sexta-feira, dezembro 5

COMO SATANÁS USA A RELIGIÃO PARA PREGAR O ENGANO

Lc. 21: 12 e 19 - "Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho. Proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de fazer a vossa defesa; porque eu vos darei boca e sabedoria, a que nenhum dos vossos adversário poderá resistir nem contradizer. E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós; e sereis odiados de todos por causa do meu nome. Mas não se perderá um único cabelo da vossa cabeça. Pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas."
Alguém alhures afirmou que o melhor engano é aquele que mais se assemelha à verdade. Faz todo sentido, pois se o engano se apresentar como engano, ninguém o crerá. Em espionagem o agente usa diversos disfarces para não parecer ser quem realmente é. Por isto é chamado de agente secreto, pois deverá cumprir a sua missão e não ser descoberto. A descoberta do disfarce coloca o agente em exposição e ao risco de morte.
No cristianismo nominal, histórico e apenas institucional se vê uma grande efervescência e movimentação com base apenas no engano. Muitos tomam tais sinais como evidência da aprovação de Deus. Outros tomam tais manifestações da religião exterior como um novo avivamento que evangelizará o mundo. Ledo engano, pois tais movimentações são de cunho puramente emocional. Têm mais a ver com ativismo e evangelicalismo do que com a verdade evangélica.  São apenas disfarces do engano e não a verdadeira face da verdade. Deus nunca trabalha com as maiorias e, muito menos, com os que se acham sábios e poderosos neste mundo. Ele sempre usou e usa os menos prováveis e os menos óbvios, justamente para que não seja dada a glória ao ensino de homens. Tudo o que estiver fora da centralidade de Cristo na cruz é mero disfarce diabólico, ainda que bem intencionado. Não é pelo fato que alguém dentro de uma igreja pronuncia o nome de Cristo, canta hinos, cumpre rituais e ordenanças que está com a verdade.
Milan Kundera, autor do livro "A Insustentável Leveza do Ser" afirmou: "percebi com espanto que as coisas concebidas pelo engano são tão reais quanto as coisas concebidas pela razão e pela necessidade." Guardadas as devidas distâncias entre a posição puramente filosófica e a verdade de Deus, ele tem toda razão em sua percepção. Muitos tolos imaginam que o engano é algo subjetivo e jamais produz algum resultado. Ao contrário, o engano vem justamente para gratificar a alma do homem decaído. Portanto, ele sempre é mais eficiente em satisfazer os desejos do coração humano. A verdade, entretanto, é sempre muito dura e desconcertante aos desejos almáticos.
Observam-se hoje pessoas que se auto-intitulam cristãs bastante motivadas e cheias de boas intenções, porém praticando o engano. Elas não aceitam este fato quando confrontadas pelo evangelho da verdade, porque a primeira evidência do engano é a  vaidade religiosa. Ninguém, por mais religioso e enganado que seja, admite esta posição por conta própria. Tais pessoas já chegaram a um limite de programação neuroreligiosa que é muito difícil reconhecer-se enganadas e retroceder desta posição. Esta é uma obra realizada apenas pela ação monérgica do Espírito Santo através das Escrituras. Entretanto, o dificultador é o fato de a mensagem ser apresentada por outra pessoa susceptível a falhas e portadora de defeitos. Assim, o religioso olha, não para a mensagem anunciada, mas para o mensageiro que a anuncia e, ao encontrar falhas nele, rejeita a mensagem por causa do mensageiro. É tudo o que o Diabo quer fazer nesse mundo para afastar o homem da cruz!
Determinados líderes religiosos que se metem a pregar o que não conhecem acabam por gerar uma doutrina mística e, por vezes, mítica. O limite entre o que é verdade e o que é engano é muito tênue. Por esta razão os seguidores destes falsos mestres não percebem e saem reproduzindo o erro.  Um desses líderes afirmou: "a obra que Deus quer fazer em você o libertará de toda opressão, paixões e demais sofrimentos. O Senhor não está endossando ou propagando religião alguma, e sim levando quem acredita em sua Palavra a experimentar o melhor d'Ele nesta vida e, depois, na eternidade. Porque não pesquisar, orar e pedir ao Altíssimo que lhe mostre a verdade? O fanatismo faz as pessoas se fecharem e não observarem as escrituras. Ora, por trás de todo fanatismo há uma fé mental ou maligna. Jesus disse que todos deveriam examinar as Escrituras, pois nelas há a vida eterna  e são elas que testificam d'Ele (Jo. 5:39) e de nós também." 
