Fl. 4: 6 e 7 - "Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus."
Ex. 7: 10 a 12 - "Então Moisés e Arão foram ter com Faraó, e fizeram assim como o Senhor ordenara. Arão lançou a sua vara diante de Faraó e diante dos seus servos, e ela se tornou em serpente. Faraó também mandou vir os sábios e encantadores; e eles, os magos do Egito, também fizeram o mesmo com os seus encantamentos. Pois cada um deles lançou a sua vara, e elas se tornaram em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles."
Ex. 7: 10 a 12 - "Então Moisés e Arão foram ter com Faraó, e fizeram assim como o Senhor ordenara. Arão lançou a sua vara diante de Faraó e diante dos seus servos, e ela se tornou em serpente. Faraó também mandou vir os sábios e encantadores; e eles, os magos do Egito, também fizeram o mesmo com os seus encantamentos. Pois cada um deles lançou a sua vara, e elas se tornaram em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles."
Orar é, biblicamente, uma conversa sincera entre duas pessoas, ainda que uma delas esteja invisível. No sentido escriturístico orar é o ato pelo qual o homem se dirige a Deus em palavras, sejam audíveis, sejam silenciosas. Há diferentes prescrições sobre o modo de orar nas Escrituras, entretanto, a exigência é que seja ela inspirada e apresentada pelo Espírito Santo, visto que ninguém sabe orar como convém conforme Rm. 8:26 - "Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis." De fato o homem ora, mas quem dá a tradução espiritual diante do trono de Deus é o Espírito d'Ele. O verdadeiro nascido de Deus ora, não para enrolar ou vencer Deus pelo cansaço, mas até que o Espírito Santo mostre o que é melhor, ou qual seja a decisão de Deus sobre o assunto. O regenerado ora, não porque tenha direitos ou créditos, mas porque Deus o ouve por meio de Cristo, porém não há nenhuma garantia que será atendido do modo que deseja ser. Acrescenta-se ainda, que, todas as orações são respondidas por Deus, seja com um 'sim', seja com um 'não'. A questão é que o religioso, não crê na Palavra de Deus, e só entende como resposta aquela que lhe seja conveniente.
Encantamento é um substantivo masculino que significa: "efeito sobrenatural dos supostos poderes mágicos; feitiço, sortilégio". Figurativamente, encantar significa encanto, enlevo, sedução. Na sinonímia, encantar significa atração, fascínio, sedução, fascinação. Este é o processo dos encantadores de serpentes: exercer fascínio atrair, seduzir, enfeitiçar serpentes por meio de músicas, palavras e movimentos. Por isso, registra-se em Ec. 10:11 - "Se a cobra morder antes de estar encantada, não há vantagem no encantador." Nestes sentidos há muitos encantadores hoje nas religiões predominantes e dominantes. Obtêm resultados, não porque Deus os ouve, mas por força dos poderes latentes da alma. São, de fato, encantadores de si mesmos!
Há no universo três categorias de espíritos os quais permitem contatos sobrenaturais: o Espírito Santo de Deus, o espírito de Satanás e seus anjos caídos, e o espírito colocado no homem. O espírito do homem pode se comunicar com qualquer um dos espíritos, dependendo da sua situação: se é vivificado ou se é 'morto'. O espírito do homem resulta do sopro divino, mas encontra-se separado ou morto para Deus por causa da natureza pecaminosa. Ele é vivificado por meio do nascimento do alto, e, portanto, torna-se reconciliado com Deus novamente. Quando o homem expira a sua vida terrena, o seu espírito volta a Deus de onde veio conforme Ec. 12:7 - "... e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu." A carne, ou seja, a dimensão física é apenas matéria perecível e se deteriora quando retorna ao pó da terra. A carnalidade, a saber, a carga almática contaminada pela natureza pecaminosa não se comunica com o Espírito Santo, e luta constantemente contra o espírito do homem conforme Gl. 5:17 - "Porque a carne luta contra o espírito, e o espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis." A palavra grega neotestamentária para carne neste texto é 'sarks', ou seja, é o corpo físico com toda a sua carga de desejos almáticos. São as inclinações e necessidades do corpo controladas pela alma. Tal palavra na língua original, o grego koinê, é diferente de 'soma', pois enquanto esta se refere apenas ao corpo físico e suas funções fisiológicas, aquela se refere ao resto da natureza não regenerada e que ainda opera no nascido de Deus. Esta operação só cessará com a morte física. Na ressurreição final, o corpo glorificado não sofrerá mais a influência da carne e suas contingências almáticas.
