domingo, dezembro 13

A FÉ É O FIRME FUNDAMENTO E A CERTEZA NO INVISÍVEL II

Hb. 11: 1 - "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem."
A palavra fé na nossa língua vernacular é formada por duas letras apenas. Entretanto, expressa o poder de Deus que faz homens andar sobre as águas, cegos de nascença ver, aleijados andar, mortos ressuscitarem e pecadores serem regenerados. É fundamental a quem aspira ganhar a fé desconstruir tudo o que foi inoculado na mente por crenças e religiões. Deve-se pedir a fé de Deus e não a fé em Deus. Tal fé é despertada por meio das Escrituras e não por bom comportamento ou méritos. Portanto, a fé não é um exercício mental em que alguém emprega enorme energia para obter algum resultado. A fé não exige um exercício psicológico para forçar a imagem daquilo que se almeja que aconteça, isto é meditação e não fé. A fé não se expressa por meio de rituais e práticas místicas a fim de forçar uma resposta favorável aos dramas e queixas do homem, isto é crendice. 
Muitos esperam que, por oferecer sacrifícios como tributo de fé, Deus lhes recompense. Outros esperam comover o coração de Deus a lhes ser favorável, porque exercitam a caridade para com os necessitados. Nenhuma destas atitudes estão dentro da esfera da fé verdadeira. Tais atitudes devem ser encaradas como o dever moral de qualquer pessoa. Por vezes são apenas expressões de crenças e tentativas de barganhar com Deus algum benefício. A fé humana assemelha-se ao placebo que o médico receita ao paciente, porque sabe que ele não tem qualquer mal físico. Após tomar o placebo, o paciente se sente melhor, porque precisava de algo para justificar sua necessidade psicológica. A maior parte dos males do homem são, primeiramente, de caráter psicológico ou almático. É a alma que está impregnada de pecado e os resultados acabam por refletir no corpo.
I Jo. 5: 4 e 5 - "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" A fé como dom de Deus é concedida apenas aos nascidos d'Ele. A vitória sobre o mundo e seu sistema iníquo só é possível pela fé, implicando em manter-se íntegro no mundo sem ser arrastado por ele. Tal fé é definida no texto acima como o dom de crer que Jesus, o Cristo é o Filho de Deus. Nem mais, nem menos! Muitos supõem crer apenas porque pertencem a um sistema de crença. Outros assumem que creem apenas porque praticam ritos, cumprem preceitos e realizam obras de justiça própria. Todavia, crer que Jesus, o Cristo é o Filho de Deus é algo operado e operacionalizado pelo Espírito Santo. Tal operação se dá por meio da pregação do evangelho conforme Rm. 10: 16 e 17 - "Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo." Escutar o evangelho apenas como uma peça de retórica não é o mesmo que ouvir o evangelho com os ouvidos da alma. A fé, portanto, é pelo ouvir e o ouvir da palavra de Cristo. Há religiosos que ouvem pregações quarenta anos, cinquenta anos, sessenta anos e, ainda assim, seus ouvidos permanecem fechados para o evangelho de Cristo.
A recomendação do Espírito Santo por instrumentação do apóstolo Paulo em II Co. 13:5a é: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé..." Isto demonstra que, muitos podem estar em um sistema religioso e não ter ganhado a fé. Estar na fé é o mesmo que estar em a fé, a saber, estar nela, e não a ter como um alvo distante a ser perseguido até que se consiga obter algum resultado. O homem natural possui apenas esperança, expectativa e desejos almáticos, os quais confundem com fé. Trata-se de meras declarações e não de confissões pela fé. Desta forma, sem confessar a fé que vem de Deus como dom, é impossível agradar a Deus conforme Hb. 11:6a - "Ora, sem fé é impossível agradar a Deus."
Jd. v. 3 - "... senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos." Primeiramente a fé é um dom e não uma virtude humana. Secundariamente, a fé foi entregue aos santificados de uma vez para sempre. Não se trata de ter lapsos de fé apenas nos momentos de grande angústia e dificuldade. Trata-se de algo permanente que permite aos santificados em Cristo perseverar até o fim. Qualquer virtude humana vem como acréscimo à fé e não para gerar a fé conforme I Pd. 1: 5 a 7 - "E por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a fraternidade, e à fraternidade o amor." O ensino claro é que à fé deve-se acrescentar as virtudes e praticar a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor. Comumente, os religiosos invertem esta ordem, porque tentam produzir sua própria salvação por obras de justiça própria e de méritos humanos. Este não é o ensino das Escrituras.
Sola Fide!

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