terça-feira, dezembro 27

FALSOS MESTRES SEMPRE EXISTIRAM E CONTINUARÃO EXISTINDO

II Pd. 2: 1 a 3 - "Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita."
Atualmente se veem quase todos os dias acusações, críticas e, por vezes, juízos de valor sobre as vidas de alguns pregadores. São eles acusados de serem falsos profetas e falsos mestres, além de doutrinariamente heréticos e gananciosos. A maior parte dos críticos são religiosos que se apoiam em seus sistemas de crenças, ou em valores morais para julgá-los. A internet está cheia de posts, vídeos e textos críticos sobre diversos líderes, pastores, igrejas e movimentos. Raramente se vê alguém utilizando o espaço virtual para anunciar o evangelho da graça e da misericórdia de Deus em Cristo. Se tais pregadores estão errados ou são mesmo falsos mestres, o ideal é espalhar o verdadeiro evangelho para, pelo menos, anular uma parte dos efeitos deletérios deles sobre o povo. Isto porque eles continuarão existindo até o retorno do Grande Rei. Por mais estranho que pareça é até necessário que hajam tais falsos mestres e heresias para que fique evidente os que são verdadeiros e fieis conforme I Co. 11:19 - "E até importa que haja entre vós heresias, para que os aprovados se tornem manifestos entre vós."
Um mestre se define, enquanto substantivo, como o indivíduo que ensina, porque atingiu elevado nível de saber e conhecimento. Enquanto adjetivo, o mestre é aquele que se destaca como o mais importante, fundamental ou principal em uma ordem ou sistema de conhecimento e prática. Em sentido bíblico, o mestre é aquele que, por ter sido regenerado e provado na fé que recebeu por graça, pode transmitir a verdade vivenciada a outros. Neste caso, tanto transmite o evangelho da cruz aos que ainda não nasceram de novo, como ensina o caminho da cruz aos regenerados para crescimento mútuo. 
 At. 13: 1 a 11 - "Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo. Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram. Estes, pois, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus, e tinham a João como auxiliar. Havendo atravessado a ilha toda até Pafos, acharam um certo mago, falso profeta, judeu, chamado Bar-Jesus, que estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem sensato. Este chamou a Barnabé e Saulo e mostrou desejo de ouvir a palavra de Deus. Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando desviar a fé do procônsul. Todavia Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos nele, disse: ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do Senhor? Agora eis a mão do Senhor sobre ti, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. Imediatamente caiu sobre ele uma névoa e trevas e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão." Então, na Igreja de Antioquia haviam profetas e mestres. Estes ministravam perante o Senhor e jejuavam e oravam. Alguns foram enviados pelo Espírito Santo a anunciar o evangelho. Deus colocou diante deles um homem desejoso de ouvir a verdade, mas o Diabo também colocou um mago e encantador para desvirtuá-lo. Elimas, o encantador, procurava desviar a fé do procônsul romano. Paulo, então, usando da autoridade a ele conferida, o olhou fixamente e lhe disse que era filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça. Paulo lhe decretou a sentença: ficarás cego, sem ver o Sol por algum tempo. Imediatamente o incrédulo ficou cego.  Hoje, ao contrário, há milhares que defendem e até chegam às raias da agressão para proteger estes encantadores de bodes.
I Tm. 6: 3 a 5 - "Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas, disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro." Uma das características mais evidentes dos falsos mestres é o ensino contrário ao das Escrituras. A não conformidade com as sãs palavras de Cristo é a exteriorização da natureza pecaminosa não regenerada. A doutrina que procede do evangelho de Jesus, o Cristo é sempre e invariavelmente segundo a piedade. A piedade se define como uma virtude recebida pela regeneração, a qual leva o novo nascido a glorificar apenas a Cristo, se inclinar para as boas obras por Deus preparadas de antemão para que os eleitos andassem nelas. Todas estas práticas não são nativas do homem, mas resultam da ação da Graça de Deus em seus eleitos e regenerados.
Jd. 8 a 11 - "Contudo, semelhantemente também estes falsos mestres, sonhando, contaminam a sua carne, rejeitam toda autoridade e blasfemam das dignidades. Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, blasfemam de tudo o que não entendem; e, naquilo que compreendem de modo natural, como os seres irracionais, mesmo nisso se corrompem. Ai deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré." Outro aspecto dos falsos mestres dentro da Igreja é que são apenas sonhadores. O sentido de sonhador no texto bíblico é aquela pessoa que transforma os seus desejos como se fossem ordenamentos divinos. Transferem seus desejos e taras como se fossem de Deus para que os seguidores os aprovem como grandes virtuoses na Terra. Entretanto, quando são colocados debaixo da autoridade rejeitam veementemente e começam o programa da difamação, disputa, acusação e julgamentos sobre os verdadeiros mestres. O apóstolo Judas está comparando tais falsos mestres aos anjos caídos por semelhança dos seus atos. Mostra ainda que, o arcanjo Miguel, estando debaixo da autoridade de Deus, não ousou pronunciar qualquer juízo contra Satanás. O falso sempre se rebela quando é colocado em cheque. O verdadeiro sempre reconhece que a autoridade é de Deus. Os falsos mestres têm apenas compreensão natural da verdade, a  saber, entendem apenas intelectualmente. Não possuem revelação que do alto vem. Por isso, agem irracionalmente quando confrontados com a verdade espiritual. Abraçam o erro de Balaão que, impedido por Deus aconselhou Balaque a fazer o mal a Israel por amor ao dinheiro. Trilham o caminho de Caim que matou seu irmão por ter sido rejeitado por Deus. E, finalmente, perecem na rebelião de Coré, ou seja, recebem o justo juízo de Deus.
Sola Gratia!

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