A carne ou a carnalidade representam a inteira natureza do homem, a sua sensibilidade e razão, porém sem o Espírito Santo. É o conjunto formado pelo espírito separado de Deus, a alma, o corpo físico e o coração que é a sede das emoções, volições e desejos. É exatamente neste ponto em que muitos praticam encantamentos imaginando que estão orando e em comunhão com Deus. Na verdade, estão tendo apenas manifestações dos poderes latentes da alma. É o que o apóstolo Paulo chama de sensualidade, a qual, muitos imaginam se referir às questões sexuais, porém, nada a ver. O fato de alguém pertencer a uma ou outra religião não lhe garante o dom do Espírito Santo como recompensa. Sem o nascimento do alto, não há o selo do Espírito Santo, consequentemente não há comunhão verdadeira.
É precisamente neste conflito entre espírito do homem e a carne que muitos religiosos tropeçam. Julgam que as emoções, a sensualidade e as experiências sensoriais são relacionados ao Espírito de Deus. Muitos praticam atos puramente humanos, e por vezes, puramente diabólicos imaginando que são dons espirituais. De fato, muitos "crentes" praticam pura feitiçaria, presumindo que sejam milagres divinos. Há no seio de algumas igrejas institucionais uma forte tendência à divinização dos frutos da alma, gerando adoração ao homem e não a Deus. O texto que cita os atos dos magos de Faraó, demonstra que as suas almas se uniram ao espírito maligno para realizar as mesmas maravilhas operadas por Moisés e Arão que estavam sob as ordens de Deus. É impressionante que Deus tenha permitido tais operações para mostrar que é possível ao mal operar milagres e maravilhas também. Entretanto, o que conta é a origem das operações, e não as suas consequências. Verificou-se, naquele episódio, que a serpente transformada pela operação de Deus engoliu as serpentes transformadas pela operação almática dos magos. Isto aconteceu para que fique claro, que, o que conta é quem é o detentor do verdadeiro poder. Os religiosos olham para os resultados, Deus vê a origem!
Muitos religiosos, especialmente, aqueles que pertencem a determinados grupos de cunho carismático e pentecostal agem da seguinte maneira: se a operação de milagre é realizada por alguém que não é da religião deles, é diabólica. Entretanto, se é realizada por alguém a quem consideram portador de dons espirituais, é divina. Neste sentido classificam as operações em: 'macumba' quando atribuem ao praticante uma origem diabólica; e 'boacumba' quando o praticante pertence ao grupo ao qual aceitam. Todavia, em muitos casos, a origem de tais operações é a mesma, a saber, a alma do homem controlada pelo Diabo. Assim, muitos vivem à cata de milagreiros, curandeiros, profetas, resolvedores de problemas e dramas, sem saber que estão entregues a uma prática abominável aos olhos de Deus. Tudo o que não procede da graça mediante a fé é anátema aos olhos de Deus. Ainda que os resultados destas operações almáticas sejam bons ao homem, na esfera espiritual, não possuem valor algum.
Portanto, verifique tudo à luz das Escrituras! Não se deixe enganar, não se engane, e não engane a ninguém, pois muitos homens maus e dissolutos se introduzem no seio da cristandade para prestar serviço ao Diabo. São pessoas muito humanas, corretas, e praticantes de boas obras do ponto de vista humanista, mas não estão autorizadas por Deus conforme Jr. 23:21, 25 e 26, 30 e 31 - "Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei a eles, todavia eles profetizaram.Tenho ouvido o que dizem esses profetas que profetizam mentiras em meu nome, dizendo: sonhei, sonhei. Até quando se achará isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que profetizam do engano do seu próprio coração? Portanto, eis que eu sou contra os profetas, diz o Senhor, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu próximo. Eis que eu sou contra os profetas, diz o Senhor, que usam de sua própria linguagem, e dizem: ele disse." O povo chamado "crente", geralmente, imagina que pessoas a serviço de Satanás são más exteriormente, todavia desconhecem que, quem exalta o homem em sua natureza pecaminosa é o Diabo. Portanto, de certa forma, ele faz o que agrada ao homem para que este permaneça iludido e com sua natureza pecaminosa inoculada. Deus, ao contrário, humilha o pecador para mostrar-lhe o que de fato é o pecado.
I Sm. 15:23 - "Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e a obstinação é como a iniquidade de idolatria." A rebelião a que alude o texto é o ato de buscar os encantamentos, as feitiçarias, os misticismos, as adivinhações, sortilégios, predições, enlevos sobrenaturais, ao invés de crer nas Escrituras como palavra de Deus. A maioria têm a Bíblia apenas como manual de religião de onde tiram receitas e mantras para aliviar suas dores e saciar seus desejos de fama, sucesso e vitória. Aceitam apenas o que lhes é favorável, mas rejeitam o que lhes é por disciplina e correção espiritual. É este o sentido de obstinação e de iniquidade e idolatria a que alude o texto de Samuel acima.
Sola Scriptura!