sábado, maio 12

QUANDO DEUS SE CANSA DO CULTO

Is. 1: 11 a 15 - "De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembleias não posso suportar a iniquidade e o ajuntamento solene! As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias de sangue."
Culto é um substantivo masculino derivado do verbo cultuar. A significação do vocábulo 'culto', relativamente à teologia, é prestar homenagem de caráter religioso ao que o homem considera divino. Ou ainda, conjunto de atitudes e ritos pelos quais se adora uma divindade. Trata-se, portanto, de ato litúrgico praticado por pessoas religiosas àquilo ou àquele a quem consideram como divindade. 
Portanto, até o culto a Deus pode ser falso ou verdadeiro, visto que, caso o objeto da adoração seja algo ou alguém que não é Deus, logo, é apenas uma manifestação humana e falsa. Adora-se apenas a Deus! Isto é doutrinado em Ap. 22: 8 e 9 - "Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar. Mas ele me disse: olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus." Vê-se que os próprios anjos fiéis a Deus, não aceitam adoração para si mesmos. 
O texto que abre este estudo demonstra a insatisfação de Deus com os atos litúrgicos dos israelitas. Sacrificavam e queimavam incenso a Deus, ajuntavam-se em solenidades, ofereciam sacrifícios de animais e compareciam nos átrios do templo para adorá-lo, entretanto, ele afirma que não havia requerido isto deles. A razão da rejeição ao culto está no próprio texto, a saber, 'as ofertas do povo eram vãs.' Isto significa que os atos litúrgicos eram desprovidos de significação para os próprios adoradores. As prescrições de sacrifícios e ofertas, no livro de Levíticos, eram símbolos ou imagens de bens futuros. Pois, tais ritos apontavam para o sacrifício supremo e último de Jesus, o Cristo com vistas à redenção dos pecadores eleitos. Entretanto, o povo apresentava seus sacrifícios e ofertas por interesses de barganhas com Deus. Ofereciam para receber bênçãos materiais e não por crer na promessa de redenção espiritual por meio do Filho Unigênito de Deus. É este o sentido de vaidade das ofertas do povo em seus cultos, meramente, religiosos. Portanto, dá-se o mesmo na atualidade!
Deus afirma que o ajuntamento solene do povo para cultuar era insuportável, porque os ofertantes tinham suas mãos sujas de sangue. Ocultavam os seus crimes e pecados, ofertando, orando, cantando e levantando as mãos contaminadas. Deus não pactua com a natureza pecaminosa no homem; Deus não recebe adoração e culto contaminados pela iniquidade; Deus vê o pecador eleito apenas por meio do seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos. Para isso, o homem precisa receber a graça para experimentar o novo nascimento nos moldes de Jo. 3: 3, 5 e 6 - "Respondeu-lhe Jesus: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Jesus respondeu: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."
Esta mesma realidade ocorre nos dias de hoje nas igrejas institucionais e nominais. Os cultos são enfadonhos, porque os cultuadores não conhecem a Deus, porque não reconhecem seu Filho Jesus, o Cristo como Deus. Cultuam por tradição religiosa, para serem aceitos socialmente, para fazer terapia de grupo aos domingos, para barganhar bênçãos e por presunção de fé. Fazem e praticam aquilo que não lhes foi requerido. Vão correndo realizar obras para as quais não foram designados. Isto é mostrado claramente em Jr. 23:21 - "Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei a eles, todavia eles profetizaram."
É Cristo quem torna o pecador eleito e regenerado apresentável diante de Deus conforme Cl. 1:22 - "...agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis..."
Sola Gratia!

2 comentários:

Dimas Márcio disse...

Maravilhoso texto, professor! Descreve a realidade lamentável de muitos "cristãos".
Gostaria de entrar em contato com o senhor. Se possível, me mande um email (dimaspistols@gmail.com) ou uma solicitação de amizade no Facebook (Dimas Márcio). Obrigado pela atenção e pelo texto. Um abraço!

MENDIGO ENTRE MENDIGOS disse...

Desculpe-me Dimas, vi este seu comentário apenas hoje quando resolvi postar o estudo no facebook. De qualquer forma já faz parte da minha time line. Abraço.