a transgressão é perdoada e tratada pela disciplina de Deus. A iniquidade é a falta ou ausência de equidade, ou de equilíbrio. Quando há a justificação em Cristo, a iniquidade é perdoada, ou seja, não é mais atribuída como culpa do pecado. Por esta razão, o regenerado, não possui mais o dolo espiritual, a saber, a culpa do pecado perante a face de Deus. Por esta razão é que Paulo afirma em Rm. 5:1 e 2 - "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus." Esta verdade é apropriada pela fé, pois o pecador não possui mérito e, muito menos, justiça própria para se apoderar dela. É por meio de Jesus, o Cristo que ganhamos a pacificação com Deus, pois o pecado que havia criou uma inimizade espiritual entre a criatura e o Criador. A justificação da culpa do pecado também dá ao regenerado, o acesso à graça, a qual permite reter e manter a esperança na glória de Deus.
Enquanto o pecador não confessa o seu pecado e não se declara injusto, a mão de Deus pesa sobre ele, porque "... pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça." - Rm. 1:18. Foi o que acontece a Jacó no vau de Jaboque, quando lutava com o anjo de Deus. Enquanto Jacó não disse o seu nome, que significa suplantador, o anjo não lhe deixou ir. O Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, para que este se reconheça injusto e, assim, declare o seu estado pecaminoso e reconheça a perfeita justiça de Deus executada contra a injustiça do pecado por meio da morte de Cristo que o incluiu para que perca a sua natureza pecaminosa conforme Rm. 6:6 - "...sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado."
Então, o processo da vivificação para Deus é executado pela graça por meio da fé, o pecador confessa o seu pecado e as suas iniquidades, Ele, o justifica incluindo-o na morte de Cristo, dando-lhe a vida eterna na ressurreição d'Este. O que passa disso é pura religião barata e humanista que pretende estabelecer o paraíso na Terra com o pecado, porém sem Cristo e sem a cruz.
Sola Fidei!

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