Primeiramente, Jesus, o Cristo é o único libertador do homem e Deus, o Pai, quem leva o pecador até a Cruz para ser libertado conforme Jo. 6:44 - "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer..." Cristo liberta do pecado, a saber, do que o homem é e não apenas do que faz. Este é o primeiro engano, pois o religioso está preocupado com a libertação de circunstâncias, tais como, opressão, paixões e sofrimentos. Este tipo de ensino é enganoso, porque ainda que uma pessoa sinta-se aliviada após um culto em um certo credo, não significa que foi libertada da sua natureza pecaminosa. Ela continuará portadora da causa determinante dos atos pecaminosos e os erros retornarão cada vez mais fortes. É como tentar cortar uma erva daninha em uma plantação, aparando apenas os galhos e as folhas desta praga. Pela raiz, a praga crescerá cada vez mais resistente e forte. Muitos filhos de Deus nascidos de novo permanecem com graves problemas psicológicos, físicos e comportamentais até o último dia de vida. Não há nenhuma garantia de livramento instantâneo de problemas na vida de um nascido de Deus. Há total garantia da aniquilação da sua natureza pecaminosa e do tratamento constante da sua alma em suas fraquezas e falhas ao longo da vida. Quando o tal pregador afirma que o Senhor não está endossando ou propagando religião é uma verdade, porém ele mesmo serve, se serve e propaga uma religião. Desta forma prega-se o que não vive e vive o que não prega. Deus não leva uma pessoa a acreditar em sua Palavra, ele convence o homem do pecado, da justiça e do juízo por meio das Escrituras. É outro processo, pois uma pessoa que apenas acredita na Palavra de Deus pode não ter a fé salvadora. Acreditar por acreditar até os demônios acreditam conforme Tg. 2:19 - "Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o creem, e estremecem.
Secundariamente, falar de fanatismo é algo muito relativo também, pois na visão de um incrédulo qualquer pregação da cruz é vista como fanatismo. Também é fato que os fanáticos acreditam veementemente que estão servindo a Deus. Portanto, é necessário que se defina exatamente o que é e o que  não é fanatismo. Jesus não afirmou que a vida eterna está nas Escrituras. Ele afirmou que os religiosos judeus buscavam a vida eterna nas Escrituras. São afirmações absolutamente diferentes. Tanto é que, na sequência, Cristo lhes disse que a vida eterna era ele mesmo, porém os tais não podiam recebê-lo conforme Jo. 5:40 - "... mas não quereis vir a mim para terdes vida!" Desta forma a vida eterna é Cristo e não as Escrituras. As Escrituras apenas relatam o ensino verdadeiro. Portanto, é muito fácil enganar milhões de pessoas usando a própria Bíblia. Estes pregadores do anátema não sabem nada a respeito da verdade. Eles buscam apenas a glória dos homens, por isso, não conseguem ver e entrar no reino de Deus nos termos de Jo. 3: 3 e 5.
Ao contrário do que é ensinado nas igrejas institucionais e na religião comum, o mundo não se curva à simpatia dos que pregam a verdade. O texto de abertura, que é escatológico, demonstra com clareza que, ao contrário, o mundo aumentará gradativamente o ódio à verdade e àqueles que a anunciam. Isto é o mais óbvio, pois há uma permanente inimizade entre o mundo e os que foram libertados dele pela cruz. Não se sabe de onde tais pregadores da mentira retiram este 'evangelho água com açúcar', no qual os crentes são amados por todos os que amam o mundo. O que Cristo afirma sobre as relações entre os nascidos do alto e o mundo são as seguintes: "... e até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós; e sereis odiados de todos por causa do meu nome." Os inimigos dos santos serão os da sua própria casa em primeiro lugar e depois os amigos. Porque são estes os que convivem mais de perto e, portanto, sentirão primeiramente o ódio pelos filhos de Deus. Depois os amigos serão inimigos e os eleitos sofrerão todo o dano para que o testemunho da verdade seja dado ao mundo. Isto não quer dizer que o mundo se curva ao evangelho, mas que o evangelho seja pregado a toda criatura. O ódio é por causa do nome de Jesus, o Cristo e não se os eleitos são corretos ou aprovados.
At. 2:47 - "E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos." Os cristãos primitivos caíam na graça do povo por seus exemplos, acima de tudo, Deus acrescentava os eleitos à Igreja para serem salvos. A ação era, é e sempre será unicamente de Deus. As pessoas percebiam a graça de Deus nas vidas dos seus eleitos e regenerados.
Sola Fide!

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