segunda-feira, janeiro 18

DEUS AMOU O MUNDO III

Jo. 3: 16 a 19 - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E o julgamento é este: a luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más."
As Escrituras tratam de uma única pessoa do início ao fim, seja por tipologia, seja por simbologia. A pessoa referenciada no texto sagrado é Cristo e somente ele. Por meio de figuras e revelações, os profetas do velho testamento predicavam o advento de Cristo para a redenção do mundo decaído. Por esta razão o velho testamento é chamado de "Velha Aliança" ou "Antigo Pacto" e o novo testamento é chamado de "Nova Aliança" ou "Novo Pacto." Na "Velha Aliança" apontava-se para o Messias, Salvador ou Redentor, enquanto na "Nova Aliança", o Cristo concretiza o plano de Deus. No "Velho Pacto", a Lei e os Profetas eram como o ponteiro da bússola, apontando sempre para o norte magnético, a saber, para Cristo. No "Novo Pacto", o Cristo está presente e mostra a Graça e a Misericórdia de Deus, como único norte possível ao pecador.
Uma das figuras mais reveladoras que a salvação é restrita a um número específico de pessoas, e não universal, é a arca de Noé. Quando Deus resolveu purificar a Terra e destruir os homens por meio da água, ordenou a Noé que construísse uma arca e nela colocasse, de cada espécie, um casal de animais. Fora ordenado a Noé que pregasse o juízo, por meio do dilúvio, aos homens por um espaço de 120 anos. Ao final, quando a arca ficou pronta, foi autorizado que apenas Noé e mais sete pessoas, filhos, genros e noras, entrassem na arca e selassem as portas. Então veio o dilúvio e destruiu a todos os demais homens, animais e plantas. Os habitantes da Terra, debocharam de Noé, porque este anunciava algo desconhecido por eles, a saber, a chuva. Até aquele tempo ainda não havia chovido sobre a Terra. O que acontecia era apenas um vapor que subia durante o dia e caía durante a noite em forma de orvalho. Então, por não conhecerem a chuva, não deram crédito à pregação de Noé, até que começou a chover e matou a todos. Assim é o homem decaído ainda hoje: não crê naquilo que não se pode ver e tocar. A arca é a figura do corpo de Cristo, no qual os pecadores eleitos e predestinados foram incluídos antes da fundação do mundo conforme Ef. 1:4 - "... como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor." As oito almas que entraram na arca representavam o mundo redimido, ou seja, o grupo de pessoas pelas quais Cristo morreu. Os animais representavam as demais coisas a serem redimidas. Vê-se, portanto, que, tudo quanto possui alma é redimido pelo sangue de Cristo. Não há outros caminhos para a redenção eterna! A mentira dos diversos caminhos é mantida por Satanás para enganar os cegos e alimentar seus pecados de incredulidade em Cristo. O homem decaído substitui a fé de Cristo pela fé em si mesmo.
Tudo o que não é regenerado e salvo pela inclusão no corpo de Cristo na cruz, o será pela purificação pelo fogo. Hb. 9:22 - "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Desta forma, é pelo sangue de Jesus, o Cristo vertido na cruz que ocorre a purificação do mundo contaminado pelo pecado. O que não for purificado pelo sangue d'Ele, o será pelo fogo conforme Zc. 13:9 - "E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro.
Deus também amou o mundo no sentido do planeta Terra e tudo o que nela há. O modo de tal purificação é indicada em Nm. 31:22 e 23 - "... o ouro, a prata, o bronze, o ferro, o estanho, o chumbo, tudo o que pode resistir ao fogo, fá-lo-eis passar pelo fogo, e ficará limpo; todavia será purificado com a água de purificação; e tudo o que não pode resistir ao fogo, fá-lo-eis passar pela água." O fogo, em termos bíblicos, sempre representa juízo de Deus para purificação das coisas. Na ignorância e cegueira espiritual muitos religiosos clamam pelo fogo de Deus em suas crendices místicas. Não sabem que estão clamando por juízos e não por poder espiritual. A água, em termos bíblicos, sempre representa a palavra de Deus. É pela pregação das Escrituras que o homem é despertado para a fé verdadeira conforme Jo. 15:3 - "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado." Por isto, é doutrinado pelo apóstolo Paulo que a fé vem pelo ouvir conforme Rm. 10:17 - "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo."
A redenção executada por Deus, por meio de Cristo, envolve a criação como um todo, porque o mundo inteiro caiu sob o domínio do Diabo, por causa do pecado conforme I Jo. 5:19 - "Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno." Por isto, todos os seres que possuem alma são redimidos pela inclusão na morte de Cristo e na sua consequente ressurreição. As coisas inanimadas são igualmente redimidas pela morte de Cristo, porém, se purificarão pelo fogo na restauração final. Ao final, Deus entregará ao seu Filho Unigênito e Primogênito dentre os mortos todo o Universo. Até mesmo os condenados eternamente estarão sob o seu governo, ainda que sofrerão a pena eterna no lago de fogo e enxofre conforme Ap. 20: 9 a 15 - "E subiram sobre a largura da Terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade querida; mas desceu fogo do céu, e os devorou; e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos. E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a Terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo."
Ora, então, Maranata!

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